Eu morri
naquele dia.
Quantas vezes precisaremos nascer de novo, nos reinventarmos, para
seguir procurando por aquilo que jamais acontecerá?
Desesperança
é a palavra da moda, talvez por causa de tanta cretinice solta pelos quatro
cantos do planeta, talvez porque as pessoas mais sensatas (se é que elas de
fato existem) estejam todas de férias, em uma espécie de século sabático, pois
a guinada dos últimos anos é mesmo pra deixar qualquer ser um pouco mais crítico
sem muita esperança.
Nessas horas, no entanto é bom se apegar a sutilezas, invisíveis, pequenas, mas saborosamente
vivas.
Tenho lido textos de Rubem Alves, sobre a vida, sobre a morte, sobre a esperança, sobre a falta de alento, sobre os filhos, sobre os mares, sobre as montanhas, sobre o amor...
Tenho lido textos de Rubem Alves, sobre a vida, sobre a morte, sobre a esperança, sobre a falta de alento, sobre os filhos, sobre os mares, sobre as montanhas, sobre o amor...
Existem dias
cinzentos e quietos, onde apenas ouço as vozes a lamuriar,
Entristecidas
pela proximidade da morte.
Existem instantes em que mal consigo avistar o outro lado do rio,
Pois um nevoeiro
teimoso parece me perseguir ...
Nesses dias não
vejo nada,
Apenas o
breu, porém sinto firmemente alguma espécie de poder
a guiar-me
pela escuridão infinita.
E quase lá
no final de tudo
quando de súbito
abro os meus olhos
Tal qual um
toque angelical eu antevejo
Os olhos e o
sorriso lindo do meu filho...
Não sei se
isso é uma ponta de esperança,
ou apenas
mais uma poesia
para ler durante a espera silenciosa.
para ler durante a espera silenciosa.
Depeche Mode
– Poison Heart