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sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Antônio , um poeta

 



Antônio Cícero partiu! 

Suas poesias e letras estarão por aqui, guardadas em nossas almas... 


VIRGEM

As coisas não precisam de você Quem disse que eu Tinha que precisar As luzes brilham no Vidigal E não precisam de você Os Dois Irmãos Também não precisam O Hotel Marina quando acende Não é por nós dois Nem lembra o nosso amor Os inocentes do Leblon Esses nem sabem de você O farol da Ilha Só gira agora Por Outros olhos e armadilhas Outros olhos e armadilhas Eu disse Outros olhos e armadilhas Outros olhos (outros olhos) E armadilhas O Hotel Marina quando acende Não é por nós dois Nem lembra o nosso amor Os inocentes do Leblon Não sabem de você Nem vão querer saber E o farol da Ilha Procura agora Por outros olhos e armadilhas Outros olhos e armadilhas Eu disse outros olhos e armadilhas Outros olhos (outros olhos) E armadilhas As coisas não precisam de você

Virgem - Marina Lima/Antônio Cícero

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Pandêmico



Acho que escolhi essa canção de Alicia Keys para embalar o meu isolamento...

ando em pandemia
estou ficando pandêmico... 


Alicia Keys - If I Ain't Got You

domingo, 28 de junho de 2020

Nina



“Se eu fosse um garoto, não importaria tanto, mas sou uma garota e estou diante do público o tempo todo para que possam zombar e me aprovar ou desaprovar”. Nina Simone

Assisti dia desses o longa sobre Nina Simone, não sei se gostei ou não, enfim isso não importa muito. O talento dessa mulher é o que sempre me fascinou... 

As intrigas sobre o filme, inclusive é o de menos, de brigas e discussões o Brasil está repleto e eu de saco cheio pelos próximos vinte longos anos, Bolsonaro e seus seguidores, todos podres e insanos quase levaram a sensibilidade da minha alma pro espaço...

Nina Simone cantando “Wild Is The Wind” vale muito mais do que qualquer teoria política, aqui é alma, pele, sentimentos, honestidade, dores, angustias e muita luta por sua raça, seu povo, sua verdade.

Sobre a arrebatadora interpretação alguém cunhou muito apropriadamente sobre…

“Tão pessoal e íntima, ela se apega a cada palavra e sua imperfeição proposital e vibrato trêmulo dão a essa música um desespero como nenhum outro. Seu piano floresce embaixo da melodia, fornece a aura de turbilhões emocionais que entram e saem, indo e voltando, crescendo e diminuindo. Uma verdadeira obra de arte de talento virtuoso que só aparece uma vez em uma geração. Senhora Simone, que sua voz e essa música continuem eternamente”.

Liberdade para Nina Simone era não ter medo algum!

Obrigado Nina!

Nina Simone – “Wild Is The Wind”

domingo, 6 de outubro de 2019

Nas Ruas o Desalento



Eu seria tão feliz
Se eu pudesse sair às ruas
Sem presenciar a tantas desgraças...

O cotidiano de uma cidade que se diz rica e tal
A melhor das melhores neste país de vermes assassinos
É repleto de infortúnios
Povoado de injustiças
a cada esquina
debaixo de cada ponte

Tenho certeza:
Não somos uma ilha e jamais seremos!
E isso me produz revolta ao passar debaixo de uma ponte
De uma rua
E ver tantas pessoas ali
Jogadas
Esquecidas
Faça sol, faça chuva, calor ou frio,
elas sempre estarão por lá!

Emagrecidas pela falta de zelo
De amor
De afeto
De cumplicidade do governo
Dos famigerados e “exemplares” empreendedores
Oh! Capitalismo!
Quantas vezes ainda brigarei contigo
E xingarei os insanos que não possuem coragem de se rebelar contra ti e tuas injurias malignas...

Eu seria mais feliz
Se eu pudesse sair às ruas
Sem presenciar e ver o quanto somos seres desumanos e indignos...

The Tearjerker Returns – Chilly Gonzales and Javier Cocker


domingo, 25 de agosto de 2019

Presente



Já faz tempo
Às vezes não entendo o porquê...
Mesmo assim esse presente continua e será sempre sincero.
________//_____________

Então eu acho que a partir de agora
eu deveria anotar no calendário
novamente aquele dia
é como o dia de natal
mas sem comércio
com afeto e essência
calor e carinho
não há preço a pagar ou a receber
A minha moeda de troca
é a imaginação
e nela tudo se torna possível
acredite, tudo mesmo...
Até você bem pertinho de mim
E Tracey Thorn em meu nome suplica,
Come on home, come on home, come on home
Baby come on home…

Vitrola: Everything but the girl - Come on home


quarta-feira, 26 de junho de 2019

City Song



Sons
Universais
Regionais
Mortais
Delicados
Cativantes
Exasperantes
Torturantes e sonoros
Ruídos do caos... 

Amanheceu mais um dia na cidade louca
Gabin - City Song

quinta-feira, 28 de março de 2019

Take Me Home



Há uma janela entreaberta nessa tarde finita
Não vejo nem saboreio o sol
Cego estou, não enxergo mais nada ao meu redor
Apenas vultos
Quase fantasmas
Como aqueles dos aparelhos de TV do século passado
Sinto um fio de brisa soprando em minha direção
Encostando um sereno soprar à minha face
Que vai murchando
E perdendo a cor...

Tom Waits – Take Me Home



quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Modern Times



“Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. ”


Charles Spencer Chaplin


Na cena final, eles caminham por uma estrada ao amanhecer, em direção a um futuro incerto, mas esperançoso. Quantas vezes em minha vida já me senti andando por essa estrada, mas sempre tenho a nítida certeza, de que sou indigno para tal. Afinal de contas, não sou nem Ellen e tampouco Carlitos...

Smile - Charles Chaplin

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Just a Normal Day



São Paulo, mais de 11 milhões de pessoas
e eu aqui sozinho neste quarto...

Vou contar enfim neste cantinho da web qual é a minha melhor auto definição:

Eu sou um best seller do fracasso!

Gostaram?

É mais um dia normal lá fora e, se ligar a tv ouvirei apenas notícias de tragédias, da violência das ruas, da corrupção, dos infortúnios alheios...

E daí?

Ninguém afinal está mesmo importando-se com o meu retumbante e solitário, fracasso...

Cantem “meninos”, suas vozes e sua melodia combinam tanto com a minha melancólica tristeza da meia idade.

Boa noite.

Supertramp "Just a Normal Day"



terça-feira, 22 de janeiro de 2019

It's Changed



O que vou ser depois que eu morrer? Eu vou perder os meus pensamentos? J.P. Cuenca

No meu singelo caso, a dúvida é:

-Será que poderei ter acesso a música?

Lonnie, Dr.Smith levarei comigo uma réplica de suas pinturas em forma musical... paraíso que se preze precisa de música de qualidade. 

Lonnie Smith - It's Changed

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Madame Callas



Por que pareces desanimado?
por que, ou, por quem choras?
sua vida é mesmo um martírio sem fim?
queres uma novidade?
tudo um dia acaba,
a vida é mesmo finita!
mas entendo suas dores
esse sufoco inaudito
a insuportável pontada em alma já surrada
pelos sentimentos verdadeiramente crus, mal acabados
não digeridos a tempo de poder voltar a sorrir
mas ainda genuinamente sinceros e belos...

Vomite Maria em música essa desesperada sensação de incompletude, do vazio inconteste na falta de sentido para quase tudo

Devolva ao mundo as incompreensões
a tristeza
a melancolia
apatia
que finda
com nossa vida...

Maria Callas – Madame Butterfly

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Madrugada


Meus nervos vão gritar mais alto
E mesmo sem te ver
O teu cheiro varre a madrugada em mim...

Fazia frio e o sereno dispersava seu brilho úmido sobre as antigas pedras de paralepipido, à meia luz, quase fim de madrugada e, ela sozinha caminha sem destino certo, tal qual órfã longe de abrigo...

Vejo adormecer e repetir um dia de saudade...

A alvorada não traria tanta esperança e luz desta vez,
os poemas pareciam adormecidos e
as canções mudas...

Bruno Souto - Madrugada


segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Um deus humanizado


Porque a vida é sim muita dor,
Solidão e algumas
pequenas e esparsas alegrias...

E se você ouvisse alguém dizer que não cometeu suicídio na fase mais sombria de sua vida, apenas porque se estivesse morto não poderia mais beber.

O que você faria?

Bem, eu ficaria quieto, pois cada um sabe o tamanho e a profundidade da sua dor, de suas incapacidades, traumas, impotência frente a problemas e muros que a vida nos impõe diariamente, enfim cada um de nós convive com sua própria tragédia pessoal e, infelizmente não há muito como fugir disso.

A frase em questão foi de Eric Clapton, no auge de sua depressão e alcoolismo. Sim parece difícil acreditar que alguém tão talentoso e sensível artisticamente possa um dia ter dito isso.

Nem tanto, afinal o artista quando sofre parece sofrer mais do que nós, levando a fundo a carga pesada do sofrimento.

