Sexta-feira. Logo cedo um corpo caí na estação do metrô.
Eu fico sem ar! Poderia ser eu...
Ora, não era um corpo, era uma vida que provavelmente se
foi...mais uma!
Impossível ficar indiferente à loucura frenética dessa
cidade, que engole tudo, o tempo, a gente, as reflexões, as relações, a poesia,
o amor, inclusive á própria vida... Tudo isso pra quê mesmo?
E no trabalho os Titãs não me deixam esquecer que o ‘acaso
irá me proteger enquanto eu estiver distraído’, mas o problema é que eu não me
distraio, sou angustiado com essas questões, com a vida que adoraria, mas não
tenho. E se não tenho, porquê não vou atrás...
Nessa manhã eu gostaria de ter um rompante que mudasse para
sempre a minha própria existência... mas temos força para isso????
Algum filosofo suicida, algum padre marqueteiro, algum
escritor barato de autoajuda me dirá que sim...
Enquanto isso lá na calçada da ‘ avenida das ilusões’ neste
instante um monte de jovens fardados de cores distintas estão parando as
pessoas para pedir o seu ‘criança esperança’...
Não podemos mais andar nas calçadas sem aborrecimento, sem
cobrança de impostos sociais dessas ongs de fachada...
Como vemos amigos a vida é dura!
Sobe o som Titãs que hoje é mais uma sexta-feira, e mais
nada!
Vitrola: Titãs – Epitáfio
Um comentário:
Você é, desesperadamente, humano...
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