sábado, 14 de setembro de 2013

Esperança ainda...


Eu não poderia deixar John sem Paul…
E Paul canta a esperança, canta o nascimento,
o natal...

 Vitrola: Paul McCartney/Diana Krall  –The Christmas Song


Deus


Existem momentos densos onde uma canção consegue traduzir certa revolta que algumas vezes este ser sente, ainda mais porque de santo eu passo bem distante...

Lennon essa é uma das minhas favoritas, embora aparentemente pareça uma canção tão herege... Mas será mesmo? Sim, a pulga aqui atrás me diz que God é intrigante...

E foi quando ela acenou antes de desaparecer na névoa da madrugada para nunca mais...

O sonho acabou!


Vitrola: John Lennon - God [Legendado] HD

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Lazy Afternoon


São 18h. O sol se foi e quem está de partida agora sou eu. Tomo a direção da Avenida das ilusões, lotada, um turbilhão, a esquizofrenia em formato de multidão.

Logo me desligo daquele mundo estressante, basta apertar o botão do meu mp3... Benvindo a 3º dimensão! De cara surgem os primeiros acordes de “Outubro” do Azymuth, mas espere um pouco estamos em setembro! Não para por aí. É inverno, mas o calor nas ruas é legitimo do verão de janeiro, e sim o som é reconfortante depois de uma semana longa de trabalho árduo e muitas vezes pouco produtiva... emails, emails, emails... que droga não!

De qualquer modo é um olho na calçada e outro para o céu, límpido, a noite chegando imponente e nisso faz algum sentido ouvir “outubro” já quase na primavera de 2013.

Vitrola: Azymuth - Outubro



Mas de repente o que é isso? Não pode ser é Pulp, é Jarvis Cocker cantando “Common People”, é como um aviso, acelere, acelere mais, acelere ainda mais... corra... corra...

E tudo saí da contemplação do smothjazz para um frenético pop rock o que também faz sentido olhando e esbarrando no trajeto com tantas pessoas... É como se alguém me dissesse:

Cai na real, o mundo não é esse aí da melancolia jazzística não meu véio... acorda cai na real! E nessa dualidade sonora tendo como vista as luzes vermelhas dos carros parados no rush, eu vou acreditando cada vez mais nos versos do poeta:

“Abrindo um antigo caderno
foi que eu descobri:
Antigamente eu era eterno”.

Paulo Leminski

E desse jeito eu chego em casa para rever o meu tesouro...
Sim ele, meu filho, agora é eterno.


Vitrola: Pulp - Common People

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Summer


Inútil resistir ao amor…
Seja verão
Ou inverno


Vitrola: Summer of 42 - Michel Legrand

domingo, 8 de setembro de 2013

ZZZZZZ....................


Vamos lá, agora alcancei o seu raciocínio matemático. Não durma tanto assim, porque amanhã te fará falta uma fração qualquer do tempo...

E foi assim que ela dormiu quatorze horas ininterruptas, sonhando com os sonhos mais delicados, supondo que tudo é mesmo transitório. Eu sonho, você sonha, nós...

Bem, infelizmente a maioria sequer consegue viver quanto mais sonhar...

Desta forma ela preferiu retorna a sua cama e dormir... dormir...zzzzzzzzzzz.


Vitrola: The Style Council - Have You Ever Had It So Blue

sábado, 7 de setembro de 2013

Mas Que Nada


E na alameda estranhos desfilam em fila indiana num ritual
previsível, aquela eterna e famigerada busca incansável por alguma espécie de milagre financeiro.

Mas hoje não é natal, não haverá milagres em Sun City, pois Papai Noel não é santo! Ihhhh... é sim!

Sendo assim a garota ao celular chora logo cedo, as oito da matina em plena avenida das ilusões, imaginem o que será o restante do seu dia (um rio de lágrimas salgadas). 

Mais adiante um engravatado (daqueles coxinhas sem recheio) que só consegue enxergar a partir da altura do semáforo, tropeça e cai estatelado na calçada. Surpreendentemente ninguém lhe oferece ajuda até a chegada de outro robô engravatado... 

Dias de fúria, manifestações no dia da independência...

