quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Pura Bossa


Encontro feliz de Sérgio e Rita com a bossa… 

Gera uma certa nostalgia, não sei se essa era a intenção. O vídeo é bonitinho e retrô, combinando com tudo na música. 

Em dias de calor e praia parece contribuir para refrescar, pelo menos aqui dentro da cuca, apesar da letra meio tristonha, cinzenta...

Se você não sabe, eu sei
Eu vou lhe mostrar
O que é sentir tristeza assim
E ter que se alegrar
O meu pranto
É para lhe lembrar
Que quem ri também
Pode chorar...



Vitrola: Sergio Britto e Rita Lee – Pura bossa nova

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Fim do Dia


O fim do dia
é tudo que consigo vislumbrar
daqui, sozinho
ouço até vozes, imagino paisagens
desenho um arco-íris
mas nada muda

E enquanto isso o sol diz adeus
e a lua não irá ser vista hoje à noite
pois vieram as nuvens
e com elas chegou a chuva
lavando o  restinho
da minha esperança...


Vitrola: The Style Council - Changing Of The Guard

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

For You...


Essa canção é para você
que nunca me vê
mas sempre procura:
pelas ruas escuras da metrópole
pelos canteiros floridos do jardim
nas poesias mais tristes de Whitman
nos quadros melancólicos daquele artista...

Mas eu sempre te encontro
nas telas do cinema
na entrelinhas
daquele diretor famoso
ou
nos olhos impávidos 
daquela linda atriz
ou ainda
na melodia sublime de Mahler
no submundo das reais intenções
veladas, não ditas, mas sentidas
inspiradas, expurgadas
pelas lagrimas do talvez um dia...

Então
canto mais uma vez,
como se fosse a derradeira
pois do amanhã
eu de fato e realmente
de nada sei.


Vitrola: Christina Aguilera Feat. Herbie Hancok - A Song For You

domingo, 26 de janeiro de 2014

Is Love


Aos desvalidos de fé
aos incapacitados de amor
aos cegos de esperança
que tateiam algum caminho
algum atalho travestido de céu
mas tão perto do inferno colorido
da maldição cotidiana.

A todos estes
neste domingo lindo de sol
e céu azul como minha alma
contaminada
dilacerada pelas dores mundanas
passageiras que nos traem
e nos jogam em autênticas armadilhas
psicológicas e sentimentais

a vocês  
eu desejo amor
‘Jesus is love’
canta o cantor
e o céu parece mais perto
e a vida fica menos punk
mais suave
como a brisa que agora
bate em minha face
enquanto caminho apenas ouvindo

That Jesus is love
He won't let you down
And I know He's mine
Deep down in my soul…

Vitrola: Melvin Williams - Jesus is Love


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Toque o pôr-do-sol


Penso que um educador precisa surpreender o seu aprendiz, e isso é sempre difícil por tratar-se de uma relação a dois, mestre x aprendiz. Esta cena de “Mr.Holland Opus” é muito bacana: Gertrude Lang quer abandonar suas aulas de clarinete, mas Mr.Holland tenta apoia-la revelando que a música pode ser algo divertido, alegre, relaxado...

É quando acontece a troca e entra em cena a sensibilidade :

Me diga uma coisa, pergunta Holland a aluna:

H-Quando você olha no espelho do que gosta mais?
G-Do meu cabelo.
H-Por quê?
G-Meu pai sempre dizia que o fazia se lembrar do pôr-do-sol.
H-Toque o pôr-do-sol.

Esse é o tipo de apropriação, de territorialidade de um professor que atinge em cheio a emoção motriz de um aluno, o desperta não apenas para aquela disciplina, mas enfim para um sentido maior em sua vida.

Mr.Holland Opus é um filme sensível, que mostra que Educação não é só livro caderno e formulas, mas é formar e transformar seres humanos. Esse professor de música toca a vida das pessoas de forma diferente e, isso vale para a sala de aula ali do colégio da esquina.


Cenas: Mr.Holland Opus (1995)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Sol a Pino


Lembrei destes ‘doidos’ australianos, sem dúvida alguma uma das bandas mais interessantes  e divertidas dos anos 80, tanto que ainda hoje são lembrados, principalmente em um dia de sol como o de hoje em São Paulo e em quase todo o Brasil.
Som na caixa!


Vitrola: Men At Work - Down Under

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Além dos Campos de Futebol


Cena da cinebiografia de Heleno de Freitas lançada em 2011. Considerado o primeiro craque problema da história do futebol brazuca, Heleno de Freitas (1920-1959) foi um jogador de futebol, advogado e boêmio que rendeu muitas manchetes de jornais além das quatro linhas do campo de jogo. Isso devido, sobretudo ao seu comportamento temperamental, arredio, arrogante, sincero ao extremo.

