Um belo gospel interpretado por Lionel Richie ainda na época do The Commodores na década de 70. Aqui Lionel canta no tributo ao amigo Michael Jackson em julho de 2009. Foi do gospel cantados nas igrejas protestantes que saíram as principais estrelas da música negra norte-americana.
O duo inglês Soft Cell teve em sua formação Marc Almond (voz) e David Ball (sintetizadores) – autênticos ícones do pop dos anos 80. Suas canções abordavam frequentemente o amor e o romance, assim como o lado sombrio da vida, com assuntos tais como perversão, transsexualismo, drogas e assassinatos.
A dupla teve um hit mundial em 1981, com a canção "Tainted Love", e vamos combinar que falar de amor e romance entre o mesmo sexo no inicio dos anos 80 era coisa pra gente de bastante coragem.
E a gente vai esbarrando nas coincidências cotidianas...
Junto com um casal de amigos de São Luís (MA) ontem assisti os acreanos do Los Porongas. Um show de rock fantástico e, ainda de quebra conhecemos a galera da banda, tomamos uma cerveja e, jogamos conversa fora. Alguém já me perguntou uma vez se o Acre existe mesmo, pois não conhecia ninguém de lá.
Eu conheço um monte de acreano, a minha mãe é do Acre, os Los Porongas são do Acre e, eu já pisei no Acre.
Bem...Se você não vai ao Acre, então ele vem até você!
Eu queria ser um piano
Na noite que se esquiva
Da tortura, e da sina
De terminá-la sozinho
Sim,
Eu desejo ser o piano de Tom Waits
Quero caminhar por uma cidade fantasma
Entre ruas, prédios, casas e fábricas abandonadas
Um cenário desolador
Enquanto ouço os acordes
Dolorosamente tristes do piano
Ah! a noite
Num cabaré enfumaçado
Com o piano de Tom Waits
Parece bem escura
Triste e sozinha,
Mas os acordes me arrebatam
Com sua poesia áspera e apaixonante
Eu queria ser um piano
Para nunca... nunca...
...Deixar...
A emoção escorregar
Por entre meus finos dedos.
Eu me lembro da grama verde do jardim lá de casa. E quando isso acontece me veem a mente a melodia de McCartney e Linda, “Listen to What The Man Said”.
Isso perdura por uma vida inteira e um pouco mais. São as sensações duradouras que eu não quero esquecer.
Cheiros, sabores, histórias, brincadeiras, mistérios que a vida guarda e a gente leva em frente.
Pois bem, o Bono pregou um susto em todo mundo na semana passada. Sua assessoria de imprensa foi bem vaga em relação ao acidente ocorrido possivelmente durante ensaios do U2 para a segunda leva de shows da atual turnê da banda.
Bono foi submetido à uma cirurgia de emergência provavelmente na coluna. Aqui fica a torcida para que o irlandês recupere-se logo, para restabelecido voltar a pensar em trabalho.
O clipe acima é da turne Zoo TV de 1993. A dançarina do ventre que participa do show em “Mysterious Ways” chama-se Morleigh Steinberg. A bela garota além de dançar muito bem fisgou o coração do guitarrista The Edge. Dá até para perceber um entusiasmo acima da média do The Edge durante a canção. Naquela época entre um show e outro o casal achava um tempinho para namorar.
Recentemente The Edge e Morleigh puderam finalmente oficializar a sua união de quase vinte anos. A explicação é que na Irlanda somente a pouco tempo atrás foi aprovada a lei do divórcio, o que permitiu que o guitarrista enfim solicitasse o divorcio de sua antiga companheira.
Final feliz para a bonita história entre um guitarrista e uma dançarina do ventre, que encontraram-se pelos caminhos misteriosos da vida.
Não tem jeito. Eu nem sou um entusiasta dos Engenheiros, mas esta canção marcou, e aí me bateu aquela nostalgia, mas saudável. Não acho que a música de hoje seja melhor ou pior do que ontem, cada tempo gera seus artistas, e artistas são atemporais. Um outro poeta já dizia:
Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
As aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu estou por fora
Ou então
Que eu estou enganando...
Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...
Apenas curtir de novo este momento, a vida continua e lá fora às vezes o mundo inteiro ainda parece uma ilha.
Eric Clapton já foi chamado de deus das guitarras e, sua história está repleta de humanidade. Encontramos um gênio quando se torna perceptível primeiro os seus vícios ante suas virtudes.
If I could reach the stars
Pull one down for you
Shine it on my heart
So you could see the truth
That this love I have inside
Is everything it seems
But for now I find
It's only in my dreams
Então essa noite irei sonhar com os dedilhados mágicos de Mr. Clapton.
Trilha Sonora Artista: Eric Clapton Música: Change the world
Mais um clássico dos anos 80 com os paulistanos do Ira!. Olha o Nasi novinho, o Edgar Scandurra com cabelo... Bacana!
Adorava a capa deste disco (eu tive primeiro o K7), o terceiro álbum da banda, “Vivendo e não Aprendendo” (1986), um disco recheado de boas composições. Além de “Envelheço na Cidade”, destacam-se faixas como “Vitrine Viva”, “Gritos na Multidão”, a intrigante “Casa de Papel”, além do hit “Dias de Luta” maior sucesso comercial do Ira! Durante os anos 80.
Conta a história que a gravação deste disco não foi lá muito amistosa entre os meninos da “Rua Paulo” e o produtor musical Liminha. O grupo desejava para o álbum um padrão sonoro que lembrasse o do conjunto inglês The Jam, uma de suas mais notórias influências, porém Liminha julgava como "desafinada" a sonoridade que Edgard Scandurra e cia. queriam como referência. A relação entre banda e produtor se tornou tão tensa que foi preciso transferir os trabalhos restantes de gravação e a mixagem para São Paulo.
O show do lançamento do LP se deu em uma efusiva apresentação na Praça do Relógio, no campus da USP em 11 de Outubro de 1986 (citado como um dos cem melhores shows já feitos no Brasil em uma edição especial da revista Bizz, em 2005), diante de uma platéia estimada em 40 mil pessoas. O êxito do disco é atribuído a três faixas: "Envelheço na Cidade", "Dias de Luta" e, especialmente, "Flores em Você". Construída a partir de um arranjo de um quarteto de cordas e um violão tocado por Edgard acompanhando o vocal de Nasi, foi tema de abertura da novela global “O Outro”, tendo sido uma das canções mais executadas nas rádios brasileiras no período entre 1986 e 1987.
Na metade dos anos 80 o soul parecia fadado ao ostracismo frente ao uso abusivo de sequenciadores e baterias eletrônicas. Isso até a página 2 quando surge a voz potente e modulada de Anita Baker. Quando lançou o álbum Rapture (1986) sua carreira foi impulsionada decisivamente após anos de labuta em pequenos selos fonográficos norte-americanos.
A irresistível canção “Sweet Love” virou hit e a imprensa musical passou a destacar os dotes artísticos de Anita. Infelizmente, apesar das virtudes da moça, dos ótimos músicos de estúdio, o disco e Anita caíram em esquecimento com a mesma rapidez em que alcançaram o sucesso.
Aqui uma rápida lembrança da preciosidade vocal da cantora de Detroit.
"O tempo é um rato roedor das cousas, que as diminuí ou altera no sentido de lhes dar outro aspecto."
Machado de Assis
De relance, por entre o espelho, pela primeira vez em minha vida eu antevi o caos que denominamos de tempo. Isto me lembra o longa, “O Curioso Caso de Benjamin Button”.
Ali à minha espreita o ciclo natural da vida: pai e filho num quase close, em um plano retilíneo nem aberto e, nem fechado.
O espelho de um hospital pode revelar o quanto de humano existe, ou não, dentro de cada um de nós: “eu vi muitos cabelos brancos na fronte do artista/o tempo não pára no entanto ele nunca envelhece”.
