domingo, 9 de setembro de 2012

Lirismo



Tinha uma coisa muito bacana que este carinha fazia. Em 1991 a banda lança o disco V (O disco branco da Legião), que inclui o Teatro dos Vampiros e outras canções, todas muito fortes em suas letras. O lado A (ainda existia essa coisa linda de dois lados, os colecionadores de arquivos digitais jamais saberão o quanto isso era bacana) era muito pesado, músicas longas e carregadas de peso sonoro e sensorial. Não à toa, pois é a época do famigerado governo Collor, faltava inclusive material para prensar discos no país... Mas o que é legal é que Renato aborda e explora isso tudo sem citar o nome de Collor, ou de alguém do seu governo.

É preciso concisão para realizar isso com sucesso.
Teatro dos Vampiros não é diferente, trata do desemprego, do custo de vida alto, da falta de perspectiva da juventude recém-formada, além de abordar a solidão de uma metrópole, tema clássico e caro aos jovens do final do século 20.

“E mesmo assim
Não tenho pena de ninguém...”

Vitrola: Legião Urbana – Teatro dos Vampiros

Nenhum comentário: