Eu nem era nascido e, Elvis já era Elvis!
Mas foi num especial para TV norte-americana NBC em 3 de dezembro de 1968 que o rei do rock alcançou o auge.
Elvis havia conquistado tudo o que a vida ‘material’ das estrelas do recém nascido pop poderia lhe oferecer: grana, mulheres, fama, status, uma vida de “sonhos”... e não há sonhos sem pesadelos...
Aqui a personagem, Elvis Presley, formatada para render milhões de dólares a empresários inescrupulosos encontrava a sua mais perfeita tradução. Era um show artístico cativante.
Elvis dera enfim um basta para os filmes água com açúcar que lhe renderam fama em todo o mundo, e já entediado de trabalhar em projetos tão ruins, encarava o especial da NBC como uma maneira de dizer:
-Pessoal, eu ainda sei cantar rock’n’roll!
E como sabia!
É o auge da sua beleza física, de sua linda voz, da sua postura naturalmente sexy, do seu carisma. É a plena forma de algo que dali em diante faria apenas decair.
O que torna este especial de TV importante é exatamente a sensação de que não só Elvis, mas todos nós um dia alcançaremos o nosso auge e depois teremos que lhe dar com todas as letras – uma a uma -da expressão decrepitude. O homem no escuro tateando um caminho amargo que tem um destino irremediável.
O retrato da juventude está congelado neste especial de Elvis para a TV, é como se Elvis jamais tivesse envelhecido, o que torna absolutamente verdadeira a frase:
Elvis não morreu!
Trilha Sonora
Artista: Elvis Presley
Música: Can't Help Falling In Love
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