Após um hiato de alguns anos sem gravar e nem realizar shows, o guitarrista ressurgiu durante os anos 70 para registrar talvez a melhor fase de sua música. Com o seminal Derek And The Dominos gravou um disco pra lá de bonito, repleto de canções marcantes como a lindíssima Bell Bottom Blues e a antológica e inesquecível Layla.

Anos mais tarde Eric passaria por mais uma tragédia pessoal com a morte prematura de seu então único filho, Conor de quatro anos.

Um pouco dessas referencias e historias estão retratadas no documentário "Life In 12 Bars", sobre a vida pessoal desse gênio das guitarras, que faz questão de não dissociar seu trabalho e talento de seus momentos dolorosos, prestando deste modo um relevante serviço a quem imagine por ventura que a vida de um artista esteja imune a um cotidiano repleto de dissabores, dificuldades e até mesmo trágicas passagens nada glamorosas.

Clapton é humanizado como pouco vezes o cinema conseguiu, gerando sem dúvida uma empatia direta com o público, fãs ou não de sua maravilhosa obra artística.    


Derek And The Dominos - Bell Bottom Blues

terça-feira, 29 de maio de 2018

Marvin soltando o verbo



O seminal álbum do cantor e compositor Marvin Gaye “What’s Going On” – lançado em 1971, é passeio obrigatório a quem admira a sonoridade do soul e R&B norte-americano. 

Com ele o artista conseguiu alterar sua trajetória musical, saindo das canções de cunho meramente triviais sobre o cotidiano e adentrando no terreno arenoso e profundo das lutas sociais e políticas do seu país, entremeado por referências espirituais e, como toda grande obra de arte, ainda hoje seus conteúdos permanecem universais.

É como se o disco fosse narrado por um combatente da Guerra do Vietnã que acaba de retornar aos Estados Unidos, descobrindo então que os soldados americanos sacrificados na Ásia foram somente joguetes nas mãos inescrupulosas dos senhores da guerra e de seus interesses capitalistas.

Aqui uma releitura dos irlandeses do U2, que nunca esconderam a importância da influência da música negra norte-americana em seu trabalho.  

U2  – “What’s Going On”


Marvin Gaye – “What’s Going On”


segunda-feira, 28 de maio de 2018

Heróis do Mar



Realizando uma espécie de arqueologia do rock português, uma maneira de tomar contato com um pouco do passado cultural recente deste país que agora tento aos poucos desbravar, mas na realidade os verdadeiros desbravadores são eles e disso já sabemos a mais de 500 anos.

Formada no início da década de 80, a banda suscitaria algumas polêmicas por seu visual incomum para época, sendo inclusive acusada de fascistas.
Participarão do grupo Paulo Pedro Gonçalves (guitarra), Carlos Maria Trindade (teclas), Tozé Almeida (bateria), Pedro Ayres Magalhães (baixo) e Rui Pregal da Cunha (voz).

A sonoridade dos Heróis do Mar encontram eco nas vertentes em voga naquele período no cenário musical europeu e norte-americano: Pop rock; synth pop; new romantic; new wave, ecletismo que renderam 6 discos em sua carreira que foi findada em 1989.

Ainda hoje são lembrados nas rádios portuguesas por sua influência e importância para a cena do rock português. Em 1983 foram eleitos como a melhor banda de rock na europa continental


 Heróis do Mar – Paixão

sábado, 26 de maio de 2018

A Música Esquecida do RPM


Esquecida pelo tempo (como quase tudo no Brasil), a canção "Juvenília" do grupo RPM pode ser classificada na categoria de músicas subestimadas por seu tempo.

Felizmente, esse mesmo tempo é um antídoto capaz de redimir certos equívocos (mas não todos), e nesse caso ouvir Juvenília na era Temer/Patos Amarelos enquanto olhamos para a situação surreal na qual o país mergulhou (talvez afundou seja o termo mais adequado) – graças sobretudo, as mãos preconceituosas e a ignorância latente da nossa classe média (não poderíamos alterar para classe abaixo da média?); torna essa missão quase que naturalmente óbvia.

A grande questão, no entanto é saber se a juventude brasileira atual é capaz ainda de interpretar textos, compreender contextos históricos, apreciar poesias, ou mesmo uma simples letra de música que na época dava voz a um sentimento de não pertencimento, estranhamento, insatisfação dos jovens daquele país que tentava sair da UTI após duas décadas e meia de ditadura militar, sim a mesma que tantos agora clamam para retomar o comando de um Brasil chafurdado na lama da hipocrisia, injustiça social e desenfreada corrupção. 

Aqui qualquer semelhança não é mera coincidência!

