Contra as
mesquinhes das pequenas e ordinárias rotinas diárias que para muitos são tão grandes,
mas veja, para mim não passam de um saco de estupidez e efemeridades banais.
Só posso
responder na perspectiva artística, não tenho outras armas,
Estudo acadêmico
realizado por cientistas de Cambridge elegeu recentemente as 20
melhores canções para ajudar as pessoas a acordarem de “bom humor”...
Essa canção
do St. Lucia de 2013 ficou em 2º lugar perdendo apenas para o midiático Coldplay
e seu hit mundial “Viva La Vida”...
Pesquisas,
estudos, listas, não importa muito são opiniões baseadas em alguns critérios e
devem ser respeitadas é claro, mas não somos obrigados a ratificar com louvor
as escolhas dos outros, já que podemos realizar o nosso próprio estudo elegendo
então nossa lista de 20 músicas para inspirar as nossas manhãs.
Particularmente
“Elevate” é uma canção gostosa de se ouvir, lembra bastante as canções dos anos
80, tem um ritmo dançante mais tranquilo e de fato passa uma atmosfera bem otimista, principalmente para quem enfrentará um longo dia de trabalho.
Tentarei
quando possível criar uma lista própria sobre o tema.
Ótimo dia a
todos, belas manhãs à frente no que nos resta de 2015.
Parece que a noite assistiu
aquela canção que fala em silêncio
e que me afoga na melancolia
Eu ouço vozes
já te disse isso antes?
Olhos azuis
vestido negro
e tudo o que procuro
é um céu alaranjado
que me traga uma paz
quase fulminante
Eu continuo ouvindo vozes
e a loucura pode ser nada
romântica aqui dentro
por esses lados a noite
é quase cega
mesmo mantendo
meus olhos bem abertos...
Although I search myself, it's
always someone else I see
Enquanto
Elton canta eu me recordo de outras palavras...
Pegue um
sorriso e doe-o a quem jamais o teve.
Pegue um raio de sol e faça-o voar lá onde reina a noite.
Descubra uma fonte e faça banhar-se quem vive no lodo.
Pegue uma lágrima e ponha-a no rosto de quem jamais chorou.
Pegue a coragem e ponha-a no ânimo de quem não sabe lutar.
Descubra a vida e narre-a a quem não sabe entendê-la.
Pegue a esperança e viva na sua luz.
Pegue a bondade e doe-a a quem não sabe doar.
Descubra o amor e faça-o conhecer ao mundo"
Mahatma Gandhi
Vitrola: Elton John - Don't Let The
Sun Go Down On Me
No documetário
“No Distance Left To Run” do Blur – algumas histórias da banda e do chamado
Brit Pop dos anos 90 aparecem como pano de fundo para enredar a história dessa
banda inglesa, e daquele movimento espontâneo que terminou por capitular a Grã-Bretanha naquele período.
No vídeo acima uma das canções mais
bonitas do Blur é cantada em um concerto beneficente e, lá estão juntos além Damon (vocais)
e Graham (guitarras), Noel do Oasis – a banda que rivalizou com o Blur durante
os anos 90, (hoje todos são amigos), além de Paul Weller (da segunda geração
de astros britânicos do final dos anos 70) brincando na bateria.
Tender é um
gospel lançado no belo álbum “13” um dos melhores do Blur em 1999, o canto do
cisne da agitada década de 90.
Vale
conferir!
Vitrola: Noel Gallagher, Paul Weller
& Blur - Tender
A Sinfonia
n°2 de, Gustav Mahler, intitulada – Ressurreição - é uma jóia rara. Nela Mahler
Faz uso de grande orquestra, inclusive de músicos nos bastidores, fora do
palco, algo não usual.
Nesta
sinfonia, a escrita contrapontística de Mahler é um fato que nos prende,
hipnotiza. Muitas vezes, o compositor pensa de forma polifônica e é possível
seguir a linha de cada conjunto de instrumentos: cada linha é independente, tem
um sentido e é indispensável para o todo.
Aqui um
pequeno trecho da sinfonia regida pelo Maestro Leonard Bernstein.
Nunca ouvi
nada antes mais próximo do que seja uma ressurreição. Malher conseguiu intuir,
trouxe uma mensagem poderosa, magnífica sobre o poder da vida e o desespero da
ausência dela.
