domingo, 31 de maio de 2009

Nick Cave e Sua Voz

Do universo musical soturno de Nick Cave saíram canções doces e melodramáticas do porte de "Into My Arms". Uma voz enigmática, um trovão australiano.

Cenas Sonoras

Perdidos na Noite (Midnight Cowboy) ,1969, dirigido por John Schlesinger, EUA-Cor - 113 min. Baseado em livro de James Leo Herllhy, teve seu elenco encabeçado por John Voight e Dustin Hoffman.

Um filme que aborda a solidão e a desilusão, assim definiu Rubens Edwald Filho. A relação entre Ratzo (Dustin Hoffman) e, Buck (John Voight) comove, embora, passe longe da realidade. Acima as cenas iniciais do filme e, a canção tema "Everbody Talking" de Nilsson.

Sonhos

Domingo repleto de sol na ilha de São Luís. Contrastando com o clima assistimos a "bela e lacrimosa" "Bubsy Berkeley Dreams" da banda norte-americana The MagneticFields.

A faixa presta tributo ao coreógrafo de musicais de Hollywood Busby Berkeley.

Gravada no disco de sugestivo nome "69 Love Songs" de 1999.

É de fato um sonho!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Peter, Bjorn & John - Young Folks

De volta pra casa. O Maranhão não muda, embora a emissora oficial do estado tente convencer a sua população do contrário. Mas isso não irá contaminar o meu ânimo.

Ouvi no avião, lembrei da resenha que li sobre os caras e aí está: Peter, Björn & John - Young Folks. Uma canção deliciosa, pra festejar o sol que apareceu e deu trégua a tanta chuva que apenas machuca um povo já tão sofrido.

Pense, dance, pense!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O+S Permanent Scar

Caiu na rede este vídeo legal do projeto musical dos americanos do O+S. A faixa é “Permanent Scar”, uma música de atmosfera cool, vocal maravilhoso e, um piano com arpejos tresloucados no terço final de sua execução.

Uma das melhores deste ano.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Os 50 anos de Morrissey

É engraçado olhar, Steven Patrick Morrissey, proferindo a frase “goodbye, Don't Forget Me”, sempre no encerramento do seus shows.

Como se fosse possível esquecer alguém que um dia escreveu canções fabulosas e sensíveis como, “There Is A Light That Never Goes Out”, uma dilacerante abordagem sobre o amor juvenil:

And if a double-decker bus

Crashes into us

To die by your side

Such a heavenly way to die

And if a ten-ton truck

Kills the both of us

To die by your side

Well, the pleasure and the privilege is mine

Para um bibliotecário que virou ídolo de milhões de jovens do planeta à frente da lendária banda de Manchester, The Smiths, Morrissey continua firme na sua odisséia por uma carreira artística digna e honesta.

Hoje Morrissey completa seu 50° aniversário e, pra quem já foi eleito à personalidade viva mais importante do Reino Unido, o “velho e bom Mozz” ainda encanta, na mesma medida em que sua opinião produz eco na sociedade britânica.








quinta-feira, 21 de maio de 2009

New Order

Em 1993 “Regret” fervia as pistas de danças da Europa e, Estados Unidos. O New Order já não era o mesmo de hits como “Bizarre Love Triangle”, “True Faith”, “Perfect Kiss”, “Love Vigilantes” e, o megasucesso “Blue Monday”, mesmo assim, ainda era uma grande banda em atividade.

Nascida da formação original do Joy Division do atormentado, Ian Curtis, o New Order trouxe vigor ao cenário do tecnopop.

Sua formação imbatível contava com Bernard Sumner (vocais, guitarra), Stephen Morris (bateria), Peter Hook (baixo) e, a tecladista/guitarrista Gillian Gilbert.

Sem dúvida, a cidade inglesa de Manchester nos deu um arsenal de variações pop sem precedentes no final do milênio passado. O New Order era um autêtico míssil teleguiado, sempre pronto para agitar qualquer festa de bom nível.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sereias

A francesa Cécile Schott iniciou seu trabalho com música sob o nome artístico de Colleen em 2001, quando um amigo a presenteou com um software de áudio ACID Pro.

