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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Vozes Búlgaras



As Vozes Búlgaras...
Um sopro de vida contra a desesperança
A luz que emana d’alma
Quando se tem apenas
A voz
Para interromper
Uma vida inteira
Composta por muitos silêncios...

“Le Mystére Des Voix Bulgares passa uma sonoridade pastoral - numa sugestão das próprias montanhas balcâmicas - em todo o mistério da civilização, arte e cultura de raízes de uma das regiões do mundo praticamente desconhecidas a nossos poluídos e colonizados ouvidos”.

Um presente divino!

The Magic of Bulgarian  (Nellie Andreeva)/Malka Moma / Little girl


sábado, 15 de setembro de 2012

Tudo outra Vez



A vida, sim a vida
Precisa ser um pouco louca
Se não parecerá apenas
Uma sequencia inócua de terças-feiras...

Houve uma época onde o som que a juventude curtia era deste naipe.
Belchior e suas poesias, seus dilemas e contradições.
Hoje a gente é obrigado a ouvir da boca da juventude que tudo é legal, bacana!

Luan Santana... é legal!
Paula Fernandes... é legal!
Michel Telló... é ótimo!
As letras também são legais?

Eu quero tchu, eu quero tcha
Eu quero tchu tcha tcha tchu tchu tcha
Tchu tcha tcha tchu tchu tcha...

Essa é a juventude que irá comandar o país? Iletrados, repito,
ILETRADOS, é o mínimo a dizer.

Discordem pelo amor de deus, achem coisas horrorosas e outas lindas, mas discordem, conversem, discutam, xô apatia!

Outro dia uma garotinha de seis anos me abordou onde trabalho, na casa móvel dos sonhos e perguntou:

-Moço você tem algum livro dos Titãs?

Meus olhos encheram d’água e eu pensei: O mundo ainda possuí alguma luz... alguma ingenuidade criativa.

-Moço a música que eu gosto mais deles é Flores!

Que lindo!

Vitrola: Belchior – Tudo outra Vez

sábado, 26 de maio de 2012

Um Cisne, eu?



Eu me lembro de você anos atrás, tão infeliz, autodestrutivo, sem humor, agressivo, lutando de maneira errada. Lembra-se disso?

Parecia tanto uma criança quando começa a andar de bicicleta com as famosas rodinhas, todo convicto que o caminho seria fácil, sem dificuldades. Afinal você aprendeu que teria sempre as rodinhas ali ao lado para poupa-lo de todos os infortúnios desta terra.

Eu me lembro do quanto você sonhava com algo que parecia impossível, irreal, fora de orbita. Foram tantas ciladas, tombos, escorregões, poços fundos e escuros. Você quase sucumbiu...quase!

Lembra-se disso?

Então um dia desses eu sonhei que você era um artista. Foi o sonho onde você parecia a pessoas mais feliz do mundo. De repente aparecia alguém, ou, alguéns e começavam a te dizer:

-Ei Você! É você mesmo aí, você têm muita sorte, pois trabalha com o que gosta e você sabia que apenas 1% da população mundial consegue isso durante a vida?

Acordei!

Este seria sim um diálogo entre a minha alma e a minha mente, entre o impossível e o possível, entre aquilo que semeamos e plantamos, entre o que sonhamos e nunca desistimos por alguma força externa, interna, não importa...

O caminho mesmo sendo tortuoso é aquele que necessitamos trilhar, seja sob sol, chuva, fartura ou privação, e não falo de autoajuda, falo de sobreviver, de conviver, de bem viver com tudo que a vida nos oferece de bom e ruim. São extremos? Sim, o ser humano oscila entre a arrogância e a mágica de um sorriso puro, ou apenas um olhar que brilha mais do que uma constelação inteira.

Penso que hoje você pode olhar no espelho e dizer a si mesmo:

Sim, você apesar de tudo, ainda manteve algo especial no seu olhar, algo que o difere de ontem, mas... não, não, não se convença muito, porque você tanto pode ser um belo cisne colorido, como também pode ser aquele patinho feio, ranzinza, tal qual o pato da Disney, lembra-se disso?

A vida é mesmo um dia de cada vez.

Paul McCartney - The Long And Winding Road

sábado, 19 de maio de 2012

Diamantes



São quase doze horas da noite.

Querido Freddie,

A vida aqui continua mesmo sem aqueles mágicos truques vocais que você tanto adorava nos fazer durante seus shows. Por sua influência eu (Jonathas) me tornei uma espécie de missionário da arte e cultura, num país que você parecia tanto adorar, mas onde infelizmente os políticos parecem odiar educação, arte e cultura.

Não importa, não escrevo essas linhas para me lamentar, mas apenas para agradecer tanta inspiração advinda de ti meu amigo. Teu trabalho abriu meus olhos para a sensibilidade, e se me faltava espaço para voar e sonhar, agora sobra provações para insistir e amar a cada dia ainda mais a poesia, a música, a pintura, a música, o cinema, a fotografia, enfim, amar e perdoar os homens, porque na essência todos nós somos feitos mesmo é de sonhos... e eles não envelhecem nunca.

Onde estiveres
Muito obrigado.

Freddie Mercury - The Official 65th Birthday Video


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terça-feira, 3 de abril de 2012

A Casa Móvel dos Sonhos



Este projeto abriga e carrega sonhos,
“e sonhos não envelhecem...”.

Quando adentrei pela primeira vez na Unidade Móvel de Artes e Cultura do Sesi SP me dei conta que de algum modo em minha tortuosa vida, o cosmo, Deus, aquelas reviravoltas que acontecem ao longo de nossa existência, haviam me trazido para um lugar todo especial. Sem dúvida alguma, uma segunda e encantadora casa. A casa móvel dos sonhos!

Para alguém que sempre foi tido como “problema” aquele acervo precioso de arte e cultura universal representavam muito mais do que um trabalho remunerado. Era um sonho a se realizar depois de comer o pão que o outro amassou.

O desafio constante de mudança parece ter caído como uma luva para alguém que não era, assim digamos, tão afeito a mudanças bruscas. Talvez aquele medo teimoso de viver, de teorizar em atitudes tanta coisa que acredito, enfim a própria vida, seus dilemas e pequenas alegrias diárias.

Descobri no cotidiano que só me chama de pessimista quem de fato não me conhece ainda, apesar de confessar, tenho mesmo uma quedinha pela tragédia que um copo de água por vezes pode “causar”. Ninguém pode ser perfeito!

É lá fui eu tal qual um Luiz Gonzaga – apaixonado e sonhador – me atrever a conhecer lugares e pessoas pelo interior de SP a fora.

Nunca fez tanto sentido as palavras do Mestre Luiz Gonzaga:

“Minha vida é andar
Por esse país
Pra ver se um dia
Descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras por onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei.

Chuva e sol
Poeira e carvão
Longe de casa
Sigo o roteiro
Mais uma estação
E a saudade no coração”.

Fico realmente orgulhoso por fazer parte de algo assim, simples, direto, encantador, que só faz bem as pessoas de todas as idades, credos e classes sociais.

E se hoje me permito abrir o meu coração neste diário virtual, é porque aprendo a me reinventar a cada novo dia, a cada nova viagem, por todos os lugares que já passei e ainda passarei, todas as pessoas que conheci, todas as lágrimas que guardei quando me senti impotente frente a adversidade e carência do nosso povo. 

Sou mambembe, móvel, uma metamorfose ambulante que vê poesia onde muitos apenas enxergam pobreza, apatia, e desprezo. Esse sou eu em plena atividade, daqui até o fim.