E nessa analogia entre tempo, caos, vida e morte, estamos nós, aqui e agora.
“Algumas pessoas nascem para se sentarem à beira do rio. Algumas são atingidas por raios. Algumas tem ouvido para a música. Algumas são artistas. Algumas nadam. Algumas percebem os botões. Algumas conhecem Shakespeare. Algumas são mães. E algumas pessoas... dançam”.
Se ontem fui carregado no colo, talvez agora seja a hora de dar suporte a quem outrora me conduzia.
Um clássico recente do rock, seu refrão será cantarolado inúmeras vezes durante a copa do mundo da África a partir do mês que vem.
O duo White Stripes alcançou o seu apogeu com esta canção, mas difícil mesmo vai ser aguentar a retranca e o discurso démodé “ame-o ou deixe-o”do sargento Dunga, nome do anão errado, pois deveria ser Zangado.
Eu passo...
Trilha Sonora Artista: The White Stripes Música: Seven Nation Army
O sujeito que aparece em fotos no vídeo acima é certamente o maior responsável por minha paixão pela música.
Freddie Mercury viveu intensamente, cantou de maneira esplendida, fez tudo o que quis e um pouco mais com sua voz de barítono.
Com ele o rock e, o pop ficaram mais divertidos. Sobre o palco costumava ser espalhafatoso, sedutor, carismático. Sua música às vezes era calma, poética, outras vezes eloquente, visceral, dançante.
No noticiário sobre sua morte o jornalista Pedro Bial dizia com certa melancolia na noite de 25 de novembro de 1991:
“Para nós vai ficar a imagem daquela noite no rock in rio I em 1985, o Brasil cantou junto com Freddie Mercury “Love Of My Life” amor da minha vida, um dos sucessos do homem que morreu se queixando de uma vida sem amor”.
Freddie Mercury morreu aos 45 anos, cedo demais para que pudéssemos compreender o que habitava a alma do artista, ora excêntrico, ora uma autêntica dona de casa londrina.
Acima uma homenagem da cantora argentina María Bozzini interpretando a belíssima “Nevermore”, faixa do segundo álbum do Queen intitulado Queen II do longínquo ano de 1974.
Eis Suzanne Vega, ainda muito moça, cantando a bela “Cracking” faixa do seu primeiro e homônimo disco.
Lindo observar o quanto Suzanne é uma artista detalhista, meticulosa desde sempre. “Cracking” é uma canção composta por quem sabe fazer da música pop algo introspectivo, versátil e acessível.
Sobreposições de cordas, alguns teclados, um melodia apoiada em harmonia complexa, que depois de tudo misturado até parece simples, mas não é. Suzanne Vega é bem mais que apenas “My name is Luka
O quinteto Câmera Obscura é mais uma banda egressa da Escócia e que traz em seu repertório um pouco de lirismo e pop-rock para expressar humor, ironia, melancolia e tristeza.
Chegam ao Brasil pela primeira vez em shows no final de maio em São Paulo e Recife.
Não sei se exprimem, ou não, tudo o que foi dito e descrito pela imprensa especializada. Apenas sei dizer que gostei daquilo que vi e ouvi.
Ontem eu corri sob o sol, estava um friozinho gostoso e correndo em direção à luz.
Esta canção é o que chamo de pop perfeito, é como correr sob o sol em dia de frio, aquece o coração a alma!
Uma das minhas canções prediletas dos anos 00. Uma letra simples, alguns sentidos e, uma melodia hipnótica na levada das guitarras. As canções são devidamente apropriadas por nós, cada uma à sua maneira.
Eu por exemplo, adoro ouvir “So Here We are” na estrada, pelas ruas fervilhantes de São Paulo, a bordo do carro, no metrô, na Paulista, no Ibirapuera, combina bem com o outono, enfim é o meu mantra vez por outra.