Desde então a artista passou a mesclar música acústica com tecnologia de samplers e em 2003, lançou seu primeiro disco, intitulado “Everyone Alive wants Answers”.

O álbum é notável pela mistura de samplers em loop, retirados de sua coleção de discos e depois modificados, com música acústica minimalista e intimista. Este primeiro trabalho foi bem recebido pela crítica e posteriormente, Colleen lançou mais cinco álbuns seguindo a sua experimentação eletroacústica.

“Summer Water” é uma pérola bem cuidada, acalma, pondera, nos faz seguir adiante.

O vídeo composto de famosas cenas hollywoodianas também é um presente que podemos achar na grande rede.

Crepúsculo




A canção “Hurt” do Nine Inch Nail's foi regravada por Johnny Cash em seu derradeiro álbum, “American IV: The Man Comes Around” lançado em 2002.

“Hurt” é o canto do cisne desse homem que em vida lidou com a dor, os vícios, os amores, remando quase sempre contra a maré.

O lamento amargo da canção dá a medida exata do remorso e da falta de sentido em relação à morte, sentimentos que Cash não escondeu no final de sua vida, principalmente, após a perda da sua amada, June, seis meses antes da sua despedida deste planeta ocorrida em setembro de 2003.

O vídeo e a sua interpretação para “Hurt” são comoventes.

A música country nunca mais foi a mesma após Johnny Cash.


terça-feira, 19 de maio de 2009

Final de Tarde Com Bloc Party

Trafegando pela 23 de Maio em tarde de sol e, céu límpido de outono. De repente o rádio começa a tocar os primeiros acordes de “So Here We Are”, do Bloc Party. A tarde ficou ainda mais bela.

“So Here We Are”, é na minha opinião uma das melhores canções desta década. O vídeo é bacaninha, simples, mas combina com intensidade melódica da música.

E como um mantra, em minha mente a voz de Kele Okereke ecoou pelo resto da tarde, enquanto o sol desaparecia no horizonte e, o frio chegava de mansinho.

“I figured it out, I can see again”.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Cenas Inesquecíveis 4

Nunca houve no cinema um sorriso meigo e, doce como da belga Audrey Hepburn.

Sua elegância, seu rosto delicado, sua simpatia e carisma, são conjunções raras atualmente em Hollywood.

Ainda me lembro com detalhes do outono de 1997. Uma oportunidade rara que se transformou numa experiência inesquecível.

O extinto Cinesesc da Rua Augusta estava reprisando “Breakfast at Tiffany's”, (1961), e isso apenas por alguns dias.

Aproveitei uma folga do trabalho durante a semana e fui ao encontro de Audrey, infelizmente o único na sala escura com uma grande tela.

E o cinema de escuro não tem nada, pois ilumina um pouco da nossa escuridão cotidiana.

Em “Breakfast at Tiffany's”, direção de Blake Edwards, roteiro de George Axelrod, baseado no conto do escritor Truman Capote, Audrey é Holly Goolightly, uma prostituta que mora em Nova Iorque após um envolvimento com um gangster. Em sua rotina efêmera um vizinho, Paul Varjak (George Peppard), um escritor tentando alcançar reconhecimento para seu talento, irá alterar seus planos.

O maior sonho de Holly é casar-se com um milionário. Eis que surge então o brasileiro José da Silva Pereira (José Luis de Villalonga), um fazendeiro rico do Brasil.

A seqüência final revela o quanto Holly tentou fugir do inesperado, do amor. Embora tenha um ar bem clichê hollywoodiano, a cena possuí em seu diálogo e, fora dele, a essência do romance de Capote.

PAUL – Lá se foi a América do Sul. Bom, você não foi feita para ser a rainha dos pampas, mesmo. (Para o taxista) Hotel Clayton.

HOLLY – Idlewild.

PAUL – O quê?

