quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Nas Paralelas...


Em Paralelas Belchior conseguiu entregar a sua poesia urbana de maneira sensível
enredando situações que qualquer um já viveu ou provavelmente viverá...

“E no escritório em que eu trabalho
e fico rico, quanto mais eu multiplico
Diminui o meu amor”

Dá um nó sempre que penso
que me permito parar e refletir o que de fato fazemos com o sagrado ar
que respiramos diariamente...

Será que vale mesmo a pena?

O cantor canta de maneira suave a canção, fugindo um pouco de sua característica😔
mais eloquente, pois “Paralelas” parece suplicar, quase sussurrar pelo encanto sutil...

“E as paralelas dos pneus n'água das ruas
São duas estradas nuas
Em que foges do que é teu

No apartamento, oitavo andar
Abro a vidraça e grito, grito quando o carro passa
Teu infinito sou eu, sou eu, sou eu, sou eu”.

São palavras belas, combinando com a harmonia e melodia e
terminando bucólica:

“Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel, o que é paixão”...

A vida precisa de paixão, e também necessita de tempo para reflexão, poesia, música, arte,
tempo para doar aos que amamos...


Belchior – Paralelas

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