Quem dera alguma coisa maior de fato acontecesse, mas que nada! É mais fácil acreditar no Criança Esperança do que ver as estruturas conservadoras nacionais sendo abaladas.

Isso tudo são para nós, os estranhos de plantão.


Vitrola: Suede – For The Strangers

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Tempo de Saudade


O tempo não espera por ninguém...

È uma pena meu caro amigo
que hoje não estejas aqui comigo
para que um abraço pudesse fazer tanto sentido
e para que essa saudade cedesse lugar
a contemplação, alegria e euforia.

Mas o tempo não espera por ninguém...
você mesmo um dia sussurrou isso em meus ouvidos,
você lembra disso?

Já faz tanto tempo
e quando ainda vejo você cantando ‘Time’
acontece uma certa magia
de repente somos todos campeões do mundo de novo
e todos continuamos procurando pelo amor
buscando cada qual a sua própria salvação...

Mas o tempo não espera por ninguém...

ninguém,
por ninguém!

Vitrola: Time – Freddie Mercury


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Às Vezes Irene


Às vezes eu sou Irene Cara
vomitando Out Here On My Own...
Cutucando meus segredos públicos
construindo novas pontes entre
o meu ego e a civilização
entre o tudo e o nada...

Noutras eu sou Irene
e sua determinação à flor da pele
teclando aquele piano
balbuciando palavras que nem acredito,
mas as canto por amor a poesia,
pelo simples desafio
de ver o azul nublar num piscar...

E às vezes continuo aqui sozinho
Eu a tela do meu computador
e a imensa solidão que um dia
se apoderou de irene
nessa hora apenas penso em sua voz
a cantar o trecho final
dessa prece melancólica
triste
e humana...

Sometimes I wonder
Where I've been
Who I am, do I fit in?
I may not win
But I can't be thrown
Out here on my own
On my own

Vitrola: IRENE CARA - OUT HERE ON MY OWN

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Pra Começar o Dia


E lá vou eu de novo...
Bom dia universo!
hoje é apenas mais um dia
eu sei que novamente irei errar
não terei a tal paciência tão sublime
não verei a alvorada
e nem assistirei o sol se pondo
enquanto os pássaros voam de volta ao lar...

Maestro
essa é minha prece:
guie os meus passos
coloque encanto onde só há tristeza
desenhe o belo
lá nos meus recantos mais escuros
abra as minhas gavetas secretas
transforme dor em alegria
angústia em esperança
descrença em fé...

Pra começar o dia
eu quero
a cor e o som da harmonia...

Vitrola: Guilherme Arantes – Pra Começar o Dia

domingo, 1 de setembro de 2013

Radio


Um domingo ensolarado do lado de fora... ando saudoso do antigo rádio...

“Radio Gaga” é de autoria de Roger Taylor o baterista do Queen, lindo de morrer neste videoclipe de 1984...

A canção é uma ode ao rádio nos tempos do videoclipe, um instantâneo de uma época que parecia efervescente para indústria fonográfica (e foi) mas que também passaria num piscar de olhos com todo o frenesi dos novos e tentadores aportes tecnológicos... Só para citar, é a melhor composição do Queen utilizando-se de sintetizadores e sequenciadores eletrônicos...

A sensibilidade de Taylor nesta composição é antever que de alguma maneira com o passar dos anos, das décadas, o rádio perderia o seu espaço de imaginação fértil e criativo, cedendo rapidamente espaço a outras formas de comunicação.

Provavelmente hoje em dia Taylor sinta-se de alguma forma aliviado por te feito já naquela época essa merecida homenagem ao rádio, ele não precisou esperar a internet, as redes sociais, para ter a certeza que o rádio era o pai de todos os meios, até porque sem ele o Queen não existiria, melhor ainda, o rock tampouco.

Um vídeo belíssimo apoiando-se nas imagens de “Metropolis” do cineasta austríaco Fritz Lang, um misto de saudosismo e ficção-cientifica, cinema e vídeo descartável.

Essa saudade aquece tudo aqui por dentro, é domingo, então som na tela, ou melhor, no rádio.

Vitrola: Queen – Radio Gaga