quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Meu Tempo



Aquele piano, aquela guitarra, aquela voz aveludada,
aquela mesma sensação…

Em tempos de ausência
o sol parece distraído demais para lembrar de nós
e cada manhã cinzenta 
será mais um dia apenas
sem as flores
sem as cores
ele o céu opaco traduz a paisagem
que avisto agora através de uma janela.

E então uma paz perturbadora me invade
chorando lentamente em minha mente
encharcando aos poucos
meu coração solitário
de esperanças comuns
de amor, poesia e sorrisos...

é o pretexto que queria para fingir
que às duas da tarde de uma segunda qualquer
eu sou alguém feliz
mesmo não sendo
pois 
afinal
sou a exceção
um alienígena brincando
de ser gente
experimentando as situações
e esse é o meu tempo agora...

Oh, cos this time is yours and mine
Oh hear the city sound, see the lonely crowds
This scene is you and me
Oh in the lazy sun, we're the lonely ones

Vitrola: Suede – This Time

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Hide in Your Shell



Ah! “Hide in Your Shell”, do Supertramp, aquela banda que fazia um som quase arrebatador, misturando talento, suor e uma porção saudável de pretensão. Aqui Roger Hodgson matando as saudades em um dos hits da banda. Bons tempos para sempre!

Vitrola: Roger Hodgson – Hide in Your Shell

domingo, 28 de outubro de 2012

Sonhar...



Eu tive um carrinho de plástico verde pelo qual tinha afeição. Era uma Variant e adorava brincar com ela, embora fosse um brinquedo simples... A televisão ligada em Mary Tyler Moore equanto eu e minha Variant viajávamos mundo afora...

Still é mais ou menos desse período.

Torço para que o Gustavo consiga sonhar muito durante sua infância.

Vitrola: Still – The Commodores

sábado, 27 de outubro de 2012

Saturday Night



Não tem jeito. Hoje é sábado e logo mais as luzes estarão acesas nas  pistas das boates do mundo inteiro, nos pubs e nas ruas lotadas de pessoas se olhando, conversando esperando pelo milagre de todo sábado à noite.

Hoje não será o último sábado e mesmo assim iremos juntos de carro para um passeio lúdico, poético, flertando com risos, piadas, sensações espontâneas ou fabricadas, mas para muitos a tristeza e o desespero de mais uma noite de sábado solitária será a senha para o refrão:

Oh whatever makes her happy on a Saturday night
Oh whatever makes her happy whatever makes it alright…

Vitrola: Suede – Saturday Night

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Praça Red



O século 30 vencerá.! Ressuscita-me para que ninguém mais tenha que sacrificar-se por uma casa, um buraco. Ressuscita-me para que o Pai seja ao menos o Universo e a Mãe, no mínimo a Terra.

Vladimir-Maiakovski

Vitrola: Paul McCartney - She's Leaving Home [Red Square '2003]

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Os Cabeludos



Essa balada do Whitesnake me deixa um tantinho triste. Década de 80, os cabeludos do heavy metal balançando suas madeixas, mas no fundo mostravam  a sensibilidade escondida por trás de tanta testosterona, basta perceber neste vídeo a entrega dos fãs durante a canção, ou então dar uma olhada nesta versão de 2006 registrada em Londres.

A saudade vem do fato de um dia ter participado de uma banda que curiosamente teve como maior sucesso uma versão de “Here I Go Again”... Isso me faz chorar de saudades, como foram bacanas aqueles tempos onde uma guitarra podia abrandar as dores e angustias da vida...

Vitrola: Whitesnake - Here I Go Again

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Choro



E a Mallu chorando e cantando durante o show. Foi um momento humano do Festival Planeta Terra... Fiquei pensando em quantas vezes a gente também não vai trabalhar com problemas e de repente bate aquela vontade de chorar e mandar tudo às favas... mas não dá! 

Talvez eu seja pequena,
Lhe cause tanto problema
Que já não lhe cabe me cuidar,
Talvez eu deva ser forte,
Pedir ao mar
Por mais sorte
E aprender a navegar.

Vitrola: Mallu – Por que Você Faz assim Comigo?

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Pizzarelli Sounds



O fantástico John Pizzarelli fazendo parecer que tocar uma guitarra assim seja bem fácil, moleza, moleza! O baixista também não deixa por menos arrasa com muita classe, sonzeira!

Por essas e por outras:

-Mamãe quando eu crescer eu quero ser como o John Pizzarelli!


Vitrola: John Pizzarelli – I Got Rhythm

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Melancholia



Perderia a essência sem olhar aquele céu
De uma melancolia dolorosa
Rosa e azul
Cor de carmesim
numa manhã de sentimentos devastadores...