A condução
de Leonard Bernstein também é rica, digna da mais pura lágrima, talvez a melhor
tradução ao sublime espetáculo da ressurreição de Gustav Mahler.
Eis a banda
que influenciou nove entre dez bandas que produziram rock em terras inglesas no
início dos anos 80 do século 20.
Roxy Music
(1972)
(Revista
Bizz edição 15,Outubro de 1986)
"Muita
gente descordará de que o Roxy Music tenha definido os anos 70; ao contrário,
todos estarão de acordo com que a importância dos Beatles para os anos 60 tenha
sido básica e radical. Não devemos estranhar. Os 60 foram anos de esperança, os
70, de confusão. Os 60, anos de unidades; os 70, anos de dispersão."
Como Ramón
de España - que o enunciou em um interessante livrinho sobre a banda (Ediciones
Jucar, Madri, 82) -, acho que essa é a chave da compreensão da importância do
Roxy Music para o rock contemporâneo. O conceito Roxy, tal como foi formulado
por Bryan Ferry, ataca o nó cultural daquela década obscura em muitas das suas
variantes: consumo versus arte, melodia versus ruído, saída pessoal versus
solução coletiva.
Bryan andou
metido em uma escola de artes (foi aluno do pintor David Hamilton) antes de
decidir que o rock era um suporte mais adequado para as suas aspirações
estéticas. Descobriu isso por acaso - ele era crooner, por hobby, em uma banda
soul de Newcastle, Inglaterra, por volta de 67. E sabia tocar o
"bife", ou pouco mais, ao piano. Mudou para Londres. Comprou um piano
(!). Suas exposições de pintura não foram muito bem-sucedidas, mas em 70 ele já
tinha diversas composições, competentes o suficiente para não escandalizarem
Andy Mackay, um novo amigo, saxofonista com trânsito na música experimental.
Com Mackay e
um velho parceiro do grupo de soul, o baixista Graham Simpson, trabalharam o
repertório enquanto experimentavam colaboradores: Dexter Lloyd; depois Paul
Thompson na bateria, David OÕList (ex-Nice), depois Phil Manzanera para a
guitarra. Mas o achado foi um jovem vanguardista, apaixonado pela eletrônica,
que além do mais era a única pessoa conhecida capaz de tocar o sintetizador
("Meu Deus, o que é isso?!") que Mackay tinha comprado: Brian Eno.
Eis que, em
72, a EG Records e o letrista/produtor Peter Sinfield, recém-rompido com o King
Crimson, resolvem lançá-los. Nesse meio tempo, as primárias canções de Ferry
foram rearranjadas, reagindo magnificamente com suas letras cultas, entre o
surreal, o irônico e o romântico. Da parte interna da capa do primeiro LP (por
fora a modelo Kari-Ann se espalha numa colcha de cetim, sem um apelo sexual)
cinco figuras exóticas, topetes pontudos, óculos de homem-mosca, jaquetas de
oncinha, lançavam seu manifesto: re-faça, re-modele.
"Re-Make/Re-Model",
a primeira faixa, começa com ruídos de festa. É esse o sentido da exuberância
dos rapazes: celebração, e não bichice. O som evoca, freqüentemente, o rock dos
anos 50. Mas este é um disco de idéias, mais do que música. O primeiro
compacto, com a faixa "Virginia Plain", já tinha posto a banda em
evidência. Os trinados de Ferry tratavam de uma de suas obsessões, o glamour do
cinema hollywoodiano ("o real e confiável/é que Baby Jane está em Acapulco/e
todos estamos voando para o Rio"), de um jeito provocador (Baby Jane
Holzer foi estrela em alguns filmes underground de Andy Warhol). Sintetizador,
sax e guitarra festejavam.
No LP, esses
motivos estão expandidos. Além da profusão de efeitos eletrônicos futuristas, o
trabalho de Eno no sintetizador amplia a noção de textura, até então pouco
presente no rock. Os timbres de teclados, guitarras, sax (e oboé, o outro
instrumento de Mackay) se combinam em camadas, se distribuem em solos rápidos,
num certo sentido de música visual, gráfica.
Mas
sobretudo é Mr. Ferry derramando-se em charme, ao piano, nos vocais brincalhões
ou ressentidos, nas letras ricas em images, apaixonadas e apaixonantes - não
fosse o nome Roxy inspirado naquelas salas de cinema onde se assistiam aos
doces encontros e desencontros do amor. "Parece que foi ontem/que te vi
pela primeira vezÉ/Como podia esquecer um dia assim?"
