Em Paralelas
Belchior conseguiu entregar a sua poesia urbana de maneira sensível
enredando situações
que qualquer um já viveu ou provavelmente viverá...
“E no
escritório em que eu trabalho
e fico rico,
quanto mais eu multiplico
Diminui o
meu amor”
Dá um nó sempre
que penso
que me
permito parar e refletir o que de fato fazemos com o sagrado ar
que respiramos
diariamente...
Será que
vale mesmo a pena?
O cantor canta
de maneira suave a canção, fugindo um pouco de sua característica😔
mais eloquente,
pois “Paralelas” parece suplicar, quase sussurrar pelo encanto sutil...
“E as
paralelas dos pneus n'água das ruas
São duas
estradas nuas
Em que foges
do que é teu
No
apartamento, oitavo andar
Abro a
vidraça e grito, grito quando o carro passa
Teu infinito
sou eu, sou eu, sou eu, sou eu”.
São palavras
belas, combinando com a harmonia e melodia e
terminando bucólica:
“Como é
perversa a juventude do meu coração
Que só
entende o que é cruel, o que é paixão”...
A vida
precisa de paixão, e também necessita de tempo para reflexão, poesia, música,
arte,
tempo para
doar aos que amamos...
Belchior –
Paralelas
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