Pode um começo soar tanto com o fim?
Pode uma música anunciar o desencontro de uma vida inteira?

Passa pelos meus olhos agora a amargura
Que a finitude nos traz
Chega aos meus ouvidos o som funesto
Da ferrugem de uma alma sem alegria
O prologo de todo grande amor...

Morrer, morrer, desencantado sem fé
Morrer ferido pelo olhar irradiado da paixão
Que um dia cederá ao tempo
Perecerá sem sequer alcançar o auge
A explosão dos planetas
A ruína do amor
A desesperança do encontro tardio.

Vitrola: Proloque (Tristan and Isolde)

domingo, 21 de outubro de 2012

Suede - O encontro



Valeu a espera! O Suede fez um show energético na edição deste ano do Planeta Terra. Do inicio ao fim, Brett e cia fizeram um show impecável tocando seus hits e aproveitando muito bem o pequeno tempo dado a eles pela organização do festival, apenas 60 minutos. Da primeira canção do set “She” até a última “Beautiful Ones” a banda manteve a adrenalina, o ritmo e sobretudo o astral lá em cima. Brett Anderson deixa qualquer vocalista desta bandas novinhas no chinelo, é puro carisma em palco e, não precisa falar pelos cotovelos para conquistar até mesmo os teens da nova geração. Resumindo: Foi uma noite memorável, berrei, cantei, pulei, agarrei Brett e fiz tudo que podia ser feito para aproveitar este encontro.

Outras do setlist:

Trash,
Filmstar
Animal Nitrate
We Are the Pigs
The Wild Ones
The Drowners
Flashboy
Can´t Get Enough
Everything Flow
So Young
Metal Mickey
Heroine
Saturday Night
New Generation

Obrigado “meninos” até breve!

Vitrola: Suede –  Beautiful Ones

sábado, 20 de outubro de 2012

Gravidade Zero



Indo ao encontro de Brett e cia. Não sei ao certo a razão, mas esta canção graciosa do Supertramp me veio à mente... 

O Suede é uma banda derivada do Glam rock, sons mais sujos, muita pose, o que definitivamente não é a praia do Supertramp, mas e daí?

Afetividade, provavelmente, pois é isso que ambas possuem incomum em minha vida; afeto e carinho... 

E que o show do Suede me tire de orbita pelo menos durante 90 minutos, tal qual o sax do Supertramp que acaba de me tirar do chão por alguns segundos...

Vitrola: Supertramp – My Kind Of Lady

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Redenção



Porque ausente sou eu
quando cego não ouço
a música que teus olhos
desenham em meu mundo
no sorrir dos teus lábios
graciosa redenção
imaginária

Vitrola: Beck – Everybody's gotta learn sometime

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sobreviver



A minha anestesia é a imensa vontade de engolir o mundo,
principalmente quando ele me diz NÃO.

Vitrola: U2 – Running to Stand Still (Paris, 1987)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Um Grão



Serei sempre o primeiro a chorar, 
a insultar desafetos,
a reivindicar as utopias
a sonhar o impossível
a dizer não para o riso cínico
a dizer sim para o pequenino grão
que após a chuva brota
espalhando milagres
nos becos mais áridos e escuros da vida.

Vitrola: Cat Power – The Greatest

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Em Riste



Eu pecaria sem pestanejar se fosse para tirar o poder de quem o tem e faz apenas humilhar e perseguir a quem não se ilude com o jogo nojento da politica... Deixe-me em paz, o que eu quero é viver sem intromissões, vá pra Miami e esqueça que eu existo senhor deus do nada!

Aqui pra você!!!! Um dedo em riste.

Vitrola: Lana Del Rey – Without You

domingo, 14 de outubro de 2012

Cyndi



Quarta faixa do álbum She’s So Unusual (1983), lançado há exatos 29 anos,  a balada Time After Time de Cyndi Lauper é apenas a face mais delicada dessa energética cantora que fez história no pop da década de 80.

Apesar da paisagem ensolarada lá de fora, a balada combina mais com a quietude dessa tarde dominical de fim de feriado, isso para quem não está trabalhando e, esse não é o meu caso.

Vitrola: Cyndi Lauper – Time After Time

sábado, 13 de outubro de 2012

Lascia Ch'io Pianga



Deixe que eu chore
Minha sorte cruel,
Que eu suspire
Pela liberdade.
A dor quebra
Estas cadeias
De meus martírios,
Só por piedade!

Vitrola: Edson Cordeiro – Lascia Ch'io Pianga

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Cartas ao Românticos



Aos românticos que nunca desistirão do encantamento
mesmo quando os donos deste mundo
plantam ao nosso redor apenas espinhos,
sabotam a beleza do sorriso da criança
do olhar perdido da mocinha descobrindo o amor.