Heleno foi um jogador talentoso, elegante com seus 1,82 de altura, goleador nato que amava o Botafogo a ponto de oferecer seus préstimos de graça caso fosse necessário, o que lhe rendeu a fama de romântico do futebol. Já para os sócios do ‘Clube dos Cafajestes’ - uma espécie de fuzarca que alegrou a vida carioca nas décadas de 1940 e 1950 e que era composta por rapazes folgazões e irreverentes, uns nascidos em famílias da alta burguesia e outros bem instalados na vida, sempre rodeados de belas mulheres – Heleno era chamado carinhosamente de ‘Gilda’, referencia direta a personagem de Rita Hayworth no cinema devido ao seu temperamento inclassificável.

Acometido pela Sífilis, o jogador enlouqueceu ao longo dos anos, e foi tornando o que já era controverso ainda mais próximo do caos. Por fim, após anos jogando pelo Botafogo, acaba sendo vendido para o Boca Juniors da Argentina.
Heleno retorna ao país e joga pelo Vasco da Gama onde enfim ganha seu único título. No final da carreira ainda consegue jogar 35 minutos pelo América no seu único jogo no ‘maior do mundo’ o Estádio do Maracanã, local que sonhara disputar a copa do mundo um dia.

O final de sua vida é melancólico, em um hospício na cidade mineira de Barbacena, entre seus sonhos megalomaníacos e a realidade dos efeitos da Sífilis.

Heleno de Freitas foi um jogador muito mais interessante do que qualquer Neymar da vida, em um tempo onde a personalidade do ser humano ainda valia alguma coisa no futebol, obviamente foi incompreendido, pois qualquer cidadão que fala o que pensa na lata paga um alto preço pelo ‘atrevimento’, e o que não dizer desse destempero no mundo do futebol. 

Hoje seria impossível Heleno alcançar o estrelato, pois os jogadores se tornaram autênticas marionetes nas mãos de empresários e assessorias de imprensa que pensam apenas em como lucrar cada vez mais com o objeto “craque do futebol”. Neste mundo no caso as opiniões e ações são todas premeditadas para soarem politicamente corretas. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Boleros e outros ritmos


Em “Maneira de Ser” Marina Lima finaliza seus escritos realizando um balanço de sua vida. Para isso utiliza a letra de seu único samba, “A Parte Que Me Cabe” para o acerto de contas.

Às vezes a gente pensa que é um cantor só de boleros até o dia em que começa a cantar um frevo, um rock, um blues, um forró.
Quem se permite desfrutar de certas sutilezas, termina sendo premiado pela possibilidade da novidade, do inusitado, da diferença.

A Parte Que Me Cabe

 Em que altura
Deve se abrir mão
Das aventuras, dos riscos e de paixão
Se estamos vivos
Temos o direito de sentir
Será bonito ficar longe e denegrir

A juventude
E os com fogo no coração
Quando as doenças e os medos são em vão
Em que medida
Envelheceremos bem
Olhando os outros sem doçura e com desdém

Cada um é único no mundo
E nisso todo mundo é igual
Uns resolvem tudo num mergulho
Outros seguem em busca de um ideal
Me deixe quieta
Com a minha solidão
A vida é minha
E também meu coração
E se você já encontrou a sua parte
Me deixe em paz
Atrás da parte que me cabe.

Mas termino postando outra canção que gosto bastante da cantora, “Acontecimentos”.


Vitrola: Marina Lima – Acontecimentos

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Dedinhos na Tela...


Dedos na tela, o vicio tecnológico do inicio do século 21.

Poderia ser o titulo de uma tese de mestrado, doutorado, etc. Mas trata-se apenas de uma observação simples e cotidiana.

Seja na rua, no metrô, em restaurantes e infelizmente dentro dos carros, sobretudo motoristas, o vicio dos dedinhos na tela dos smartphones veio para ficar.
Nessa, carros batem, pedestres esbarram em outros pedestres, ou pior, caem em escadas (já presenciei a cena bizarra), e ninguém olha mais para ninguém. 

O mundo real parece perder espaço para o virtual. 

Há quem veja isso com naturalidade, mas creio que seja razoável questionar essa onda, nada é tão simples quanto aparenta e muito menos inofensivo.

Ainda prefiro andar olhando a linha do horizonte, a curva-me para teclar a telinha...

Vitrola: Kiko Zambianchi – Quadro vivo

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Na Hora do almoço


Hector Babenco durante sua última entrevista ao Programa Roda Viva da Tv Cultura falou sobre a sobrevivência, presente em muitas de suas personagens.

- A idéia da não violência em grandes agrupamentos de pessoas, ou seja, por que numa praia que você tem um espaço por metro quadrado dividido por duas pessoas ninguém quando passa andando joga areia no outro? Por que num elevador onde você têm 10 pessoas ninguém agride? Por que numa cela que tem 14 pessoas, mas é um lugar para apenas 4 pessoas ninguém mata ninguém? 

