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sexta-feira, 15 de abril de 2016

Panis Angelicus


Onde estou?
Seria a distância a razão da dor?
Vejo anjos
Ouça um coro celestial
Vós servo
Um dia herdará a única e inequívoca riqueza
O pão dos humildes...


Vitrola: Panis Angelicus – Andrea Bocelli

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Contigo Partirei


Estava em uma igreja
olhava como incrédulo
não entendia aquele rito
nem sequer aquelas imagens
ditas celestiais...

Ouvia como um reú ouve sua sentença
resignado com o novo e eterno futuro
mas aquela música explodiu a minha alma
me tirou do chão
elevou o meu espirito
então:
o cego vislumbrou algo belo
o reú sentiu-se liberto
e aquela igreja acolheu mais um pecador...

Contigo partirei...

Vitrola: Sarah Brightman & Andrea Bocelli


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Time to Say Goodbye


Ele apenas finjiu
ela havia partido
deixando com ele uma única certeza:

-Eu fui feliz com você, mas agora é hora de partir,
cruzar oceanos, subir as colinas, conhecer o mundo...

Seu olhar era a descrição plena da tristeza,
da esperança abortada, da incredulidade, do coração ferido.

Em algum letreiro da rua havia a frase:

Toda partida é um recomeço...


Sarah Brightman e Andrea Bocelli - Time to Say Goodbye

quarta-feira, 27 de março de 2013

O Encontro



Enquanto que como um gigante, orgulhoso e feliz,
Eu pego meu bebê em meus braços
Frágil, inocente, e vivo
E como um pequeno pássaro ele
Empurra contra meu peito
Abandonado, reservado e seguro
Por um instante,
Meu destino parece quase doce como um sonho...

E me vejo velho e resignado,
Sentado à beira do caminho
Esperando a tarde com a ansiedade de um criança,
Apenas para vê-lo voltar para casa
Com o presente do seu sorriso, de suas palavras e ternura
Que é como uma promessa que possa solucionar a alegria enorme
De uma de suas carícias
Então acordo e me esqueço
Mas dentro da minha alma sinto
Que uma criança recém-nascida seja mais importante para mim
Do que a minha própria vida.

E fiquei na frente dele por um tempo
E escutei o ar por segurá-lo
Ele abriu a mão e depois me tocou o nariz, babou a boca
Eu o abracei e o mundo girou demais
Em volta a nós cada coisa depois floresceu
E fiquei parado assim por um tempo
E foi lá que o tempo nos reencontrou...

O mundo é um pontinho de luz azul
Que gira e vai com o sopro dos anjos
Eu o abracei e o mundo girou demais
Que gira e vai com o sopro dos anjos
Eu o abracei e fiquei assim, assim.

Vitrola: Andrea Bocelli – "L'Incontro"

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Uma Tarde de Ópera Pop no Ipiranga








Andréa Bocelli, 50, não é exatamente um tenor ortodoxo. Anteontem, 21 de abril, o italiano acompanhado da Orquestra Filarmônica do Paraná, sob a regência do maestro, Eugene Kohn e, do Coral Philarmonia, levou cerca de 25 mil pessoal ao Parque da Independência na zona sul de São Paulo.

O concerto patrocinado por um grande banco transnacional foi obviamente fartamente divulgado pela grande mídia. Para organização do evento uma nota zero com louvor por dois motivos:

1° Não havia nenhum planejamento decente para receber o grande público, que, penso eu, nem mesmo a organizadora do evento acreditava que apareceria na tarde do feriado de Tiradentes.

2º Por que manter o único portão que receberia 25 mil pessoas fechado durante toda a manhã? (O portão só foi aberto às 14 horas).

Como resultado assisti a cenas dantescas de um país já acostumado a balbúrdia cívica. Filas imensas que não começavam e, nem terminavam. Pessoas desorientadas, por total ausência de comunicação da organização do evento. O público foi mais uma vez tratado como “rebanho de gado”, ao longo das ruas frias e molhadas ao redor do imponente Museu do Ipiranga.

Mas, como ouvido de jornalista é sempre maior do que deveria ser, ouvi frases curiosas e divertidas durante o purgatório da fila, coisa do tipo: “Maldito Faustão! É nisso que dá divulgar um evento desses na TV do povão”. Cada um tem a TV que merece!

Então vamos ao que interessa. O “Concerto Incanto”, nome homônimo do mais recente álbum do tenor, não foi exatamente uma Brastemp.

Eram exatamente 16h10 quando os primeiros acordes de “O Barbeiro de Sevilha”, de Rossini, foram executados pela Orquestra Filarmônica do Paraná.

Em seguida surgiu Bocelli, que um dia já foi apenas e tão somente um músico de piano bar, conduzido ao palco para desfilar com firmeza, mas sem muito brilho, durante uma hora e meia árias e baladas que o conduziram dos pequenos bares às grandes arenas de concertos pelo mundo afora.

O tenor foi acompanhado durante o espetáculo pela soprano Olivia Gorra, o barítono Gianfranco Montresor, e o flautista Andrea Griminelli, cada um desempenhando muito bem a sua respectiva função.

No repertório clássicos eruditos e folclóricos italianos como “Mamma”, “Sole Mio”, “Funiculi Funiculá”, cantada em uníssono pela multidão, além da sua mais famosa balada “Con Te Partirò”.

A “surpresa” foram as participações especiais de Toquinho na versão em italiano de “Aquarela” e, Ivete Sangalo unindo-se ao duo, em “L’Appuntamento” versão italiana para “Sentado à beira do Caminho” de Roberto e Erasmo e, “Garota de Ipanema” do maestro Tom Jobim. Mas essa parte do show será deletada facilmente da memória de quem assistiu ao concerto.

Ao final, Andrea Bocelli premiou a minha paciência de ficar dando passagem a incautos que não cansavam de ir e vir durante o concerto (a educação no Brasil é sempre um problema de base) – cantando com emoção a belíssima “Nessun Dorma” de Giacomo Puccini. Nesse instante me lembrei da voz suprema de Luciano Pavarotti e, da sombra de Alessandro Valente, mas ali à minha frente estava apenas o esforçado e competente Andrea Bocelli.