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sexta-feira, 13 de março de 2015

A Felicidade, Raul Seixas, Eu, A Borboleta e o Sábio Chinês...


Estou ministrando palestras de como não ser feliz, é isso mesmo, não se espante. O que mais ouvimos nos dias atuais são receitas de como ser feliz no amor, no trabalho, na vida enfim.

As igrejas estão com pessoas saindo pelo ladrão (e outras ficando lá dentro mesmo), os marqueteiros criam sempre peças publicitárias falando dela, a felicidade. Lair Ribeiro rodou o país falando da importância de ser feliz, e as músicas que mais vendem no mundo tecem uma variação sobre o tema.

A felicidade está focada no poder aquisitivo, em quanto você possui em sua conta bancária, em tudo que esse dinheiro poderá te render materialmente, é sempre a mesma ladainha do pragmatismo, o discurso motivacional da vitória, da superação, de como chegar a felicidade.

Pois bem, na minha filosofia de botequim, a impressão que tenho é que o homem nasceu para atender outras questões mais urgentes antes de ter tempo para racionalizar a tal felicidade e suas implicações. 

Mas desconfiem do meu discurso, pois sou tipicamente alguém que costuma ser do ‘contra’, negativo para outros, mas na real não é nada disso, apenas não faço parte do coro dos contentes, que costuma sorrir de tudo e de todos.

A felicidade tal qual vendem por aí é aborrecida, egoísta e superficial. Na verdade o que mais ouvimos no mundo hoje são mentiras de todos os estilos, tamanhos e variações. Não sei aonde se escondeu a verdade, mas as mentiras estão soltas por aí, prestes a pegar você, principalmente no golpe da felicidade.

Nessa me recordei da antiga canção de Raul (toca Raul) e de repente me peguei em dúvida:

-Será que eu sou
Um sábio chinês
Que sonhou
Que era uma borboleta
Ou serei uma borboleta
Sonhando que era um sábio chinês...

Ps: Jamais moraria em uma rua, bairro, ou cidade com nomes de Felicidade, Jardim da alegria,  recanto da alma feliz e por aí vai...

Vitrola: Raul Seixas – O Conto do sábio Chinês





quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Visão Embaçada


Ele confuso
Apenas ouvia frases:

Every year is getting shorter

Never seem to find the time


Porque o tempo é mercúrio-cromo
E tempo é tudo que somos


Então mais um dia,
E hoje o sol não apareceu...


Vitrola: Time – David Gilmour

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Cajú


Saudades...
E Cazuza era isso, rock, bossa,
poesia fina iluminando becos escuros...
Vitrola: Cazuza – Faz Parte do Meu Show

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Sol a Pino


Lembrei destes ‘doidos’ australianos, sem dúvida alguma uma das bandas mais interessantes  e divertidas dos anos 80, tanto que ainda hoje são lembrados, principalmente em um dia de sol como o de hoje em São Paulo e em quase todo o Brasil.
Som na caixa!


Vitrola: Men At Work - Down Under

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Somos o pó


Eis o Marquês cantarolando seu hit para o público da cidade luz durante a perna europeia da mais recente turnê do Suede. “Trash” é uma canção emblemática, porque nós somos o lixo dessa civilização que adora apontar o dedo sempre na direção contraria, ou, na posição que deixe o acusador mais confortável, não é isso mesmo? Falo alguma mentira?  Se não vejamos:

O britânico Ronald Biggs, conhecido como o "ladrão do século" por conta ao assalto ao trem pagador entre Glasgow e Londres ocorrido em 1963, morreu nesta quarta-feira (18) aos 84 anos, informou a família. E o mundo então pergunta: Mas e daí Jonathas, qual a relação do Suede com a noticia?

Voltemos alguns dias atrás: A morte de Nelson Mandela na África do sul suscitou pesar e tristeza pelos cinco continentes e mais as galáxias já conhecidas e aquelas que ainda serão descobertas um dia. Sim, causou, pois afinal Mandela é um ícone da liberdade, da luta pacifica pelos direitos humanos, da mudança social de um país inteiro, etc e tal.

Aqui não quero menosprezar a figura quase unanime de Mandela, não se trata disso. O que é curioso no ser humano é como tendemos sempre a ignorar as pessoas que erraram e foram pegas em crimes. Neste caso perde-se a dimensão humanitária, social e o diabo que valha em nome apenas da justiça. Mas... essa justiça é feita pelos homens, todos compostos pelos mesmos tecidos, órgãos, mente, erros e acertos do réu a ser julgado, isso sempre será esquecido pelos acusadores, pois no final das contas somos todos humanos, somos todos feitos e vindos do mesmo pó.  

Brett canta em Paris, uma das cidades mais belas do planeta, do universo, e canta o lixo de nossas invenções, sentimentos, de nossa visão míope e quase inatingível para o próprio umbigo.