Eles são cruéis e não sabem o que é o amor...

Quando eu for o dono do mundo
eles estarão trancados em seu próprio ódio
Mas
românticos não dominam o mundo...
eis Dom Quixote sussurrando em meus ouvidos...

Ah! Se fosse fácil mergulhar
Numa ilusão
E não conter à explosão
De um grande amor
De uma semente que esperou
Chegar seu tempo pra brotar
E revelar
Aquele brilho no olhar
Aquele jeito de sorrir
Ao ver o amor nascer.

Obrigado Guilherme pelos versos!

Vitrola: Guilherme Arantes – Prelúdio (O Amor Nascer)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Poeta Insone



Acordei naquele domingo cansado da vida. Não levantei cedo, não tomei café, não escovei os meus dentes, não sorri quando avistei a Fedora.

Ficaria um dia inteiro descrevendo os nãos daquele dia, prefiro então enumerar outras causas.

Primeiro: Porque alguém é feliz simplesmente por ter um domingo de folga?

Segundo: Será que existem outros pratos além da lazanha e da famigerada macarronada para se comer aos domingos?

Liguei o som no talo e ouvi Morrissey sussurrando:

Everyday is like Sunday
Everyday is silent and grey

Pronto: Acabara de preencher o vazio do meu domingo, pelo menos por quatro eternos minutos.

Depois disso li Neil Gaiman, escrevi alguns versos, lembrei de alguém (sempre, sempre a mesma história), e no final da noite após comer um omelete de queijo e presunto com ervas, cantei sozinho “Everyday is Like Sunday”, me deu uma vontade pavorosa de chorar, mas era apenas mais uma noite solitária de domingo em minha vida suburbana.

Bem o dia seguinte seria outra segunda-feira.

Vitrola: Morrissey - Everyday is like Sunday

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Insano



“Só os que um dia perderam a cabeça sabem raciocinar "
(Oscar Wilde)
Serei eu o defensor da insanidade? 
Um turbilhão invade o meu ser
eu quero apenas o
silêncio...

I'm weightless
I'm bare
I'm faithless
I'm scared

Eu estou vazio,
Eu estou nu,
Eu estou sem fé,
Eu estou com medo.
Quem nunca sentiu isso na vida?

Vitrola: Placebo - Peeping Tom

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Voo Sincero



Há um relato de voz naquela voz,
tão retorcida voz, toda ela espanto.
o corpo que é voz tem um esgar
que deixa de ser corpo e é só voz.
se munch se dissesse, rediria
a voz candente, noite de gravura,
que é gravura e voz que firma a tela.
intensos tão meandros destes traços
que num itálico do grito a fala sente
o homem ser só grito, sem mais homem.

Romério Rômulo
Vitrola: Pink Floyd - Great Gig in the Sky

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

The Golden Age



Foi como abrir uma porta. De repente me vi ali – sozinho, quieto, mudo,
quase petrificado em refugio secreto, o meu quarto.

Pelo corredor escuro cruzei com objetos inanimados – eu podia jurar que ouvi vozes vindas do quarto onde ficava a escrivaninha fosca e caramelo – a mesma da minha infância. Sobre sua mesa uma maquina de escrever Remington e, dava para ver o meu pai datilografando seus manuscritos, fiquei curioso, me avexei – corri para o quintal e dei de frente com a minha avó materna: Esfregava as mãos, sorria na minha direção serena, calma e radiante tendo ao fundo como cenário o Pico do Jaraguá e suas curvas desafiadoras.

Foi como descortinar um elo perdido, então logo avistei meus amigos Denis, Júnior, Marcos, Paulo, André, Beto, todos jogando futebol comigo no quintal, o nosso Morumbi diário, sem preocupação com o tempo que agora não para de correr, correr... correr.

E na memória perdida
Encontrei-me
Quase feliz quase infeliz
Numa era de ouro.

Vitrola: Beck – The Golden Age

domingo, 7 de outubro de 2012

Versos Perdidos



Encontrei alguns escritos meus antigos, perdidos em papeis soltos aqui e ali... Herança das mudanças dos últimos anos.
O deste post foi escrito na véspera do meu 40º aniversário e intitula-se

“Véspera para nascer”.

Imagine um pôr de sol, então olhe o seu rosto de frente para o espelho e encare suas rugas, suas marcas de expressão e os seus cabelos grisalhos... Sim, hoje é a véspera da vida!

Amanhã quando raiar o sol serei eu mesmo após 40 anos. Eu me assombro: Já!

Foi rápido, ligeiro demais, pronto já é hoje. Posso cerrar os meus olhos e sentir os aromas da minha infância, ouvir as vozes de quem já não vejo mais, marcas minhas pegadas pelos mesmos caminhos de outrora.

