terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Sol a Pino


Lembrei destes ‘doidos’ australianos, sem dúvida alguma uma das bandas mais interessantes  e divertidas dos anos 80, tanto que ainda hoje são lembrados, principalmente em um dia de sol como o de hoje em São Paulo e em quase todo o Brasil.
Som na caixa!


Vitrola: Men At Work - Down Under

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Além dos Campos de Futebol


Cena da cinebiografia de Heleno de Freitas lançada em 2011. Considerado o primeiro craque problema da história do futebol brazuca, Heleno de Freitas (1920-1959) foi um jogador de futebol, advogado e boêmio que rendeu muitas manchetes de jornais além das quatro linhas do campo de jogo. Isso devido, sobretudo ao seu comportamento temperamental, arredio, arrogante, sincero ao extremo.

Heleno foi um jogador talentoso, elegante com seus 1,82 de altura, goleador nato que amava o Botafogo a ponto de oferecer seus préstimos de graça caso fosse necessário, o que lhe rendeu a fama de romântico do futebol. Já para os sócios do ‘Clube dos Cafajestes’ - uma espécie de fuzarca que alegrou a vida carioca nas décadas de 1940 e 1950 e que era composta por rapazes folgazões e irreverentes, uns nascidos em famílias da alta burguesia e outros bem instalados na vida, sempre rodeados de belas mulheres – Heleno era chamado carinhosamente de ‘Gilda’, referencia direta a personagem de Rita Hayworth no cinema devido ao seu temperamento inclassificável.

Acometido pela Sífilis, o jogador enlouqueceu ao longo dos anos, e foi tornando o que já era controverso ainda mais próximo do caos. Por fim, após anos jogando pelo Botafogo, acaba sendo vendido para o Boca Juniors da Argentina.
Heleno retorna ao país e joga pelo Vasco da Gama onde enfim ganha seu único título. No final da carreira ainda consegue jogar 35 minutos pelo América no seu único jogo no ‘maior do mundo’ o Estádio do Maracanã, local que sonhara disputar a copa do mundo um dia.

O final de sua vida é melancólico, em um hospício na cidade mineira de Barbacena, entre seus sonhos megalomaníacos e a realidade dos efeitos da Sífilis.

Heleno de Freitas foi um jogador muito mais interessante do que qualquer Neymar da vida, em um tempo onde a personalidade do ser humano ainda valia alguma coisa no futebol, obviamente foi incompreendido, pois qualquer cidadão que fala o que pensa na lata paga um alto preço pelo ‘atrevimento’, e o que não dizer desse destempero no mundo do futebol. 

Hoje seria impossível Heleno alcançar o estrelato, pois os jogadores se tornaram autênticas marionetes nas mãos de empresários e assessorias de imprensa que pensam apenas em como lucrar cada vez mais com o objeto “craque do futebol”. Neste mundo no caso as opiniões e ações são todas premeditadas para soarem politicamente corretas. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Boleros e outros ritmos


Em “Maneira de Ser” Marina Lima finaliza seus escritos realizando um balanço de sua vida. Para isso utiliza a letra de seu único samba, “A Parte Que Me Cabe” para o acerto de contas.

Às vezes a gente pensa que é um cantor só de boleros até o dia em que começa a cantar um frevo, um rock, um blues, um forró.
Quem se permite desfrutar de certas sutilezas, termina sendo premiado pela possibilidade da novidade, do inusitado, da diferença.

A Parte Que Me Cabe

 Em que altura
Deve se abrir mão
Das aventuras, dos riscos e de paixão
Se estamos vivos
Temos o direito de sentir
Será bonito ficar longe e denegrir

A juventude
E os com fogo no coração
Quando as doenças e os medos são em vão
Em que medida
Envelheceremos bem
Olhando os outros sem doçura e com desdém

Cada um é único no mundo
E nisso todo mundo é igual
Uns resolvem tudo num mergulho
Outros seguem em busca de um ideal
Me deixe quieta
Com a minha solidão
A vida é minha
E também meu coração
E se você já encontrou a sua parte
Me deixe em paz
Atrás da parte que me cabe.

Mas termino postando outra canção que gosto bastante da cantora, “Acontecimentos”.


Vitrola: Marina Lima – Acontecimentos

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Dedinhos na Tela...