HOLLY – O avião sai às 12 e pretendo estar a bordo.

PAUL – Holly, você não pode.

HOLLY – Et pouquoi pas? Não vou atrás do José, se é isso o que está pensando. Na minha opinião, ele é o futuro presidente de lugar nenhum. Porque deveria desperdiçar a passagem? Além do mais, nunca fui ao Brasil.

Ele a observa em silêncio.

HOLLY – Por favor, querido, não me olhe assim. Eu vou de qualquer jeito. Tudo o que querem de mim é que eu deponha contra Sally. Ninguém tem a mínima intenção de me processar. Eles nem têm a mínima chance. Esta cidade acabou para mim, pelo menos por enquanto. Às vezes, a fama pode arruinar a pele de uma mulher. Devem ter montado forcas para mim em toda a cidade. Sabe o que pode fazer por mim? Telefone para o New York Times. Quero que me envie uma lista dos 50 homens mais ricos do Brasil. Os 50 mais ricos!

PAUL – Holly, não vou permitir isso.

HOLLY – Não vai permitir?

PAUL – Holly, estou apaixonado por você.

HOLLY – E daí?

PAUL – “E daí”? Isso chega. Eu a amo. Você me pertence.

HOLLY – Não. As pessoas não se pertencem.

PAUL – Claro que sim.

HOLLY – Ninguém vai me pôr numa jaula.

PAUL – Não quero colocar você numa jaula. Quero amar você.

HOLLY – É a mesma coisa.

PAUL – Não é, não, Holly.

HOLLY – Não sou Holly! Não sou nem Lula Mae! Não sei quem sou! Sou como o Gato, somos dois coitados sem nome! Não temos dono, nós nem pertencemos um ao outro! (para o taxista) Pare o táxi!

O carro para na entrada de um beco, enquanto cai uma chuva torrencial. Ela abre a porta.

HOLLY – (Para o Gato) O que acha? Parece ser o lugar certo para um cara durão como você! Latas de lixo, ratos por toda a parte… Suma! Disse para ir embora! Se manda! (Bota o Gato para fora e fecha a porta) Vamos!

Paul não acredita no que aconteceu. Tira uma nota do bolso.

PAUL – Motorista, pare aqui.

O carro para e ele sai, mas antes de fechar a porta e ir embora, se vira para Holly.

PAUL – Sabe qual é o seu problema, “senhorita Seja-lá-quem-for”? Você é covarde. Você não tem coragem. Tem medo de encarar a realidade e dizer: “Ok, a vida é um fato. As pessoas se apaixonam”. As pessoas pertencem umas às outras porque é a única chance que têm de serem realmente felizes. Você acha que tem um espírito livre e selvagem e morre de medo de ser enjaulada. Bem, querida, você está na jaula que você mesma construiu. E não só em Tulip, Texas, ou na Somália: estará sempre nela. Não importa para onde corra, estará sempre trombando consigo mesma! (Tira do bolso uma caixinha) Pegue. Tenho carregado isso comigo há meses. Não quero mais.

Ele joga a caixinha no colo dela e vai embora. Ela abre a caixa e chora quando vê o conteúdo: um anel, simples brinde de uma caixa de biscoitos, no qual ele tinha mandado gravar as iniciais de ambos na joalheria Tiffany’s.

Quando as palavras “The End” decretaram o final da exibição, eu, que estava sentado bem à frente, olhei para trás e, presenciei um pouco da simbologia do cinema na vida das pessoas.

Era sem dúvida alguma o mais jovem felizardo naquela sala. Vi homens e mulheres de cabeças grisalhas e de feições enrugadas chorando, emocionados pela breve redenção de suas vidas, ou, apenas pelas lembranças já quase inatingíveis pela ação do tempo (sempre ele), instaurados naqueles minutos de plenitude.

Chorei junto, não havia nada mais belo a ser visto por alguém ainda inexperiente na arte de viver e amar.

domingo, 17 de maio de 2009

Os Embalos Continuam

John Travolta vive a personagem que o consagrou no cinema, o sensual, inteligente e, problemático, Tony Manero no longa “Saturday Night Fever” (EUA, 1977) dirigido por John Badham.