Sim, porque no fundo Mandela e Biggs foram seres humanos falíveis como somos todos nós. Um foi admirado por seus feitos, já o outro... Sim, é lembrado pelo trem que roubou sabe-se lá porque, mas roubou e pagou pelo roubo. 

Morreu em liberdade que gozava desde 2009. Não espere pesar por essa morte, Ronald poderia ser eu. Sim, disso eu sei!  

But we’re trash, you and me,
We’re the litter on the breeze,
We’re the lovers on the street,
Just trash, me and you,
It’s in everything we do,
It’s in everything we do...




 Vitrola: Suede – Trash (Live in Paris 2013)

domingo, 3 de novembro de 2013

O Mundo de Lou


Não, não…
não venham me dizer senhores donos do sistema
que este mundo esta cada vez mais cor de rosa,
alegre, com lazer pra dar e vender e pouco, muito pouco a se pensar!

Não,
Lou,
o mundo cinza monocromático ainda existe,
e suas personagens sombrias
nos traziam o contraponto dessa alegria idiotizante, cafona e sem temperos...

De fato o mundo não será perfeito
menos ainda sem as suas letras e a sua voz
grave e aguda,
oscilando o ápice do pico
e o apogeu da realidade mais cruel das noites da metrópole,
daquelas que nenhum telejornal nunca nos mostrará
pois afinal eles não gostam muito das verdades
dessa vida.

O mundo é cada vez mais da alegria sem sentido
E isso curiosamente é ruim, chato e aborrecedor.

Lou, meu camarada... boa viagem!

Vitrola: Perfect Day - Lou Reed And Artist


sábado, 14 de setembro de 2013

Deus


Existem momentos densos onde uma canção consegue traduzir certa revolta que algumas vezes este ser sente, ainda mais porque de santo eu passo bem distante...

Lennon essa é uma das minhas favoritas, embora aparentemente pareça uma canção tão herege... Mas será mesmo? Sim, a pulga aqui atrás me diz que God é intrigante...

E foi quando ela acenou antes de desaparecer na névoa da madrugada para nunca mais...

O sonho acabou!


Vitrola: John Lennon - God [Legendado] HD

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Mais Bonito


Alguém me indaga: Como será o seu filho na adolescência?

Apenas penso que ainda há um certo tempo para me ocupar com outras tantas preocupações mais urgentes sobre o Gustavo, mas é certo a adolescência dele virá, assim como a minha velhice chegará um dia...

A adolescência e suas dúvidas. Crescemos rápido até demais para depois aos poucos ceder espaço a certa contemplação, os anos trazem a serenidade. É como me sinto quando vejo Michael Stipe emitir som na balada “At My Most Beautiful”.

O hiato entre juventude e velhice, então observe... O cantor canta hoje como não cantava antigamente. Sereno, sua intuição ainda é a mesma? Sim. Sua beleza está lá intacta, e o R.E.M. sobreviveu dia após dia até seu fim...

No meu momento mais bonito
Eu conto seus cílios, secretamente
A cada um, sussurro "eu te amo"
E deixo você dormir.

Vitrola: R.E.M. – At My Most Beautiful

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Rio


O nome dela é Rio… diz a letra dos “novos românticos” ingleses.

Não dá pra discordar que os videoclipes do Duran Duran eram quase perfeitos: locações em lugares paradisíacos, mulheres bonitas, vestimenta top para os garotos da banda. Além do mais a música dos caras era bem representativa da fusão eletrônica/orgânica.

Por isso tudo ainda me lembro deles...


Vitrola: Duran Duran – Rio

terça-feira, 11 de junho de 2013

44


Eu gosto da canção! Parece-me obvia para este dia, mas...

Não é bem o dia que mais aprecio no ano, longe disso, mas estou aprendendo a gostar mais desses dias de passagem, lembranças, planos futuros... Acho que começo a envelhecer!

Caras como eu
Estão ficando chatos
Como solas de sapatos
Que se gastam
Com o passar do tempo

Com o tempo eu já sei que provavelmente terei menos anos pela frente dos que já respirei... ainda dá pra comer bastante poeira pelas estradas, pelos bailes da vida, diria o Milton! E assim vou oscilante...

Se tivesse que completar a letra do Tony (que é perfeita) acho que a minha última estrofe seria assim:

Caras como eu
estão descobrindo a fé
nas inesperadas viradas da vida
sem esperar nenhum milagre
além de respirar mais sereno
sorrir um pouco mais
e dançar conforme o vento e a ocasião...

Parece de fato que estou me transformando em um camaleão...

Música: Caras como eu – Titãs

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Frampton e a Minha Saudade



Segunda-feira à noite às vezes é braba... A saudade bate, mas é uma nostalgia de um tempo tão bacana... 

