Nunca no cinema a expressão morrer de amor fez tanto sentido. Morte a Venezia, no original em italiano, e Mort à Venise, em francês, é um filme ítalo-francês de 1971, do gênero drama, dirigido por Luchino Visconti e com roteiro baseado no livro homônimo de Thomas Mann.
A sequência final traz para a tela o requinte operístico de Visconti na comovente interpretação do ator Dirk Bogarde (Gustav von Aschenbach), em uma cena inesquecível. A música ao fundo é de autoria do regente austríaco Gustav Mahler (1860-1911).
3 comentários:
depois que executava peças compostas pelo austríaco Gustav Mahler, muitas vezes a violoncelista inglesa Jacqueline du Pré dizia: "eu odeio Mahler". o ódio de Jacque era de sentir o que a obra do compositor despertava nela: o verdadeiro reconhecimento que somos sozinhos como a morte! não é a toa que Viscont, obsecado pela beleza e perfeição, elege obras de Mahler para trilha sonora do seu "Morte em Veneza". desde que chega à cidade, Gustav recebe a sentença (ao negar uma ajuda a um veneziano), o homem o condena: "o preço o sr. pagará!". Gustav pagou com a própria vida. mas, como desponta a madrugada dessa terça-feira da confidência, Gustav visualizou a beleza antes da morte. ainda existem tolos que insistem na abordagem homoerótica entre Gustav e Tádzio. aquela relação estava acima do carnal. era beleza além da matéria. mesmo que dolorosa como a obra de Mahler e Mann. quem dera que existissem mais "Viscont" para filme outro romance genial do Thomas: "A Montanha Mágica". essa cena postada por Jonathas, fez-me lembrar da biografia de Jacque du Pré e dizer como ela, mesmo que muito próximo ao amor, EU ODEIO MAHLER!
agora é que percebi.
o nome da postagem é "cenas inesquecíveis 1".
dá alegria e aflição, como os dois sentimentos andam juntos em minha alma - a dualidade sempre me atraiu, só de imaginar o que vem por aí...
"viver e morrer em veneza" ou, seria mais adequado em meu caso, no acervopop.blogspot!
antes que achem que foi a.um erro de grafia, b.um ignorância histórica ou c. um ato falho, eu reafirmo: é "confidência" mesmo! mas, poderia ser todas as opções que descrevi acima. estou mais próximo de querer a letra b. ou melhor, almejo uma possibilidade de não saber mais de nada. será que mortos não saberemos mais nada? nem nisso acredito´. a certeza é que saberemos de tudo. melhor viver.
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