O Aerosmith
é o meu lado mais próximo do rock testosterona, já gostei bastante da banda e, penso
que ainda merecem o meu respeito por sua história e ótimas composições.
Lembro-me de
um carnaval há décadas atrás quando muitas coisas aconteceram de bom e também
de errado, mas ‘o importante é que emoções eu vivi’, o resto é história...
Lady and gentlemen, let's welcome
the Greatest Rock 'n' Roll Band in the World!
Aerosmith…
Rocks (1976)
(Edição Revista
Bizz 103,Fevereiro de 1994)
O ano de 76
foi um divisor de águas no calendário do rock. Os primeiros acordes do punk
marcaram a ruptura com o passado de um gênero que evoluiu além de suas medidas.
Mas nem todos os grupos que surgiram no início da década ou antes, haviam
virado dinossauros ou então trocado a rebeldia por aquelas soníferas
progressões sinfônicas.
Herdeiro
direto do passado do Led Zeppelin e dos Rolling Stones, o Aerosmith estava
disposto a manter viva a tradição, com sua orgia de rock/adrenalina unindo seus
amplificadores envenenados a distorções nos últimos limites.
O grupo
surgiu em 70, como o trio Chain Reaction, em New Hampshire, EUA. Era composto
por Steven Tyler (que na época era o baterista), Joe Perry (guitarra) e Tom
Hamilton (baixo). ComTyler assumindo os vocais e a adição de Brad Whitford
(segunda quitarra) e de Joey Kramer (bateria), eles encontraram a formação
definitiva, que foi modelar seu som numa base que unia rock, blues, country,
rhythm'n'blues e funk.
A
discografia deles começou um tanto tímida com um par de álbuns:
"Aerosmith" (72) e "Get Your Wings" (74), ficando
promissora com "Toys In The Attic" (75). Mas foi em 76 que eles
gravaram o álbum fundamental para seu vôo rumo ao estrelato. Unindo violência
com sedução em doses arrebatodoras, Rocks produziu um efeito devastador na
época de seu lançamento. Um disco pesado, mas bem balançado. O Aerosmith somava
ótimas passagens melódicas e um punch vindo da música funk à selvageria
explícita dos riffs.
A faixa de
abertura, "Back In The Saddle" (com sua introdução ritualística,
culminada pelos relinchos das guitarras), assim com "Sich As A Dog"
tornaram-se clássicos.
Impossível
apontar uma só música em todo o álbum que não atraísse o ouvinte a uma
emboscada sem fuga de rock'n'roll. A voz esganiçada de Steven Tyler sugeria o
grito de ordem de um sumo-sacerdote, comandando uma espécie de festival de
imolações, angústias e tensões fulminantes.
A entrada
macia de " Last Child" ameaçava uma balada, mas o baixo demolidor de
Tom Hamilton confiscava a melodia inicial para os domínios do funk rock.
Guitarras aceleradas davam a partida para o ritmo de "Rats In The
Cella". A festa seguia quando "Combination" irrompia em uma
levada sensual, com vocais à beira do gozo. "Nobody's Fault" entrava
com a fúria de um touro no meio da arena e - no climax - a voz de Tyler cuspia
uma seqŸencia de versos encadeados.
As tensões
aquietavam-se no boogie de "Get The Lead Out", mas era retomada na
floresta elétrica de "Lick And A Promise". Para encerrar, "Home
Tonight" era uma última e desesperada tentativa de balada - desta vez bem
sucedida. O que era uma descarga incessante de energia acabava em uma
dilacerante canção de amor.
Um disco que
celebrava o tempo todo o espírito de rebeldia e diversão juvenis numa voltagem
tão intensa não poderia ter outro nome. Com "Rocks", o Aerosmith
conquistou a fama de grande banda e conseguiu a forma definitiva para um som
que iria seduzir multidões nos anos seguintes.
Sonzeira…Solos
de guitarra inspirados, boas lembranças!
Television
Marquee Moon
(1977)
(Edição
Revista Bizz de 22,Maio de 1987)
Malcolm
McLaren sabia que os "pais da matéria" estavam nos EUA. Foi lá que
ele buscou inspiração para que o movimento punk acontecesse - de forma
concentrada - na Inglaterra. O que seria do punk sem o despojamento dos N.Y.
