DA REDAÇÃO
Produção: EUA, 1993
Direção: Jonathan Demme
Elenco: Tom Hanks, Denzel Washington, Jason Robards
Vitrola: Maria Callas - La Mamma Morta (Philadelphia - 1993)
Eu adoro esta cena do filme, "You've got Mail" (1998), dirigido por Nora Ephron. É bem tola é verdade, mas ao mesmo tempo seduz.
O roteiro possui falas inteligentes e sarcásticas, o duo entre Tom Hanks (Joe Fox) e, Meg Ryan (Kathleen), funciona redondinho, tudo sem maiores pretensões.
A cena final roterizada no River Park West em Nova Iorque, é o desenrolar de um emaranhado de encontros e desencontros entre duas personagens apaixonadas por livros, mas distanciadas por outras diferenças.
Eu gosto da cena final muito mais pela junção da bela paisagem do parque em perfeita sintonia (o que é proposital evidentemente) com a canção "Over the Rainbow" - o eterno canto dos exilados -interpretada na trilha do filme por Harry Nilsson.
Nada é por acaso, lembra vagamente "Breakfast At Tiffany's" (1961), mas aqui o gato vira cachorro, e Meg Ryan não é Audrey Hepburn.
Mesmo assim, vale uma olhadela.
Filadélfia (Philadelphia, EUA 1993) drama dirigido por Jonathan Demme (de O Silêncio dos Inocentes) e com roteiro de Ron Nyswaner.
O filme conta a história de Andrew Beckett, um advogado homossexual que trabalha para uma prestigiosa firma na Filadélfia.
Quando fica impossível para ele esconder dos colegas de trabalho o fato de que tem AIDS, é demitido. Beckett contrata então Joe Miller (Denzel Washington), um advogado homofóbico, para levar seu caso até o tribunal.
Foi com este filme que Tom Hanks deixou de ser um ator de filmes de mero entretenimento.
Das comédias adocicadas e de apelo fácil, Hanks, aceitou encarnar o advogado Andrew Beckett, portador do vírus do HIV.
Filadélfia foi o primeiro longa em que Hollywood tocou na feriada social da AIDS.
A cena de Andrew cantando a ária “La Mamma Morta” de Maria Callas é a essência do drama, pois expõe um homem prestes a morrer lutando contra o preconceito e, pela própria vida.
Na sala de cinema o silêncio durante esta cena era ensurdecedor, perturbador.
Simplesmente inesquecível!