Folheando um livro sobre a história da Segunda Guerra, achei uma foto emblemática: um menino com seus oito a dez anos passeia junto à uma estrada dias após o término da Guerra.
Ele segue o caminho, mas esquiva seus olhos do acostamento à sua esquerda. Seu olhar ainda inocente foge ao horror de dezenas de corpos espalhados junto à estrada. A foto foi tirada na Alemanha, os mortos estavam presos em um campo de concentração Nazista.
Não é muito difícil imaginar como aquele pequeno alemão cresceu nos anos vindouros de sua vida, e, se até hoje ainda escrevemos sobre um acontecimento tão triste, é razoável acreditar que nós seres humanos ainda somos capazes de atrocidades maiores sem o menor pudor.
Aquela guerra acabou, porém sua herança de dor e ódio parece não ter fim.
Por ventura somos nós tão cínicos a ponto de negar o inegável?
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