Ele estava sentado na calçada cantarolando alguma canção. Olhava para o céu nublado, cinza tal qual sua vida. De repente um carro branco importado pára à sua direita, desliga o motor. Alguém desce, bate a porta e vai em direção a padaria. Ele para de cantarolar, eleva seus olhos para quem ficou no carro. Sem querer incomodar espera que o motorista olhe para o lado. Acontece então a deixa:
- Moço eu queria apenas um espaço para lhe falar.
-Eu não sou um maloqueiro, e nem sou um bandido. Eu sei que as pessoas olham para mim aqui na sarjeta e pensam: Esse cara é um fracassado, um merda. Esta aí só pra arrancar uns trocados, não quer trabalhar, é um vagabundo!
O vidro do carro desce, o som do rádio cessa. Alguém deseja ouvir aquela história.
-Eu tenho uma filha o nome dela é Emilly, escreve-se com dois eles e Ipysolon no final. A minha esposa voltou a trabalhar e, quando eu conseguir o meu as coisas vão melhorar. Eu não gosto que a minha filha me veja aqui na rua, mas quando ela aparece me abraça e diz: Oi papai!
-O senhor não imagina o quanto isso que me faz seguir em frente. Hoje eu tô aqui meio jogado, um pouco judiado pelo sofrimento, a gente não é de ferro sabe, tem dia que dá vontade de jogar tudo pro alto. Eu tenho fé que isso é passageiro, um dia tudo volta a ficar melhor pra mim e a minha família.
Ouvem-se passos e vozes na direção do carro. A porta abre, o motor volta a girar... E antes de partir ele responde a pergunta do motorista:
-Meu nome é Francisco, eu sei restaurar móveis. Eu consigo deixar novo um móvel que pro senhor parece não servir mais pra nada. Obrigado por me ouvir, desculpe o desabafo. Boa sorte pro senhor e a família.
Francisco não está sozinho nas ruas de São Paulo. Não é o único que se senti um merda quando a sociedade apenas lhe diz não. Mas Francisco tem um tesouro; a Emilly.
A dignidade que o mantém lúcido, infelizmente não é a mesma dos nossos políticos.
De tantas canções marcantes, de frases polêmicas, de atitudes bestiais, John Lennon ainda mora por aqui.
“God” pode não ser a sua canção inesquecível, mas parece ser uma daquelas que desvenda os traços essenciais deste artista.
No mundo midiático em que vivemos certas datas ficam marcadas pela famosa pergunta:
-Onde você estava em tal dia?
Em 8 de dezembro de 1980 eu estava em casa e, já era tarde da noite quando assisti na TV:
-John Lennon, um dos Beatles morreu assassinado em Nova Iorque.
Então vieram as repercussões: “um cara que tinha como arma uma guitarra, papel e lápis, canções e letras, um sorriso e a brincadeira, ser assassinado desta forma...”, dizia uma abatida Elis Regina.
Ontem foi aniversário de Bono do U2, mas me deu saudade do Lennon, talvez porque Bono seja uma espécie de Lennon dos tempos modernos, um artista, um ativista social e político, alguém que se posiciona assegurando o sagrado direito de emitir uma opinião, de acertar e errar, de crer e desacreditar como todo ser humano vez por outra intui.
Daí eu percebo que certas coisas o tempo não apaga, não vence, nem macula.
No cartaz improvisado e colado sobre a porta da oficina de automóveis estava escrito em tinta avermelhada: “fui pescar e comprar um caminhão. Só volto na segunda-feira”.
Pensei comigo, este sujeito é corajoso e feliz!
Pois é, hoje eu acordei com uma vontade genuína de ir pescar, dar um tempo, jogar tudo pro alto! E quem não senti essa vontade de vez em quando?
Ao olhar para o espelho notei um certo ar de tristeza em meus olhos, um abatimento que todo ser humano vez ou outra senti na vida. Mas hoje em dia parece ser crime ser autêntico, pensar, dizer, sentir, o que somos e podemos ser.
Isso tudo cansa, tem um limite!
O seu Wilson da oficina está repleto de razão: precisamos ir pescar (cada um à sua maneira) precisamos sonhar enquanto o nosso coração ainda bate, sonhar de olhos abertos como fez um dia o extraordinário Ray Charles.
