terça-feira, 15 de novembro de 2011

Apenas um Homem



“Hoje o ser humano precisa ter uma experiência autentica na sua vida. E tá faltando isso. A gente pensa só em ter a maldita casa, o maldito carro, os bens, o status, a marca da roupa e, a gente esquece que no fundo tudo isso não é propriedade, é muito provisório.

A minha casa não tem estrada e nem tem luz lá em Parati e, enquanto eu estiver vivo não vai ter, então os meus vizinhos ficam loucos: Imagina precisamos do progresso! Não, progresso tenho eu que não preciso de nada disso. Um dia eu quero ser rico o suficiente pra não precisar ter mais nada, não quero ter mais nada: Nem carro, nem casa, nem fazenda, nem imóveis, e nesse dia eu serei rico”.

Amyr Klink

Trilha Sonora
Artista: Faith No More
Música: Just a Man

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Na Madrugada



Dei uma espiada no SWU versão 2011 que acontece em Paulínia, aqui próximo de São Paulo. No palco esta noite estavam os ‘rapazes’ do Duran Duran... Aqui uma lembrança do que os ingleses deixaram como herança para a música pop.

Come Undone, marota, sinuosa, uma bela balada... O show foi aceitável.  

Trilha Sonora
Artista: Duran Duran
Música: Come Undone

domingo, 13 de novembro de 2011

Se a Vida Fosse Assim



Sou um neurótico assumido, não nego, e isso não escondo de ninguém. Esta sequência de “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” (Annie Hall/EUA 1977) é uma das minhas prediletas do Sr. Woody Allen.

Ah! Se a vida fosse assim...

Outro dia tive que esperar em uma fila por quase cinquenta minutos para retirar um documento (passaporte) e à minha frente duas mulheres falavam pelos cotovelos. (Nossa! Jura?)

Papo vai, papo vem, e uma instruía a outra sobre como seria mais fácil tirar o visto americano sem burocracia, pagando uns modestos R$ 750,00 para um tal despachante “fera” indicado pelo pai da mulher língua solta. O despachante era tão bom que sabia disser até que tipo de roupa você deve vestir para conseguir o cobiçado visto. A falante justificou a si própria com a pérola: É caro sim, mas afinal de contas o cara faz tudo por você, ele só não viaja no seu lugar, o resto deixa tudo com ele! Entendeu? (Eita classe média!). 

Naquela altura do campeonato eu já não sabia se ria ou chorava. Queria apenas retirar o meu passaporte e cair fora o quanto antes. 

É constrangedor perceber o que as pessoas não fazem para ir até Miami sem dor de cabeça, sem precisar falar a verdade no consulado americano. Mentir neste caso é tão natural quanto ir até a padaria comprar uns pãezinhos. É bem a cara do nosso povo que pensa ter algum dinheiro no bolso, os fins sempre justificam os meios e tudo bem. Depois a 'culpa' é só dos governantes, e apenas eles e somente eles são os corruptos nessa história. 

Uma era casada (a mais falante), mas não de papel passado e, isso frustraria sua tentativa desesperada de gastar nos States um bocado de reais e fugir um pouco do nosso país, como se alguém lhe impedisse de ir de vez daqui pra qualquer outro lugar. Eu, por exemplo, a mandaria para uma ilha deserta, já que ela mesmo disse que não suportaria a ideia de ficar em uma ilha deserta sem ter nada o que fazer, entenda-se, gastar muito dinheiro, mas bota muito nisso, para tentar compensar suas frustrações.  É o marketing da felicidade a qualquer preço, e a felicidade aqui não parece ter outra fisionomia a não ser a de $$$$$$$$.

A ‘coitada’ tinha uma cara de sofrimento tão fake que nem para figuração de velório acho que a pobre ‘mediana’ serviria. A outra, que mais ouvia do que falava, parecia também perceber que aquele papo estava meio tedioso, mas eram amigas de faculdade que não se viam há anos. Bem, o azar foi todo meu é claro.

No fim das contas me lembrei da cena de “Annie Hall” e descobri durante cinquenta minutos como é duro a vida fora da sala escura. Ah! Woody Allen.... Você nos acostumou muito mal...

Mas luminosidade deve existir mesmo lá pelas bandas de Miami! 

sábado, 12 de novembro de 2011

Marisa Monte, Mais do Mesmo



O disco “O que você quer saber de verdade” mal acabou de chegar às lojas e uma saraivada de criticas já recai sobre Marisa Monte. Acho que temos mais uma...

De fato já faz tempo que Marisa Monte parece ter ligado o piloto automático em sua carreira: bonita, bacana, honesta, mas...

Sempre penso que devemos cobrar de quem pode nos dar mais, neste caso, talento. Penso ainda ser difícil por vezes convencer um artista já consagrado, a arriscar mais numa carreira que flui com tranquilidade, ou seja, sucesso, prestígio e tudo de bom e ruim que essas coisas carregam consigo.

Sabe aquela coisa de que se não faltar comida a pessoa não irá correr atrás? Talvez os grandes talentos às vezes padeçam dessa ‘preguiça’, ou então, errem feio quando resolvem optar pelo comodismo. Mudar pra quê?

É o craque que se acomoda com a fama, as mulheres, o dinheiro fácil e nunca mais volta a bater um bolão. É o piloto de F1 que se contenta sempre com o segundo lugar, ou então, é a cantora que descansa sobre os louros de boas vendas e de uma ótima reputação junto aos fãs, quase sempre passionais, exagerados, que aplaudem até mesmo a flatulência do seu ídolo.

