Nasci
numa noite típica do outono paulistano e na mais paulista de suas avenidas.
Conheci mamãe e papai às 20h55 da terça-feira 26 de março do ano da graça de
2013. Nasci medindo 50,5 cm e pesando 3,500 g. Meu pai me disse no meu ouvido
que eu sou um garoto tranquilo, um pouco resmungão como ele, mas muito calmo e,
principalmente fofo!!!
Esse
mundo é imenso e parece um pouco confuso, mas estando perto do papai e da mamãe
ficarei em paz.
Corações
partidos parecem ser colados quando recebemos a dadiva da partenidade...
E
Gilbert irá zunir em meus ouvidos nesse domingo que anuncia o inicio de uma
semana revolucionária, será minha despedida do clube dos corações solitários?
A
esperança renasce quando uma criança sorri... acho que isso me parece tão real
agora! A ponto de achar a canção até ‘alegrinha’ mesmo não sendo, mas me lembra
o fofo do Scrat. E um aviso a todos: Estão faltando babadores em São Paulo, no
Brasil, no mundo! Comprei todos, não me contenho pequeno Gustavo!!!! Já sou um
pai babão!
Vitrola:
Gilbert O'Sullivan - Alone Again (original version)
Sou
cria da convivência com músicos e artistas cristãos, isso bem antes da fundação
do chamado 'Gospel' (tupiniquim), que na minha opinião rechaçou qualquer possibilidade
plausível dos autênticos artistas cristãos virem à tona com interesses bem mais
relevantes do que apenas participar de eventos cuja cobertura da Rede Globo
parece apenas confirmar o baixo nível qualitativo da sigla gospel no país.
O
que quero dizer é que o saudoso Sérgio Pimenta – autor dessa bela canção, aqui
interpretada pelo talentoso João Alexandre – jamais sonhou ‘aparecer’ na Globo,
mesmo porque a revolução, o sal, o sabor de uma vida com objetivos libertários
e conexão com Deus, passava bem distante da cartilha da emissora carioca. (E
continua passando...).
Naqueles
dias (décadas de 70 e 80 do século passado) a juventude dita cristã ainda
conseguia nutrir alguma esperança de compartilhar uma vida saudável sem ter que
apelar para trejeitos artísticos artificiais importados apenas dos mass media
sem nenhuma discussão minimamente articulada; isso sem contar que o molho
artístico era temperado com o melhor da nossa musicalidade, fosse de Milton
Nascimento à geração dos 80, passando pela esfera popular, erudita, sem contar
o autentico gospel norte-americano.
Hoje
é fácil ligar a TV e achar cantores gospel destilando uma música de péssima
qualidade e de letras indigentes travestidos de artistas da salvação e do reino
dos céus, mas sequer fizeram a lição de casa: Não sabem compor, nem tocar, nem
cantar, apenas embolsam o dinheiro da falida indústria fonográfica que tanto necessita
de artistas medíocres para revenda de milhões de Cds e Dvds e assim adiar o fim
derradeiro da indústria da música que conhecemos até então.
Artistas
como Rebanhão, Logos, Elo, Som Maior, VPC, Milad, Jorge Camargo, João Alexandre,
Jovens da Verdade, Grupo Semente entre outros construíram carreiras respeitadas
tocando em igrejas, praças públicas, teatros, casas de shows, eventos culturais
cristãos e não cristãos, sem nunca precisarem abrir mão de seus conceitos artísticos
e
filosóficos.
Como
vemos o que importa não é se você frequenta ou não uma comunidade eclesiástica,
mas sua formação, sua influência no meio em que vive, isso no fim das contas
pode fazer a nítida diferença entre luz e trevas, apenas para usar uma
expressão já surrada no meio cristão.
Essa
não é uma música que você deva cantar para o seu chefe, até porque não adiantaria
nada mesmo...
The more you ignore me
The closer I get
You're wasting your time
Aqui
Moz parece falar sobre paixão, aquele fogo que persegue você e bilhões mundo afora, e de
outros desastres que acontecem em nossas pobres vidinhas suburbanas.
E
assim eu vou seguindo a turba de pecadores pela avenida em plena
segundona, neste instante sou uma espécie de Tony Manero desfilando alguma sordidez
disfarçada de confiança pelas calçadas de São Paulo.