Dedos na tela, o vicio tecnológico do inicio do século 21.

Poderia ser o titulo de uma tese de mestrado, doutorado, etc. Mas trata-se apenas de uma observação simples e cotidiana.

Seja na rua, no metrô, em restaurantes e infelizmente dentro dos carros, sobretudo motoristas, o vicio dos dedinhos na tela dos smartphones veio para ficar.
Nessa, carros batem, pedestres esbarram em outros pedestres, ou pior, caem em escadas (já presenciei a cena bizarra), e ninguém olha mais para ninguém. 

O mundo real parece perder espaço para o virtual. 

Há quem veja isso com naturalidade, mas creio que seja razoável questionar essa onda, nada é tão simples quanto aparenta e muito menos inofensivo.

Ainda prefiro andar olhando a linha do horizonte, a curva-me para teclar a telinha...

Vitrola: Kiko Zambianchi – Quadro vivo

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Na Hora do almoço


Hector Babenco durante sua última entrevista ao Programa Roda Viva da Tv Cultura falou sobre a sobrevivência, presente em muitas de suas personagens.

- A idéia da não violência em grandes agrupamentos de pessoas, ou seja, por que numa praia que você tem um espaço por metro quadrado dividido por duas pessoas ninguém quando passa andando joga areia no outro? Por que num elevador onde você têm 10 pessoas ninguém agride? Por que numa cela que tem 14 pessoas, mas é um lugar para apenas 4 pessoas ninguém mata ninguém? 

Há um código de respeito, o que é meu é meu, há horário para ir ao banheiro. O ser humano tem uma capacidade fantástica de se reorganizar no espaço que ele tem para sobreviver. A sobrevivência é o único critério, não porque são educados. Porque ele sabe que se não há um código de respeito mútuo o caos se instala e o caos gera a violência e, a violência é insana e saí do controle e gera a morte.

Cena 1
Elucubrando sobre o assunto hoje na hora do almoço pensei: Talvez, seja isso que permita eu sentar a mesa de um restaurante para dividir espaço ao lado de pessoas que nunca vi e nunca mais verei na minha vida.

Cena 2
Talvez, seja isso que me impeça de reclamar da minha sogra quando ela (sem querer é claro) quase engasga o meu filho com mamadeira de água.

Cena 3
Talvez ainda, seja exatamente isso que me segure de jogar uma pedra no carro do motorista animal que quase me atropela sobre a faixa de pedestres quando o sinal esta fechado para o trafego de carros.

Vitrola: Belchior – Na hora do almoço


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Happy


Lembrando meus dias de coluna “Jukebox” esbarrei com este pop contagiante. O americano Pharrell é produtor, cantor e compositor e trafega entre o hip hop e o R&B. Terça-feira ensolarada, pena não estar em uma praia ao som de Happy. Quem inventou o escritório foi certamente alguém muito infeliz...


Vitrola: Pharrell Williams - Happy

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Afetiva


É como me sinto em Paris:

Há um silêncio cá dentro
e ao mesmo tempo uma ebulição...

Os mais ousados dirão: Uma cidade pra chamar de sua!

Então serei ousado,
Paris é a minha pátria afetiva!


Vitrola: "Spiegel Im Spiegel for Violin and Piano" 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Paixão Antiga



Uma vez eu escrevi uma carta de paixão baseada nesta canção. Já não me lembro do conteúdo, era uma paixão avassaladora daquelas que valeu a pena viver cada segundo...

Não sei pro onde anda a Paula, minha cúmplice nesta história... O som continua lindo!

Vitrola: Paralamas do Sucesso – Lanterna dos Afogados


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Cine Nostalgia


Há uma beleza serena, contida e tristonha nesta cena... Inesquecível sem sombra de dúvidas.

Moon River, wider than a mile,
I'm crossing you in style someday.
Oh, dream maker, you heart breaker,
wherever you're going I'm going your way.

Two drifters off to see the world.
There's such a lot of world to see.
We're after the same rainbow's end--
waiting 'round the bend,
my huckleberry friend,
Moon River and me.

Vitrola: Audrey Hepburn – Moon River


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O que é que você vai fazer domingo à tarde?

Criolo canta Nelson Ned...

Reginaldo Rossi, agora Nelson Ned... 

Vitrola: Criolo - Domingo à Tarde (Nelson Ned)