Há um código de respeito, o que é meu é meu, há horário para ir ao banheiro. O ser humano tem uma capacidade fantástica de se reorganizar no espaço que ele tem para sobreviver. A sobrevivência é o único critério, não porque são educados. Porque ele sabe que se não há um código de respeito mútuo o caos se instala e o caos gera a violência e, a violência é insana e saí do controle e gera a morte.

Cena 1
Elucubrando sobre o assunto hoje na hora do almoço pensei: Talvez, seja isso que permita eu sentar a mesa de um restaurante para dividir espaço ao lado de pessoas que nunca vi e nunca mais verei na minha vida.

Cena 2
Talvez, seja isso que me impeça de reclamar da minha sogra quando ela (sem querer é claro) quase engasga o meu filho com mamadeira de água.

Cena 3
Talvez ainda, seja exatamente isso que me segure de jogar uma pedra no carro do motorista animal que quase me atropela sobre a faixa de pedestres quando o sinal esta fechado para o trafego de carros.

Vitrola: Belchior – Na hora do almoço


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Happy


Lembrando meus dias de coluna “Jukebox” esbarrei com este pop contagiante. O americano Pharrell é produtor, cantor e compositor e trafega entre o hip hop e o R&B. Terça-feira ensolarada, pena não estar em uma praia ao som de Happy. Quem inventou o escritório foi certamente alguém muito infeliz...


Vitrola: Pharrell Williams - Happy

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Afetiva


É como me sinto em Paris:

Há um silêncio cá dentro
e ao mesmo tempo uma ebulição...

Os mais ousados dirão: Uma cidade pra chamar de sua!

Então serei ousado,
Paris é a minha pátria afetiva!


Vitrola: "Spiegel Im Spiegel for Violin and Piano" 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Paixão Antiga



Uma vez eu escrevi uma carta de paixão baseada nesta canção. Já não me lembro do conteúdo, era uma paixão avassaladora daquelas que valeu a pena viver cada segundo...

Não sei pro onde anda a Paula, minha cúmplice nesta história... O som continua lindo!

Vitrola: Paralamas do Sucesso – Lanterna dos Afogados


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Cine Nostalgia


Há uma beleza serena, contida e tristonha nesta cena... Inesquecível sem sombra de dúvidas.

Moon River, wider than a mile,
I'm crossing you in style someday.
Oh, dream maker, you heart breaker,
wherever you're going I'm going your way.

Two drifters off to see the world.
There's such a lot of world to see.
We're after the same rainbow's end--
waiting 'round the bend,
my huckleberry friend,
Moon River and me.

Vitrola: Audrey Hepburn – Moon River


Popular


O que é que você vai fazer domingo à tarde?

Criolo canta Nelson Ned...

Reginaldo Rossi, agora Nelson Ned... 

Vitrola: Criolo - Domingo à Tarde (Nelson Ned)


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Estação Vida


O meu pai completou setenta anos!
Meu filho está com dez meses
Eu me aproximo dos 45
E o trem vai seguindo
Sem dia certo para chegar ou partir...

“é a vida desse meu lugar,
é a vida!”.

Adeus a Nelson Ned e ao jogador português Eusébio...

Vitrola: Milton Nascimento – Encontros e despedidas

Ouça


Agora teme o que tanto desejava
e anseia por alguma segurança...

Escutar a voz do coração, ouvir o que ninguém pode te dizer
aprender a caminhar sem os braços que te aparavam até então...

Essa é a vida lá fora baby, não era isso o que você sonhava?

Vitrola: Beyoncé - Listen



domingo, 5 de janeiro de 2014

Conversa Fiada


Domingo cedo na companhia de Barry White, um vozeirão aveludado. Era uma época onde a valorização da voz do cantor ainda era importante, pois hoje... Marketing, marketing, marketing... no pior sentido da palavra.

Dias desses no aeroporto uma moça me chamou para retirar um brinde, mas que nada o brinde referido não existia era tudo uma isca para tentar vender algo... Dá nojo disso. A música virou isso também, puro comercio, vende-se o que não existe e muita gente embarca sem critério algum. Marketing não é isso é obvio, mas como tem sido tratado termina sendo a referência que temos no cotidiano.  


Barry White – You Are The First, My Last, My Everything

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Milagres Cotidianos


Há coisas na vida que são bacanas pelo simples fato de não existir uma receita direta e rasteira.  São essas noites e dias que se tornam memoráveis pelo prazer do tempo, ou, melhor dizendo: pelo passar dele. Envelhecer agora parece ser diferente!
Se antes eu não me permitia sonhar, agora eu sonho e vivo a sonhar! 
Veja só aquilo que um filho pode ocasionar em sua vida. Eu penso que isso sim seja um autêntico milagre! A transformação, a depuração de sentimentos, razão e atitudes frente a simples existência de um filho, provoca pequenos milagres diários em seu cotidiano. Neste sentido as férias ao lado do seu filho é uma benção divina, um raro prazer daqueles que é necessário se permitir na vida e, sem hipocrisia eu registro: Vale muito a pena!

Vitrola: Maxwell - Whenever Wherever Whatever