E nessa Mr.Peter Frampton divide comigo essa emoção e a saudade de tanta gente incrível que já conheci nessa labuta apelidada vida.

Pra vocês amigos e amigas aonde quer que estejam, canta Peter é pro meus amigos... os imaginários e os reais.

Ooh baby I love your way(everyday)
Wanna tell you I love your way
Wanna be with you night and day

Vitrola: Peter Frampton - Baby I Love Your Way

domingo, 7 de abril de 2013

Escutei no Rádio



Ouvi no radio do carro enquanto retornava do primeiro passeio do Gustavo a casa dos avós paternos, um domingo de pai diria alguém...

Como é linda a canção e a frase abaixo,

God only knows what I'd be without you

Vitrola: The Beach Boys – God only knows

sábado, 30 de março de 2013

Gary e seu' roque em rou'



Uma das melhores atrações do lollapalooza 2013, Gary Clark Jr. destilando um pouco do seu rock’n’roll, fechando uma semana esplendida e iluminada.

Vitrola: Gary Clark Jr. - Don't Owe You A Thing

sexta-feira, 22 de março de 2013

Um dia Desses...



Um dia desses eu ainda descubro
por qual razão teus olhos
marejam tanta tristeza e languidez...

Vitrola: Suede – The Wild Ones

quarta-feira, 20 de março de 2013

O Último Voo



Rotulado de louco, Júlio Barroso bagunçou a cena, o coreto nos anos 80. 
Achei esta bela canção, esquecida, embolorada, mas real. Quanta falta nos fazem os ditos loucos... 

Então fala aí Júlio:

Não sou louco, louco não
Eu brinco de polichinelo
Com o bobo coração
Mil e um palácios de areia
Noites de sereias
Eu ouço o som de uma nota só
Eu sou marinheiro, navego com a lua
Meu mar é a rua, amar só você
No movimento exato do olho do lince
Um raio de laser na selva do olhar
Apareça qualquer hora agora

Vitrola: Gang 90 - Do Fundo do Coração

terça-feira, 19 de março de 2013

Ignore



Essa não é uma música que você deva cantar para o seu chefe, até porque não adiantaria nada mesmo...

The more you ignore me
The closer I get
You're wasting your time

Aqui Moz parece falar sobre paixão, aquele fogo que persegue você e bilhões mundo afora, e de outros desastres que acontecem em nossas pobres vidinhas suburbanas.

E assim eu vou seguindo a turba de pecadores pela avenida em plena segundona, neste instante sou uma espécie de Tony Manero desfilando alguma sordidez disfarçada de confiança pelas calçadas de São Paulo.

Vitrola: Morrissey – The more you ignore me, the closer i get

segunda-feira, 18 de março de 2013

Inspirar



Você não sabe o valor de um milagre?
Então observe o sorriso de uma criança...

Você não compreende o que é a fé?
Dê uma olhadinha na barriga de uma gestante...

Beleza e harmonia existem mesmo? Você duvida?
Escute While my guitar gently weeps pelo menos uma vez em sua vida…

Vitrola: George Harrison - While my guitar gently weeps

sábado, 16 de março de 2013

Dia a dia



Alguém liga, outro alguém atende:

-Fala brother! Tudo em cima?

-Diz aí sumido! Por onde andas?

-Acho que pelo breu... Tô desempregado, sem mulher e sem família! Precisa de mais? Pois ainda faltou dizer que não tenho grana. Preciso de uma gentileza sua, trinta paus eu te pago na terça quando receber o seguro desemprego!

-Véio... não desamina não, passa aqui no meu trampo e pede para me chamarem.

Dizem que sou louco... Mas louco é quem me diz...

Vitrola: Mutantes – Balada do Louco

sexta-feira, 1 de março de 2013

Diálogos Improváveis (Nem tanto)




Da série diálogos improváveis:

- Pai, esste tal de Beto Guedes é irmão do Edu Guedes?

-Ele canta o quê? Sertanejo? Rap? Axé?

Que venham essas e outras questões pertinentes a quem começa a chegar a este novo mundo.

“Sou quem vê a miragem
E quer acreditar no que vê
Seus olhos de jade
Que invadem meu ser”.

Vitrola: Beto Guedes – Olhos de Jade



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Herança da Casa-Grande e os Novos Ricos



Paul cantando esta linda canção enquanto me recordo de um artigo do jornalista Mino Carta que foi publicado na Revista Carta Capital em janeiro deste ano.

Uma pena não aprendermos com os nossos erros, ao contrário, no Brasil fica cada vez pior. Os novos ricos tupiniquim são simplesmente ridículos e perniciosos mentalmente.   

Vitrola: Paul McCartney - Tug Of War