terça-feira, 31 de outubro de 2017

Que o Deus Venha



Uma das grandes canções da dupla Cazuza/Frejat. 

Adaptação feita por Cazuza sobre texto de Clarice Lispector. Uma parte da melodia é de autoria de Cazuza, a outra é de Roberto Frejat. A música faz parte do disco “Declare Guerra”, de 1986, do Barão Vermelho, primeiro da banda após a saída de Caju do Barão.
“O Cazuza adorava esse texto da Clarice. E ele já veio para mim com um pedaço da música feito. Não dava para imaginar que era um texto da Clarice, de tão parecida que a letra estava com o jeito dele escrever. A adaptação é perfeita. E eu finalizei a melodia.” (Roberto Frejat)
Linda, simplesmente linda!


Sou inquieto, áspero
E desesperançado
Embora amor dentro de mim eu tenha
Só que eu não sei usar amor
Às vezes arranha
Feito farpa


Se tanto amor dentro de mim
Eu tenho, mas no entanto
Continuo inquieto
É que eu preciso que o Deus venha
Antes que seja tarde demais


Corro perigo
Como toda pessoa que vive
E a única coisa que me espera
É exatamente o inesperado


Mas eu sei
Que vou ter paz antes da morte
Que eu vou experimentar um dia
O delicado da vida
Vou aprender
Como se come e vive
O gosto da comida

Barão Vermelho - Que o Deus Venha

sábado, 21 de outubro de 2017

Era uma vez um homem e seu tempo



Sob a luz do teu cigarro na cama
Teu rosto rouge, teu batom me diz João, 
o tempo andou mexendo com a gente sim
John, eu não esqueço, 
a felicidade é uma arma quente
Quente, quente...

Era uma vez um homem e seu tempo
sua voz
suas canções
suas histórias
suas verdades...

Belchior - Comentário a respeito de John

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Psicografada...



Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir.


E o mundo anda tão complicado
que a mensagem de Sater e Teixeira
parece trazer a chave do paraíso...


Tocando em Frente - Almir Sater

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Cartão Postal



Vou até onde eu aguentar
vou até quando me derrubar...

Eu fingia que te conhecia a cada manhã cinzenta, 

a cada nova hora de um dia da semana passada.
Com o tempo já não mais olhava você no espelho
por que as manhãs tornaram-se chuvosas e com pouca luz?

não sei ler em braile

não sei adivinhar a sorte
eu sei amar
você deseja voar comigo?

Então abra seus olhos

ilumine a minha manhã 
torne o meu dia ensolarado 
sem cair na fácil tentação do bronzeamento 

eu quero sim luz

amor e paz...

Vou até onde eu aguentar

vou até quando me derrubar...

E levanto 

leve ando...

Scalene - Cartão Postal

terça-feira, 3 de outubro de 2017