Cada qual possui a sua própria resposta e motivos para elencar essa sequência infindável de fatos reais, que por vezes supõe e beiram a irrealidade.  

Mas enfim, as frases que mais me pegam nessa síntese melancólica sobre um país seus desmandos e consequentes desdobramentos são:

“Sinto um imenso vazio e o Brasil/que herda o costume servil/não serviu pra mim”, ou ainda, “Parte o primeiro avião/e eu não vou voltar/e quem vem pra ficar/pra cuidar de ti/terra linda/sofre ainda a vinda de piratas/mercenários sem direção/e eu até sei quem são, sim eu sei/e você sempre faz confusão, diz que não/e vem, vem chorando/vem pedir desculpas/vem sangrando/dividir a culpa entre nós”.

Quem dera Juvenília fosse apenas e tão-somente uma canção ingênua, uma modinha de uma época já passada, um hit radiofônico que tivesse dado bastante dinheiro aos seus músicos e produtores e pronto.

Não é esse o caso, primeiro porque é uma bela canção, que passou sim, despercebida durante o furacão RPM nos anos 80, época que tantos ainda insistem em denominar de geração perdida (o que falar então dos dias atuais), e segundo por sua força motriz residir exatamente no contexto histórico-político-literário de sua letra.

E assim seguimos cantarolando aqui e ali com o RPM, enquanto uma maioria esmagadora prefere desafinar gritando a sofrência dos neos sertanejos, emergentes sociais que tão bem representam uma elite que continua a ignorar a literatura, a arte, a filosofia, a história, até porque para eles o que importa no final das contas é mesmo o o trivial biombo status/dinheiro.

RPM - Juvenília

quinta-feira, 24 de maio de 2018

A dor da Saudade




Before you cross the street
Take my hand
Life is what happens to you
While you´re busy making other plans

 
No lugar que estou agora penso tanto em ti
pequeno e lindo garoto  
e a vida segue mesmo que a tristeza da saudade 
venha a doer todas as noites antes de dormir  

pois é doce esse amor entre pai e filho  
belo e lindo garoto.

John Lennon

Beautiful Boy                                                                                            








terça-feira, 8 de maio de 2018

Um Forasteiro



Nos últimos meses venho sentindo cada vez mais a sensação incômoda de ter me tornado um forasteiro em meu próprio país. 

Após décadas de luta pela democracia, por uma distribuição de renda mais justa, por maior igualdade social, ficou evidente o retrocesso que o país sofreu nos últimos três anos, logo após o primeiro de diversos golpes impetrado por representantes da elite vil que domina está terra a mais de quinhentos anos. 

O Brasil não é para amadores já dizia o intelectual! 

Desemprego, queda da renda, desilusão com tudo e quase todos, apenas aumentaram a minha nítida sensação de solidão, de estar alijado da sociedade, de estranhamento de tudo que acontece ao redor, e isso evidentemente causa logo uma depressão em todos e quaisquer sentidos. 

Enfim, esmureci, assim como muito dos meus amigos de geração! O desencanto é latente, pois o país mergulhou em uma escuridão de conservadorismo, de pilhagem jamais vista antes em nossa história. 

Neste período ouvi dezenas de nãos, milhares de talvez, zilhões de bem feito, de pessoas das mais variadas áreas, inclusive, algumas que certamente habitam o inferno e ainda não foram comunicadas de sua condição quase mórbida em plena vida! Azar delas, quero apenas distância desse tipo de gente mal amada, preconceituosa, defeituosa da alma e ruim, muito ruim da cabeça.

Mas enfim é o que tenho para hoje, e parafraseando a minha querida Marina Lima em recente entrevista, me sinto um forasteiro em meu próprio país! É triste, mas é real, e dói! 

E quando isso acontece você tem duas opções: ficar no país e começar tudo de novo, buscando, teimando em construir alguma ponte para alguma nova e tênue esperança.

Ou então simplesmente partir para longe, também para recomeçar do nada, levando consigo uma pontinha de ânimo de pelo menos sentir-se resignado em poder dar ao seu filho a oportunidade de crescer em um lugar onde haja o mínimo de algo que no Brasil virou mera e pálida ilusão:
Fraternidade, igualdade e liberdade. 

Exatamente os pilares que inauguraram a modernidade no ocidente, e tudo o que o Brasil perdeu nos últimos meses e não sei  enquanto um pequeno conhecedor da história se algum dia voltaremos a ter nessa terra, que trata muito mesquinhamente seus filhos que não nasceram ricos. 

E ser rico é o sonho da maioria da classe média tupiniquim, custe o que custar! Isso é de uma pobreza intelectual e social sem precedentes, e empurra para o charco qualquer ideia diferente e que coloque de alguma maneira em risco essa mentalidade que bem representa a elite do atraso, que rasgou a constituição, com a ajuda de políticos e empresários corruptos, além da nova casta judiciária do país para satisfazer sua sanha perversa de explorar e escravizar a maioria dos seus cidadãos, mantendo assim os seus interesses acima de qualquer outro direito.

A miséria é o lugar do povo! Assim pensam esses canalhas!

Atravessar o oceano, atravessar as incertezas, sobretudo atravessar a desconfiança da maioria, mas se há algo que me move adiante é perceber que apesar de tudo ainda existe poesia, cá dentro do meu peito, da minha alma!

Que Deus me ilumine neste novo caminho, que tire daqui de dentro qualquer ódio, magoa ou tristeza desmedida, para que enquanto um imigrante, um forasteiro em terra estranha eu consiga amar a vida e superar os obstáculos, lutando sim mas sem perder a ternura jamais. 

Marina Lima

Fullgas 




domingo, 4 de março de 2018

Genesis 1986



O cara passou pelo Brasil aos quarenta e cinco do segundo tempo, já que a única passagem do Genesis pelo Brasil foi exatamente no ano em que o Corinthians saiu da fila, 1977 e, isso já faz bastante tempo.

Aos 67 anos o cantor, compositor, instrumentista e hitmaker Phil Collins, aceitou o desafio de provar (provavelmente a si próprio) que apesar de tantos problemas com sua saúde ainda pode sentir-se produtivo de algum modo e dentro de suas limitações, o que pode parecer fácil para alguém que um dia já foi podre de rico, mas cada um sabe aonde aperta o seu calo e o quanto pesa a sua história pessoal. 

Nunca me esqueço de quando comprei o álbum do Genesis, “Invisible Touch” no já distante ano de 1986. Décimo terceiro disco de estúdio da banda, ousou ser um registro pop com qualidades raras para astros do rock, que quando arriscam neste terreno, nem sempre acertam o alvo. 

O álbum hoje parece agradar aos antigos fãs da banda, mas não tenho essa certeza em relação a 1986, acredito e me lembro que muitos fãs da banda torceram bastante o nariz para o álbum.

Olhando agora com o benefício do tempo, é mais fácil em compreender que canções acessíveis como "Land of Confusion", “Invisible Touch” eram destinadas na busca de novos fãs - enquanto faixas mais longas como "Tonight, Tonight, Tonight" e "Domino" foram talhadas na direção dos admiradores da época progressiva do Genesis durante a década de 1970.

E o que dizer das baladas deste disco?

"In Too Deep” e “Throwing It All Away” são belos exemplares do cuidado do Genesis e de Phil para com suas melodias mais sensíveis e açucaradas. 

O disco termina com a intrigante instrumental “The Brazilian”, alguma espécie de homenagem a alguém do Brasil? Não sei dizer, talvez, mas é uma faixa pouco citada pela critica e fãs e que demonstra a sonoridade ímpar de “Invisible Touch” dentro da discografia do Genesis.

Por essas e outras, a passagem de Phil Collins pelo país merecia mesmo uma recepção emotiva de seus admiradores.

E já se vão 32 anos!  

Genesis – Throwing It All Away

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Meu nome não é Elvis!


Gravada originalmente por Elvis Costello e The Attractions, lançada no álbum Armed Forces em 1979, “Oliver’s Army”, continua sendo o single mais bem sucedido de Costello no Reino Unido, onde durante três semanas figurou na segunda colocação do hit parede de novos Singles.

Alguns críticos de música, sugerem que o título da canção faz menção a Oliver Cromwell, cujo novo modelo de exército era um precursor do exército britânico moderno.

A canção baseou-se na premissa de que "sempre conseguem um menino da classe trabalhadora para matar", após uma visita de Costello a Belfast, Capital da Irlanda do Norte.  

Para muitos a composição tornou-se um hino ‘anti-ocupação’ e ‘antirracista’. O vídeo de Oliver’s Army foi veiculado no primeiro dia de transmissão dos EUA da MTV, em 1 de agosto de 1981.

Elvis Costello, cujo nome de batismo é Declan Patrick Aloysius MacManus, é um dos grandes artistas britânicos surgido no final dos anos 70, com seu rock que engendra elementos do punk, reggae, ska e soul music, tendo lançado discos memoráveis como sua estreia em 1977, My Aim Is True, para muitos especialistas uma das melhores estreias do rock mundial de todos os tempos.

Elvis Costello & The Attractions - Oliver's Army