Talvez, eu ainda não tenha encontrado a minha Geórgia, mas ela está aqui em minha mente, eu sei que está, pois eu a sinto!
Assistir a um show de Ray Charles foi uma das experiências mais fascinantes da minha vida. Ali, à minha frente um mito que padeceu com seus erros por caminhos tortuosos, mas nunca se entregou! Que lindo presenciar a energia e carisma que aquele homem nutria.
Seu Wilson, Ray Charles, cegos para alguns, visionários para outros. Para mim, homens a quem me apego em dias difíceis.
Vou chorar um pouco enquanto ouço Ray e, tantas outras vozes que carrego em mim.
Existem momentos na vida em que você pergunta a si próprio:
What have I got to do to make you love me?
What have I got to do to make you care?
E então você ouve um piano no escuro, você não vê, mas ouve.
“É de noite que tudo faz sentido
No silêncio eu não ouço meus gritos”.
E de repente surge o Mr.Óculos arpejando aquele piano, cantando serenamente a melodia da salvação.
Ele parece buscar com sua voz um braço para amparar a solidão de quem a ouve, procura por seu amor próprio, pelo caminho de casa.
E você lembra de um poeta torto sussurrando em seu ouvido uma letra que ainda te fere,
“O tempo todo
Estou tentando me defender
Digam o que disserem
O mal do século é a solidão
Cada um de nós imerso em sua própria
Arrogância”,
E Elton John continua derramando sensibilidade ao piano enquanto você está triste no escuro, mas não há mais tempo para chorar, a balada está por um fio...
Você olha para objetos inanimados, percebe os lustres, a pouca luz...
Ontem eu fiquei por alguns minutos parado, estático, apenas observando o vai e vem das pessoas, vendo o que elas buscam e escondem na alma.
Eu vi os beijos dos adolescentes, a insegurança e a necessidade de auto-afirmação, tudo ao mesmo tempo agora, urgente.
Olhei a garota feia, ou, fora do dito padrão de beleza, escondendo-se atrás de um livro, atrás de um escudo protetor para o seu medo do desprezo, da não aceitação.
Dei risada dos garanhões em busca de mais uma presa... Conheço alguns meninos que já são homens, mas que jamais cresceram, continuam como outrora...Hoje uma, amanhã outra, e assim vai...
Eu avistei uma menina de cabelo azul e percebi em seu rosto um sorriso de satisfação, um olhar luminoso por se mostrar diferente de todos. Como é importante a personalidade em qualquer momento da vida, pensei com os meus botões.
Eu vi um homem chorando...
O desamor, a dor de um sentimento partido, o desespero da incompreensão, o pavor da solidão...
Praças modernas... Shoppings...
Um ótimo observatório!
Não deixei vestígios, ali calado, apenas espiando o ser humano, enquanto em meus ouvidos ouvia Jorge Drexler sussurrando:
Outro dia ouvi esta canção novamente depois de muito tempo. Irônico são tantas coisas neste mundo de meu deus...
De repente você abre o jornal, ou a internet e lê que o novo secretário de cultura do Estado de São Paulo chama-se Andrea Matarazzo.
Bem, resumo da ópera: o cara entre outras pérolas foi o responsável por aquela idéia ‘bizarra’ pra não dizer ridícula de criarrampas de concretono afã de impedir que moradores de rua ocupassem os vãos do túnel entre as avenidas Dr.Arnaldo e Paulista. Alguém lembra disso? Irônico não?
Pior de tudo é que o distinto senhor Andrea Matarazzo não possuí experiência alguma enquanto gestor cultural e, mesmo assim irá administrar pelo menos até o final do mandato do atual governo tucano, a pasta de cultura.
Ele já mostrou ser bem sensível... imaginem então o que (não) podemos esperar no trato com a cultura.
Irônico como neste país as coisas são tratadas com descaso, de qualquer modo, e dane-se o resto, pois o que importa é acomodar os amigos no poder.