A saga do vendedor de uma loja de tintas, no Brooklyn, durante o dia e, dançarino imbatível nas pistas das discotecas à noite, parece à primeira vista algo singelo e raso demais para ser levada a sério.

Porém, enquanto os globos espelhados da trama refletiam suas luzes coloridas sobre as salas escuras dos cinemas do mundo e, Travolta vivenciava um drama particular na vida real – sua namorada a atriz, Diana Hyland, agonizava em decorrência de um câncer terminal – Tony Manero evocava o grito de liberdade de milhões de jovens suburbanos que sem perspectiva de vida perambulavam pelos subúrbios de Nova Iorque, quase sempre envolvidos com a prostituição, a marginalidade e, as drogas como única forma de expressão para suas frustrações pessoais.

Oriundo de uma família ítalo-americana, Manero era um rapaz com potencial suficiente para atravessar a ponte que separava o subúrbio da cobiçada “Meca” da Ilha de Manhattam.

“A nova geração corre alguns riscos; se forma no colégio, procura um emprego, resiste aos problemas. E uma vez por semana, nas noites de sábado, ela explode”, assim escreveu o jornalista Nik Cohn numa matéria de capa para o jornal New York Times intitulada “Tribal Rites of the New Saturday Night" ("Ritos Tribais da Nova Noite de Sábado"), justamente o artigo que serviu como inspiração para que John Badham rodasse “Os Embalos de Sábado à Noite”.

Além de transformar a disco em febre e, Travolta em herói para jovens de todo o mundo, “Saturday Night Fever” retrata com realismo as questões sociais de uma metrópole e seus espaços urbanos pré-definidos.

A trilha sonora dos Bee Gees é outro ponto alto do filme, mas Saturday Night Fever deveria ser lembrado mais pelas problemáticas sociais que emergem em sua trama e, que parecem hoje redimensionar uma profundidade que não foi vista no final da década de 70.

Este post é dedicado a um outro Tony, também de sobrenome italiano, Bombarda, que assim como o seu xará Manero, saiu do subúrbio para lutar com dignidade e ousadia por seu espaço em uma metrópole muito parecida com Nova Iorque.

Vida longa ao Tony Bombarda!

sábado, 16 de maio de 2009

Sábado é Dia de Jazz

Sábado é dia de jazz! Todo dia pode ser dia de jazz, basta querer.

“Take Five” é uma obra-prima escrita pelo saxofonista Paul Desmond, em seu estilo seco e sinuoso. Virou inesperadamente um hit, principalmente de anúncios publicitários para TV.

A história conta que, quando o pianista Dave Brubeck, reuniu o grupo em estúdio para as sessões de gravações do LP “Time Out” (Columbia, 1959), não lhe passava pela cabeça que aquelas músicas “mal-ajambradas” poderiam um dia fazer sucesso.

Em compasso 5/4 “Take Five” foi construída sobre um improvisso percussivo da bateria de Joe Morello e, do bailado do contrabaixo de Eugene Wright.

O vídeo é um registro de 1972 e, resgata um pouco da sintonia refinada do quarteto norte-americano.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Weezer

Nerd, EMO, o qualquer outra coisa. Não importa muito, pois o som da banda norte-americana Weezer é bacana de qualquer jeito e, sem rotulações desnecessárias.

Na estrada desde 1992, a moçada do Weezer é garantia de diversão com qualidade.

“Perfect Situation” é um bom exemplo da sonoridade melódica e, das distorções das guitarras da turma de Los Angeles, na Califórnia.

É som na caixa!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Universais



A nostalgia está batendo em minha porta. Olhando o pôr do sol no horizonte “insalubre” de São Paulo enquanto guio o meu carro pela marginal Pinheiros ao som do Blur.

Há dez anos eu ouvia esta música todos os dias, como se fosse a minha prece matinal.

