quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Oceano (2)



E no meio de um resfriado
Entorpecido por uma teimosa indisposição
Deitei e sonhei com Richard Hawley
Desaguando este oceano...


Como uma onda depois de outra onda
publico novamente estes versos:

Eu espero que haja alguém
Para tomar conta de mim
Quando eu morrer...

Porque quando eu olho
Em direção ao oceano
Eu sinto que um dia
Não estarei mais aqui

Neste lugar às vezes tão lindo e
Paradisíaco
Outras vezes cruel e
Desolador
Como as notas desta canção

Engraçado...
Somos frágeis
Como os grãos de areia
E ao mesmo tempo
Arrogantes quando esquecemo-nos
Da nossa finitude

Por isso,
Eu espero ter alguém por perto
Quando eu morrer...

Para que eu não pareça mais desamparado
Do que sou
Nem mais triste do que os meus olhos
Tentam esconder

É...
Todos nós queremos o amor
E quantos de nós já sofremos amargamente por ele?

Somos um oceano
Rodeado pelas luzes da noite
Percorrendo as ruas vazias da cidade
A pé, ou, motorizados
Confrontados pelo medo da solidão
Da incompreensão
Pela angústia em partir

Não gostaria de me desintegrar facilmente
Afinal,
Eu ainda consigo
Enxergar
Por de trás daquelas montanhas
Existe um oceano majestoso
E nele apenas desejo navegar
Navegar...
Pra sempre... navegar...
Bem lá no fundo do oceano.

Trilha Sonora
Artista: Richard Hawley
Música: The Ocean (live)

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