Edson Cordeiro é mais um daqueles talentos que esquecemos ser genuinamente brasileiro. Meio sumido pelas bandas de cá, o paulista nascido no município de Santo André na grande São Paulo, possui uma agenda profissional lotada de compromissos pela Europa e Estados Unidos, onde passa a maior parte do ano atualmente.
O artista brasileiro já se apresentou em grandes teatros, festivais de renome e para grandes platéias, divulgando sua criatividade artística que vai do erudito ao cancioneiro pop com maestria.
Neste vídeo vemos a participação de Edson Cordeiro em um Show da TV Alemã rendendo uma homenagem ao cantor alemão Klaus Nomi, famoso durante as décadas de 70 e 80, sobretudo na Europa.
É perceptível, e até certo ponto constrangedor, o desdém com que parte da platéia recebe Edson após a apresentadora do programa informar que o cantor é originário do Brasil, preste atenção neste 'pequeno' detalhe.
Isso, no entanto não esmorece a verve ousada e confiante com que Edson Cordeiro costuma desfilar em suas apresentações. Uma homenagem tocante a um dos seus maiores ídolos, que morreu precocemente ainda na década de 80 em conseqüência da AIDS.
Ao final ouvimos aplausos não tão comedidos assim, o que transparece que o artista brasileiro agradou a tão exigente platéia.
A voz de Edson Cordeiro é chamada pela imprensa alemã carinhosamente de “oitava maravilha do mundo”. Embora o elogio careça de certo exagero, ainda assim parece ser mais justo para o talento do nosso rapaz.
Acima vemos Michael Jackson já em fase decadente durante a turnê History na década de 90.
Ao ver este vídeo fica a impressão que Michael está apenas dublando o medley de três clássicos do seu quinto disco solo e, primeiro de temática adulta “Off The Wall” (1979), álbum produzido pelo lendário músico e produtor Quincy Jones. Mesmo assim é inevitável perceber quanto talento havia neste genial artista.
Uma a uma ouvimos a balada dançante “Rock With You” – clássica e, ainda hoje linda de doer, o flerte com a disco de “Off The Wall”, e a genial “Don't Stop 'Till You Get Enough” uma das três canções assinadas por Michael neste disco que o conduziu definitivamente ao estrelato.
Depois disso o que ouvimos e assistimos foi a consagração de um mito, com carga dramática suficiente para colocar Michael Jackson no centro do olimpo dos deuses da arte contemporânea.
Trilha Sonora
Artista: Michael Jackson
Música: Off The Wall Medley (history Tour Bucharest)
Da série, canções que não esquecemos, surge o pop, glam/new wave/synthpop do Human League.
A faixa “Don't You Want Me” foi registrada no álbum Dare (1981) – principal disco da banda da cidade de Sheffield no Reino Unido. O cantor Phil Oakey possuí um timbre vocal marcante e, gostava de maquilagem no rosto e batom nos lábios, algo bem típico do estilo glam rock que a atmosfera new wave do inícios dos anos 80 reinventou.
Este som me traz boas recordações da minha adolescência, o prêmio veio depois – uma coletânea da banda devidamente autografada.
O vídeo é um registro de 1981, se não me engano em um programa da TV inglesa de hit parades. É bem a cara dos 80’s. Não dá pra esquecer!
I know not what tomorrow will bring… (“Não sei o que o amanhã trará").
Esta frase em inglês foi a última escrita pelo poeta Fernando Pessoa.
Talvez fossem estas as palavras mágicas sempre ditas pelo australiano David McComb todas as noites antes de cair em sono profundo.
Vocalista, compositor e letrista, McComb, esteve à frente da banda australiana The Triffids, entre o final dos anos 70 e a década seguinte.
Dono de voz profunda, muito bem modulada, certa afetação e muita poesia, David foi mais um daqueles artistas que viveu 60 anos em apenas 36 primaveras.
Seu coração melancólico e transplantado resolveu parar pouco antes do seu 37° aniversário.