Vitrola: Morrissey – The more you ignore me, the
closer i get
-Acho
que pelo breu... Tô desempregado, sem mulher e sem família! Precisa de mais?
Pois ainda faltou dizer que não tenho grana. Preciso de uma gentileza sua,
trinta paus eu te pago na terça quando receber o seguro desemprego!
-Véio...
não desamina não, passa aqui no meu trampo e pede para me chamarem.
Revirando
o baú encontro Paul, Ringo e Linda entoando “So Bad”, som que combina com a
noite chuvosa e abafada de São Paulo. E adivinhem? Hoje é sábado à noite!
Em
meus anos mais juvenis e vulneráveis, meu pai me deu um conselho que jamais
esqueci:
-
Sempre que você tiver vontade de criticar alguém - disse me ele - lembre-se de
que criatura alguma neste mundo teve as vantagens de que você desfrutou.
Eu
tinha 37 anos e estava a bordo de um Boeing 747. A imensa aeronave descia
atravessando nuvens carregadas de chuva, preparando-se para aterrissar no
aeroporto de Hamburgo. Sob a chuva fina e fria de novembro, tingindo a terra de
um tom escuro, tudo se revestia do ar melancólico das paisagens retratadas nas
pinturas da escola de Flandres: os operadores de terra em capas impermeáveis, a
bandeira no mastro em cima da sóbria construção do aeroporto, um outdoor da
BMW. Alemanhã, eis-me de volta, pensei.
Eu adoro esta cena do filme, "You've got Mail" (1998), dirigido por Nora Ephron. É bem tola é verdade, mas por vezes a beleza e a sedução residem exatamente nas tolices e obviedades da vida.
O roteiro é composto de falas inteligentes e sarcásticas, o duo entre Tom Hanks (Joe Fox) e, Meg Ryan (Kathleen), funciona redondinho, tudo sem maiores pretensões.
A cena final roteirizada no River Park West em Nova Iorque é o desenrolar de um emaranhado de encontros e desencontros entre duas personagens apaixonadas por livros, mas distanciadas por outras tantas diferenças. É quase impossível não torcer pelo romance de Kathleen e Joe Fox e, a cena derradeira traduz muito bem essa opção de Nora Ephron por um desfecho improvável, mas feliz.
Esta lá na cena final o encontro de uma bela paisagem do parque em perfeita sintonia com a canção "Over the Rainbow" - o eterno canto dos exilados – interpretada na trilha do filme por Harry Nilsson.
Nada é por acaso no cinema e esta cena lembra vagamente "Breakfast At Tiffany's" (1961), mas aqui o gato vira cachorro, e Meg Ryan decididamente não é Audrey Hepburn.
“Don’t cry... don’t cry”...
Mesmo assim, vale a pena olhar e rever a cena várias vezes de tempo e tempo.
Um fulano desses que adora dar conselhos coorporativos (hoje chamam de consultoria) resolve dar dicas de filmes para candidatos a concursos públicos. Bem, paciência se o cara até quando esta descansando pensa em seu
oficio, no fim das contas ele apenas gosta mesmo do que faz.
O senão aqui são mesmo as recomendações que sinceramente não irão fazer o candidato, pelo menos descobrir ou vivenciar alguma experiência artística
relevante através do cinema. Filmes não são apenas filmes e pronto.
Ele recomenda filmes que não estão relacionados diretamente a temas de estudos, mas que em sua opinião ‘servem’para motivar o candidato (a maldita mania de achar que tudo precisa servir para algo). E não precisam cara pálida? Acho que não cara torta! Aqui algumas de suas predileções:
• Homens de honra
• Rocky
• Menina de ouro
• Invictus
O professor indica assistir a filmes pelo menos uma vez por semana, de
preferência durante os finais de semana. “Aproveita-se para estudar e
passar um tempo com a família”, diz.
Só faltou algum filme sobre lutador de MMA, ou, jogador de futebol que
era pobrezinho e um dia enriqueceu financeiramente, mesmo não aprendendo nada de libertador sobre a vida.
Penso apenas que as pessoas buscam uma oportunidade de trabalho, algumas aspiram muito mais é claro, mas a maioria precisa mesmo apenas de um emprego que lhes dê o sustento. Logo, ficar teorizando sobre o tema é perda de tempo, justamente o mesmo que eu perdi escrevendo essas mal traçadas linhas.