estirado à beira do oceano
não traduzirá jamais
não traduzirá jamais
a sua
alegria em viver...
Fico aqui pensando
Que você poderia
ser o meu pequeno filho
O meu sangue
O meu
coração
A minha
única riqueza neste mundo
Que sacrifica
crianças
Por interesses
vergonhosos
Daí surgem
as diferenças
Que vão
matando milhares
Em cenas que
nos lembram
Um passado
triste e tenebroso
Da humanidade
Ou,
Melhor falando
Da ausência de
humanidade
São Inocentes
como você
Querido Aylan
Que estão
morrendo
De verdade
Não apenas
nas fotografias
Deste pobre mundo
rico
Minhas lágrimas
não servirão de nada
Pois, você se
foi
Com suas pequenas
asinhas
Voar em
outras paragens
Conhecer oceanos
mais limpos
Quem sabe existirá
No lugar que
te recebe agora
O que nos
falta neste mundo
Sorrisos autênticos
e mãos estendidas...
Perdoe-nos
a nossa falta de humanidade.
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