O Blur ainda estava no século XX, mas cantava sobre a agonia deste novo século. E quando chegava o refrão eu me esgoelava:

It really really really could happen

Yes it really really really could happen

When the days they seem to fall through you

Just let them go

Agora as coisas parecem mais calmas, tudo em seu devido lugar. (será?)
Mas ainda canto com entusiasmo esta linda canção dos meninos londrinos.

Percebo alguns olhares curiosos ao meu redor.

Senhoras e Senhores...

Multi-instrumentista americana, Annie Clarke, é conhecida por seu pseudônimo, St. Vincent.


Sua voz é doce e, surpreendente. Sua postura artística é privilegiada – em tempos de contentamento pop com, Rihannas e Sandys da vida.


“Actor Out of Work”, é apenas uma amostra do que a moça é capaz. Lançado recentemente, o álbum “Actor”, traz diamante de raro quilate, a faixa “The Strangers”, vale conferir.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Artista Completo




No meio musical, Stevie Wonder, é chamado de deus. Pois hoje, é aniversário de deus!


Nascido, Steveland Judkins Hardaway, Wonder não ganhou em vão este sobrenome artístico.


Contamos nos dedos de uma só mão quantos harmonistas e melodistas sensíveis existem além de Stevie Wonder.

O presente é nosso e, ganhamos durante as últimas décadas. Tivesse Stevie vivido no antigo Egito ele de fato seria um deus.

Hits como "Isn't she Lovely" , "Superwoman", "For Once In My Life", " Ebony & Ivory", a belíssima "I Believe (When I Fall In Love It Will Be Forever)", a delicada "Ribbon In The Sky", e tantas outras encantaram o mundo pop.

Sua voz, seu piano, sua gaita, seu r&b, seu funk e, seu soul, já fazem da nossa passagem neste mundo algo singular.

Aqui dois clássicos do Mr.Maravilha, "You Are The Sunshine of My Life" uma canção que aborda a força redentora do amor e, "Superstition" para comemorar mais um aniversário de Stevie Wonder.

When you believe in things that you don't understand

Then you suffer

Superstition ain't the way, no, no, no

"O amor é cego

Ray Charles é cego

Stevie Wonder é cego

E o albino Hermeto não enxerga mesmo muito bem".

Cego sou eu!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Tecladistas 1

O cantor e pianista inglês, Jamie Cullum, alterna sua música entre o jazz e o pop contemporâneo.

Aqui, Cullum apresenta “Mind Trick” no lendário programa de música pop do Reino Unido, Top of the Pops.

O sereno lá fora não resistirá ao embalo dançante de Cullum nesta noite de terça-feira.

Viver Para Sempre

Encrenqueiros, abusados, chegados numa confusão. Noel Thomas David Gallagher e, William John Paul Gallagher, souberam muito bem cultivar essa imagem de “rebeldia” em torno do Oasis.

O tempo passa, o tempo voa e, os irmãos Gallagher continuam 'ilesos' na estrada. Passaram por São Paulo no último final de semana, não gostaram dos objetos atirados em direção ao palco, mas quem foi ao show saiu satisfeito.

Quando as guitarras de Noel começam a distorcer e, a voz rouca de Liam aparece, os barracos são esquecidos. Parece que foi ontem que peguei nas mãos o CD "Definitely Maybe" (1994), e “Live Forever” ainda ecoa pelos cantos, como toda boa canção sobre imortalidade juvenil que se preze.

Maybe I will never be

All the things that I want to be

But now is not the time to cry

Now's the time to find out why

I think you're the same as me

We see things they'll never see

You and I are gonna live forever


Era apenas o inicio do Britpop.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Cenas Inequecíveis 3

Wladyslaw Szpilman, um pianista polonês que durante a 2ª Guerra Mundial vivencia os horrores da violência e, do holocausto nazista.

A cena inesquecível desta semana foi extraída do longa "Le Pianiste" (FRA, 2002).

O diretor, Roman Polanski, conta a história deste pianista, Spilman – “um nome curioso para um pianista” – que precisa se esconder no Gueto de Varsóvia para sobreviver.

