sábado, 10 de outubro de 2009

Saudades

No álbum “Equilibrio Distante” (1996) Renato Russo decidiu fazer uma homenagem à sua família. Italianíssimo, gesticulava, falava pelos cotovelos, sempre em voz alta, de maneira dramática, não negava suas origens.

Este clipe é uma lembrança quase remota de 1996, só lembrei porque enfim amanhã é novamente 11 de outubro.

Quando ouço esta canção sempre noto o quão singelo é a beleza. Simples, como entrar na Igreja do Mosteiro de São Bento no centro de São Paulo, no meio de uma tarde de um dia útil.

Mais do que de repente o silêncio atravessa à sua frente, te atropela e, por alguns minutos tu aprecias de boca aberta e com dor na alma a beleza dos vitrais, das pinturas, do solene santíssimo!

No disco em italiano de Renato, havia gravuras singelas, de anjos, crianças. Era tudo lindo!!! (como diria o poeta em português com aquele sotaque italiano do Bexiga).

E nos labirintos da saudade – uma expressão que cobinava com ele – a gente ouve e vê alguém que não existe mais.

E a arte então se torna sublimemente eterna e, quase se materializa nos recantos inatingíveis da vida de cada um de nós.

Força Sempre!

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