Dolls, a demência dos Stooges, o antilirismo do Velvet e a agressividade do MC
5? E não foram só estas - todas elas, bandas extintas anos antes do punk - as fundamentais.
Nova York fervilhava de bandas que acabariam traçando os moldes do que viria
depois do punk. Eram as bandas new wave de Nova York e, dessas, a mais
importante, ao lado dos Talking Heads e dos Voidoids de Richard Hell, foi o
Television.
A história
deles começa com o grupo Neon Boys, fundado por Tom Verlaine (guitarra/vocais)
e Richard Hell (baixo/vocais) em 71. Richard Lloyd (guitarra) e Billy Ficca
(bateria) completavam o grupo, que alguns anos depois mudaria de nome para
Television. Hell saiu por volta de 74, e Fred Smith, ex-baixista da Blondie,
foi chamado para substitui-lo. Em 74, o TV gravou um single e em 77 eles
assinaram com a Elektra para gravar o "Marquee Moon", o primeiro LP.
Em meio à
avalanche punk em que a maioria das bandas fazia um som rápido e primário
(Ramones, Dead Boys) ou flertava com o pop (Blondie, Marbles), o Television
optava por uma linha musical mais elaborada, com melodias harmoniosas,
convivendo com ruídos e músicas longas que, ao vivo, se transformavam em verdadeiras
jam sessions.
O som do TV
remete a uma gama de referências musicais, que vão de Byrds a Neil Young, de
Doors a Velvet Underground. Não que o TV soasse como uma das bandas citadas.
Ela parecia querer ser todas elas ao mesmo tempo e um pouco mais.
A música de
"Marquee Moon" é leve em seus ingredientes e pesada em sua atitude.
Os instrumentistas não usam efeitos ou pedais. É rock'n'roll puro, de uma
fluidez impressionante. Verlaine e Lloyd formam uma das duplas de guitarristas
de rock que mais deram certo. Ambos solam, se alternam em riffs, bases e
harmonias. Ambas as guitarras - principalmente a de Verlaine - alcançam
sonoridades que às vezes parecem com guinchos, grunhidos e gritos. Ficca e
Smith formam uma cozinha "à francesa" leve, com toques jazzísticos,
sem abusos.
As letras -
todas de Verlaine - sugerem mais do que dizem, como na faixa de abertura
"See No Evil" ("Eu entendo tudo/ a destruição urge/ela parece
tão perfeita/eu vejo/eu não vejo nenhum mal"). As texturas sonoras são
molduras perfeitas para as letras, como na faixa seguinte, a balada
"Venus", em que Verlaine cai "direto nos braços da Vênus de
Milo". Em "Friction" o destaque vai para o solo esquizofrênico
de Verlaine, assim como na comprida "Marquee Moon" (que, aliás, tem
um belíssimo falso gran finale).
O lado B
começa com uma jóia, "Elevation" ("A última palavra/é a palavra
perdida/por que você não o diz então?"), onde o junkie Lloyd faz um solo
emocionante. "Guiding Light" (única co-parceria de Verlaine no disco
- com Lloyd) é mais uma balada que demonstra a sensibilidade harmônica de
Verlaine. Em "Prove It", a combinação de base sonora simples com o
caleidoscópio de images evocadas por Verlaine é mais uma vez perfeita. Em
"Tom Curtain", a última música do disco, outra magnífica combinação:
a voz chorosa de Verlaine relembra os anos passados, enquanto sua guitarra
estridente rola suas lágrimas mais amargas.
Nem o
Television (que acabou em 79) nem seus integrantes em carreira solo conseguiram
fazer um disco à altura de "Marquee Moon" (que na edição nacional
saiu com um ridículo carimbo de "punk rock" na capa). É este o disco
que prova que eles eram, instrumentalmente, uma das bandas mais integradas da
década de 70, e não há músico ou não-músico - de qualquer gênero - que, ao
ouvir o disco, não se convença disto.
Filho da saudosa
atriz Renata Fronzi e do radialista César Ladeira, o músico Renato Ladeiranos
deixou ontem, após 63 anos de vida. Tecladista fez parte do grupo de rock Herva
Doce na década de 80. Entre suas composições destaca-se a bela bossa “Faz Parte
do meu Show” parceria com o amigo Cazuza.
Invento
desculpas, provoco uma briga, digo que não estou