Ontem, por acaso, assisti novamente a cena acima.

Dois homens, dois mundos, dois lados de uma guerra, duas “opções” para cada um. Entre os dois um piano e, a Balada número 1 de Chopin.

Em cena Thomas Kretschmann (Capitão Wilm Hosenfeld) e, Adrien Brody (Wladyslaw Szpilman), são oito minutos que não saberei descrever. Apenas tenho por certo o impacto que ela me custou: ainda somos humanos!

O mais improvável em tudo isso é que Szpilman tornou-se um sobrevivente acidental, um homem que por ironia do destino deve sua vida ao inimigo.

28 Anos

Ele deixou este mundo há exatos 28 anos.

Robert Nesta Marley, foi um homem de muitas facetas. Seu reggae deu voz aos oprimidos da Jamaica e do terceiro mundo e, assim ele, curiosamente foi transformado em um pop star do primeiro.

Místico rastafári? Político? Apenas um artista?

Suas canções respondem melhor o que foi, ou não, Bob Marley.

Paz!

domingo, 10 de maio de 2009

Franz em Coachella

A visão da galera que curtiu o show dos escoceses do Franz Ferdinand no festival de Coachella deste ano, na Califórnia.

Take Me Out, um petardo sonoro para armazenar energia para a semana que está apenas começando.

John Lennon Canta Mother

"Os braços de uma mãe são feitos de ternura e os filhos dormem profundamente neles".

Victor Hugo

Cazuza dizia: só as mães são felizes!

Uma singela homenagem a todas as mães, que nunca cansam de olhar encantadas para seus filhos.

E elas nunca desistem! Ainda bem!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Eterna Lad Day

O aniversário dela foi ontem, mas só lembrei hoje. Lady Day, assim era chamada pelos fãs Billie Holiday (1915-1959), a voz, a alma.

Teve uma vida atribulada, do mesmo modo que sua voz encantou o mundo. Uma estrela que jamais se apagará.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Pais & Filhos

Era uma vez um inglês chamado, Steven Demetre Georgiou, que depois virou, Yusuf Islam.

Para música pop sempre será lembrado pelo seu alter ego, Cat Stevens.

“Father and Son” é um lamento necessário sobre a diferença entre pais e filhos.

Por que será tão difícil às vezes dizer o que temos dentro de nós? Haverá um amanhã para dizer o que nunca foi dito?

But take your time,

think a lotI think of everything you've got

For you will still be here tomorrow

But your dreams may not

Lembrei de Stevens graças a uma peça publicitária de um automóvel, e, com ela, me veio à lembrança de alguns dias atrás quando antevi o caos que costumamos chamar de tempo.

O comercial termina com o slogan: “algumas coisas podem até mudar, mas lá no fundo são as mesmas”.




quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sintetizadores



Viva os sintetizadores! Esse blog gosta de misturar passado, presente e futuro.

A turma do Passion Pit também e, por isso mesmo o som dessa moçada é bastante interessante. Meio retrô, meio futurista e, meio atual, ou, tudo ao mesmo tempo agora.

Influências de Human League, Slits e, outras bandas setentistas. Acima o hit "The Reeling" e seu belo videoclipe.

Eu gostei!

Eram os deuses jazzistas?



A primeira vez que ouvi falar de John Coltrane, foi através de uma entrevista de Renato Russo a extinta Revista Bizz. Lembro também do som de Coltrane invadindo o meu quarto e, inundando os meus ouvidos e sentidos.

A apresentação no vídeo aconteceu na Alemanha em 1961. John Coltrane executa “My Favorite Things” com seu sax soprano e alto, acompanhado de Eric Dolphy na flauta, McCoy Tyner ao piano, Reggie Workman no contrabaixo e, Elvin Jones na bateria.

Eram os deuses jazzistas? Apenas uma provocação tola, pois o que vale mesmo aqui é ouvir, tão somente ouvir.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Terça Camaleônica



Abram alas para o camaleão David Bowie.