Mas eu não vou perder o meu tempo dizendo que o disco novo de Marisa Monte é chato, insosso e batido. (Iiihhhh já disse)

A cena musical brasileira atravessa mesmo uma fase horrenda, apesar de muitos dizerem o contrário, mas minha impressão ainda é a primeira. Nada, ou quase nada, me comove na atual conjectura musical tupiniquim. Que Pena! 

Sim, o vídeo acima é da faixa título do novo disco de Marisa Monte, talvez o melhor e único bom momento do álbum. Quem sabe no próximo Marisa nos traga algo de surpreendente, por hora apenas mais do mesmo.

Trilha Sonora
Artista: Marisa Monte
Música: O que você quer saber de verdade

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Black-eyed, black-eyed



I was never faithful
And I was never one to trust
Bordelining schizo
And guaranteed to cause a fuss

I was never loyal
Except to my own pleasure zone
I'm forever black-eyed
A product of a broken home

I was never faithful
And I was never one to trust
Bordeline bipolar
Forever biting on your nuts

I was never grateful
That's why I spent my days alone
I'm forever black-eyed
A product of a broken home
Broken home

Black-eyed, black-eyed
Black-eyed, black-eyed
Black-eyed, black-eyed
Black-eyed, black-eyed

todos fazemos nossas escolhas
eu não perderia a vida inventando alguém
que no mundo real não pode existir
pelo menos, NÃO, aqui dentro de mim...

Trilha Sonora
Artista: Placebo
Música: Black Eyes

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Solitários



Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

Carlos Drummond de Andrade

* A palavra gauche (lê-se gôx), de origem francesa, corresponde a "esquerdo" em nosso idioma. Em sentido figurado, o termo pode significar "acanhado", " inepto". Qualifica o ser às avessas, o "torto", aquele que está à margem da realidade circundante e que com ela não consegue se comunicar.

Trilha Sonora
Artista: The Carpenters
Música: Solitaire

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Psicodelia



A guitarra do cearense Fernando Catatau deslizando sobre ferro, fogo e água. Solos não usuais, andamentos entrecortados, sonoridade psicodélica... Uma viagem!

Pois ao som das guitarras de Fernando, quase antevejo cenas de faroestes e, daí me recordo de uma frase de Frank Capra, “O filme é uma doença”, poderia acrescentar: música, literatura, artes em geral. Possuído fui ao nascer por essas sensibilidades e, lá vou de volta a Oz mais uma vez...


Trilha Sonora
Artista: Fernando Catatau
Música: Olhos Abertos

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Intenso



“De olhos fechados não me vejo/e você sorriu pra mim”...

Alguma coisa me toma de assalto
o corpo
a alma
o espirito...

Algum pequeno afeto
talvez aquele olhar disperso
que eu não avistei

pois ele, justamente ele,
salvou a minha existência...

E quantos amores perdemos de vista
pela miopia
do orgulho
da vaidade
da inveja
da maledicência

“O homem é o lobo do próprio homem”

E o poeta das imagens ainda me cutuca
Em seu labirinto de sentimentos,

“E eu morri algumas vezes depois que eu vim pra essa cidade: São Paulo”.

E a toada continua até cair no bairro asiático da fria metrópole,

“Ele está preso na Liberdade”...

Eu ouço vozes vindas de longe e
de perto

longe/perto
muito/pouco
vida/morte
luz/escuridão

“Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo,
Tende piedade de nós.

Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo,
Dai-nos a paz”.

Sobem os créditos
mas eu fico mudo
imóvel
com muito afeto
sem rumo
até que ascende
uma luz quando a porta se abre,
ainda sou eu
já não sei pro onde ir...

Trilha Sonora
Artista: Legião Urbana
Música: Se fiquei esperando o meu amor passar/Come Share My Life

domingo, 6 de novembro de 2011

Olha eu aqui de novo



“Se todos fossem como eu, não precisaria destetar os outros”.

E será que não é isso mesmo?

A hipocrisia comanda a festa, seja pro bem ou pro mal. Não preciso me esconder atrás de fajutas encenações. Enquanto isso vou de Police, é um bom jeito de variar climas.

Trilha Sonora
Artista: The Police
Música: Wrapped Around Your Finger

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Chato, eu?



Ok. Tive um dia chato pra dedéu. Sabe aquela coisa de cuidar de um monte de lata, aquilo que chamamos de carro, (eu odeio a supervalorização dos automóveis/mas amo a beleza que muitos deles nos apresentam pelas ruas e, principalmente nas pistas). Mas enfim, ficar três horas e lá vai pancada esperando pelo conserto de um automóvel é mesmo coisa pra quem é apaixonado pela ‘tranqueira’. Me chame pra tomar uma cerveja, para uma exposição, para o teatro, cinema, para correr no parque, mas não para consertar o carro.

Mas é a vida né! O vídeo do Richard me lembra aquele povo que vai a Vegas passear, e jogar um pouco de suas frustrações anêmicas para fora. Prefiro Paris, Berlim, Londres, arriscar em outras praias me parece mais divertido. Isso mesmo, mas que cara chato!

Trilha Sonora
Artista: Richard Hawley
Música: Born Under A Bad Sign