Ainda canto vez por outra, “somos tão jovens”.
Mas ao mesmo tempo há presente uma pequena epifania.

O primeiro dia na escola, o medo, a descoberta de um mundo novo. Amigos, amigas, adultos, crianças, anjos, brincadeiras, alegria.

E nesse sonho reparador eu espio a mim mesmo apaixonando-me novamente pela primeira vez, acelerando o meu coração de menino.

O gosto da infância ainda me fascina. Quem não queria ser uma criança novamente? Eu queria ser a reencarnação da minha infância – reviver o que ficou bem lá atrás.

Papo saudosista, pois a vida continua e amanhã eu renasço pela quadragésima vez.  

Vitrola: Suede-Everything Will Flow

sábado, 6 de outubro de 2012

Pingos de Chuva



Bastaria um olhar
nada mais
pois já estava escrito aquele desencontro
embora fosse um sábado à noite
sua única companhia foram os pingos da chuva fria batendo em sua janela.

Vitrola: Bee Gees – Run To Me

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O Jogo dos Contentes



Aqui dois exemplos do jogo dos contentes que vez por outra cito neste espaço. São duas capas da Revista Isto é, a da direita é a capa desta semana, e da esquerda é mais antiga. Em comum as duas com intenção ou não, terminam por vender uma ideia de felicidade que nos persegue cotidianamente. Nos dois casos a felicidade está focada no crescimento econômico dos personagens citados nas respectivas  capas e matérias.

Não existe nenhum problema em traçar um perfil de pessoas que cresceram economicamente nos últimos anos em solo pátrio, tampouco revelar que alguns brasileiros da dita terceira idade vão muito bem obrigado em suas vidas.

Mas... mas...

O que incomoda nos dois casos é a falta de um contraponto, de outro olhares, como que o leitor pudesse indagar espontaneamente:

-Mas e os outros que não tiveram essa sorte, oportunidade, ou quem sabe apenas foram honestos durante suas vidas e desta forma não enriqueceram, não prosperaram. E daí? Existem? São pessoas fracassadas é isso que vocês querem dizer? Mas por quê? 

Porque infelizmente uma minoria de pessoas com mais de 60 anos vivem dignamente neste país... Muitos idosos estão internados em hospitais públicos, sem sequer receberem um atendimento médico adequado e terão um final de vida melancólico.  

Este tipo de matéria apenas endossa uma vaga sensação de mascaramento social, de uma sociedade do faz de conta, distante de outras tantas possibilidades, inclusive a de ser alguém dito feliz sem ter nenhum tipo de sucesso. Me parece razoável destoar da maioria neste caso...


A mídia como um todo no país é muito unilateral, vende o que lhe interessa, melhor dizendo, vendem geralmente ficção, estórias onde a veracidade é tão concreta e sólida tal qual qualquer telenovela. Não existe responsabilidade neste caso, ficção vira realidade e pronto. Acredite se quiser!

Neste jogo dos contentes me parece cada vez mais proposital este intento arrogante de não aprofundar nada, é algo como se as pessoas não fossem capaz de analisar realidades dispares, o leitor no fim das contas é tratado como um idiota, um imbecil incapaz e, querendo ou não a imagem que perpassa é: Todos nós precisamos ser felizes a qualquer preço, sobretudo ganhando muito dinheiro, adquirindo bens, consumindo muito, tendo saúde, corpos bem esculpidos, etc. e tal...

Quer saber? Prefiro viver a vida de outra maneira, sem afetação, um dia de cada vez.



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Esperando por mim



Slow down, you crazy child
you're so ambitious for a juvenile
But then if you're so smart, tell me
Why are you still so afraid?

Talvez daqui um tempo seja isso que eu vou dizer ao meu filho(a)...

O que mais me causa apreensão neste momento é a percepção de um mundo em constante transformação, isso não representa obrigatoriamente algo bom, pode bem ser exatamente o contrário... O mundo anda um bocado complicado vamos combinar, não faço parte do coro dos contentes, não acredito nesta ditadura da “felicidade” vendida de maneira asquerosa pela publicidade. Então sei bem que educar um filho para a vida hoje em dia passa por essa compreensão e seus dilemas filosóficos.

Mas ainda é cedo para sofrer pelo futuro breve, ainda preciso aprender a trocar fraldas, dar banho no bebê, segurá-lo com firmeza e carinho... Isso tudo é muito poético e real para mim...  

Toca Billy toca...

Vitrola: Billy Joel – Vienna

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Cartão Postal



Envio-te este cartão postal
Esconda tuas lágrimas
Haverá pouco tempo
Leia-o
E tire suas conclusões…

Vitrola: Beirut – Postcards From Italy