Há mais de vinte anos fui apresentado a essa canção de Bowie por uma querida amiga. Logo descobri a razão do seu grande fascínio pelo britânico.

David Bowie é um artista apaixonante e, suas mil caras não serão esquecidas jamais por seus fãs.

O show no vídeo integrou a sua "Reality Tour" entre 2003 e 2004.

Que balada maravilhosa!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Cenas Inesquecíveis 2

Cult para uns, clássico para outros, O Último Tango em Paris (1972), co-produção franco-italiana dirigida por Bernardo Bertolucci, marcou toda uma geração por sua ousadia e coragem.

A atração magnética entre Marlon Brando e Maria Schneider, conferiram luz a personagens marcados pela dúvida e, angústia.

A cena acima faz parte da sequência final do longa, que continua sendo ainda hoje, um dos filmes mais lembrados da década de 70, do século passado.

Last Tango in Paris

O tempo de repente virou em São Paulo. (que novidade!).

Escureceu no meio da tarde, choveu, esfriou e, com a mudança me bateu uma saudade irresistível de Marlon Brando, Maria Schneider e, Bernardo Bertolucci.

O último Tango em Paris (1972), obra-prima e, por isso não envelhece.

O sax do argentino Gato Barbieri na trilha do filme, é a tradução perfeita para a relação entre Paul e Jeanne.

domingo, 3 de maio de 2009

São Paulo Invadida



Shipbuilding é uma baldada composta por Elvis Costello. Esta é a versão do Suede, uma dica para o domingo bacana de sol em São Paulo.

Para quem adora arte a pedida do dia é a Virada Cultural.

Ontem à noite, o centro de São Paulo, parecia um formigueiro. Estava lindo!

Nunca vi nada igual. A cidade foi invadida pela arte, dança, cinema, música, teatro.

Vi gente de todas as cores, credos, religiões, tribos e, até de 'outros planetas'. Também vi muitos moradores de rua e, isso ainda é uma vergonha para este país tão desigual.

7564



A primeira vez agente nunca esquece! Bordão publicitário batido, mas que de vez em quando ainda funciona.

Corri por uma sinuosa e desafiante estrada. Foram apenas 5Km, muito para uns e, pouco para muitos.

Estava ansioso, queria testar os meus limites. A manhã da última sexta-feira 1° de maio não poderia ser mais bela do que foi.

Outono, friozinho leve, céu divinamente azul na cinza São Paulo. O horizonte conspirava a meu favor no lindo Parque do Carmo em meio ao verde e, ao sol.

Quando foi acionada a sirene de largada a minha única certeza era a da alegria. Lembrei dos dias difíceis de um ano atrás, mas fiquei feliz por está no meio de uma multidão novamente. Ali, anônimo, eu desafiava a mim mesmo e, claro, ao tempo.

De cara um quilometro inteiro só de subida, mantive o meu ritmo firme e, acreditei, ‘saltei no escuro’.

Foi com esse espírito que comecei a caminhar no ano passado diante a uma teimosa e perigosa depressão.

Eram duas as minhas opções: pular no escuro, ou, permanecer imerso em minhas próprias dores.

Optei pela primeira. Não foi fácil, mas alguma coisa aconteceu de lá pra cá.

Quando alcancei o quarto quilometro tudo começou a parecer mais fácil. As dores sumiram, a minha mente estava forte e confiante.

Cruzei a chegada dando um sprint final (quem diria), estava inteiro e ainda briguei para melhorar o meu próprio recorde pessoal. Vibrei muito, pois venci um desafio.

Aprendi que o mundo não vai mudar por causa das minhas dores e, tampouco pelas minhas vitórias.

Mas despende apenas da minha própria força pintar um mundo com um pouco mais de cor e vida.


Fiquei na honrosa 115° posição entre 195 guerreiros que fazem da corrida uma rotina saudável, divertida e prazerosa.

É apenas um recomeço, mas para mim representa um pouco mais que isso: estou vivo!