Essa
entrevista de Paul McCartney (Beatles) para Ronnie Wood (Rolling Stones) é
muita engraçada, pois Paul descreve entre outras coisas que John Lennon sem seu
par de óculos não enxergava absolutamente nada.
Lennon
tirava os óculos sempre que fosse passar, ou, sempre que aparecia alguma
garota, essa atitude permaneceu até o dia em que descobriu que Buddy Holly –
famoso roqueiro na época – também usava óculos, foi uma espécie de libertação e
alivio, algo do tipo:
- Eu também
posso usar óculos, pensou ele.
E aí vem o
trecho em que Paul conta que certo dia no período do natal em Liverpool John
saiu da casa de Paul para ir embora, e passou pela avenida principal avistando
algumas pessoas, segundo ele jogando cartas.
No dia
seguinte ao encontrar McCartney ele diz meio que indignado que naquela hora da
noite – umas 23h30 – haviam pessoas jogando cartas na rua!
Paul achou estranho,
porém ficou quieto. Mais tarde quando Paul passa pela avenida, na altura
descrita pelo amigo ele junta as bolas: Lennon estava fatalmente sem óculos, e o
que havia enxergado na verdade era um presépio de natal, ou seja, José, Maria e
o menino Jesus! rsrsrsrs
Ron Wood se
diverte, e dá para imaginar como John Lennon sofria para se virar sem o auxílio
providencial dos seus ‘olhos’ artificiais.
De imediato também me recordei do hit radiofônico dos Paralamas do Sucesso "Óculos".
Mas
quando você me amar, me abrace e me beije bem devagar
Que é
para eu ter tempo, tempo de me apaixonar
Tempo
para ouvir o rádio no carro
Tempo
para a turma do outro bairro, ver e saber que eu te amo
Meu bem,
o mundo inteiro está naquela estrada ali em frente
Tome um
refrigerante, coma um cachorro-quente
Sim, já
é outra viagem e o meu coração selvagem
Tem essa
pressa de viver
Quatro
da madrugada, ela percebe algo diferente em seu quarto...
Abre seus
pequenos e negros olhos e avista pequenas luzinhas de neon a brilhar.
Para, fica
deitada, atordoada e mesmo assim consegue ouvir uma canção que parece
distante, mas está logo ali ao seu lado, quase que a beijando...
Meu
bem, mas quando a vida nos violentar
Pediremos
ao bom Deus que nos ajude
Falaremos
para a vida: "Vida, pisa devagar meu coração cuidado é frágil;
Meu
coração é como vidro, como um beijo de novela"
Meu
bem, talvez você possa compreender a minha solidão
E o refrão reaparece
esmagando o seu sono juvenil...
Talvez
eu morra jovem, alguma curva no caminho, algum punhal de amor traído,
completara o meu destino.
E assim
caminham os jovens em seus corações selvagens, a serem desbravados hora a hora,
dia a dia, madrugada a fora, ou enquanto o combustível queimar!
Cerrou seus
olhos e voltar a sonhar, aquela noite ela nunca mais esqueceu!
A cada ano
me convenço mais que o Duran Duran fizeram muito sucesso na década de 80, e mesmo
assim não dá para não dizer – que de certa forma foram subestimados, parece um contrassenso, mas não é!
A raiz negra
da rock/pop/eletrônico da banda é uma base poderosa e o que me leva a
acreditar que muita gente não percebeu a riqueza daquele caldeirão musical, bem
mais inteligente do que a boa aparência dos garotos pudesse supor.
Lendo a Biografia de Elis Regina, a
última escrita por Arthur de Faria, talvez a melhor até hoje.
Acima Elis encontra o maestro Michel
Legrand e interpretam o tema do filme “Summer Of 42” (1971). Esse
clipe é parte do especial que a TV Alemã gravou com Elis Regina em
1972, aproveitando uma rápida turnê da cantora pela Europa.
Aquele é o momento em que Elis está
se reinventando, mais madura, iniciando sua parceria artistica e
conjugal com o pianista e arranjador César Camargo Mariano
construindo pontes em vez de destruí-las.
Belo momento na carreira dessa cantora
que continua a encantar o mundo.
Vitrola: Elis Regina e Michel Legrand –
Summer Of 42