quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O Sublime



Parece o mar
Em suas ondas oscilantes
Da calmaria à tempestade
Em poucos segundos
Da serenidade à loucura
Som e fúria
Paixão,
Acalanto e desespero
Morte e vida.

A Sinfonia n°2 de, Gustav Mahler, intitulada – Ressurreição - é uma jóia rara. Nela Mahler Faz uso de grande orquestra, inclusive de músicos nos bastidores, fora do palco, algo não usual.

Nesta sinfonia, a escrita contrapontística de Mahler é um fato que nos prende, hipnotiza. Muitas vezes, o compositor pensa de forma polifônica e é possível seguir a linha de cada conjunto de instrumentos: cada linha é independente, tem um sentido e é indispensável para o todo.

Aqui um pequeno trecho da sinfonia regida pelo Maestro Leonard Bernstein.

Nunca ouvi nada antes mais próximo do que seja uma ressurreição. Malher conseguiu intuir, trouxe uma mensagem poderosa, magnífica sobre o poder da vida e o desespero da ausência dela.

A condução de Leonard Bernstein também é rica, digna da mais pura lágrima, talvez a melhor tradução ao sublime espetáculo da ressurreição de Gustav Mahler.

Um comentário:

Lidce disse...

Essa música me remete a sentimentos distintos; esperança, desespero e ainda alegria. Trás do fundo da alma a eterna busca pelo conforto de um sentido pra essa vida e um encontro com o criador. Êxtase total, orquestra, coral, regência em perfeita harmonia. Bravo!