sábado, 21 de maio de 2016

Vencendo o quê?


É assim que me sinto
Vencendo pequenas batalhas diárias
Porém, ciente que a derrota no final será inevitável...
Eu vejo olhares perdidos
Eu percebo os espasmos que as pessoas sentem
às seis da tarde dentro daquele vagão
indo para casa depois de um dia inteiro de anulação pessoal
de dizer sim para tantas coisas que na verdade desejariam soltar
um sonoro Não,
depois de tanta falta de respeito com à sua
maneira de acreditar nessa bosta de mundo...
todo mundo passando por cima da sua individualidade
de sua privacidade, de seus sentimentos e dignidade
tudo em nome do poder, do dinheiro, de egos e vaidades...

Eu olho e percebo que o desespero está ali
Tomando conta dos trilhos da esperança
Ou será do túnel da desesperança?

E eu quase posso tocar aquela dor
No semblante da moça que chora copiosamente
Sozinha no banco azul, 
e nem quem está ao lado lhe estende um lenço
ao menos algum consolo, mas nem isso...

Eu sei somos entorpecidos pelo papinho do trabalho
Da importância dessa merda toda em nossas vidas,
Mas quer saber, quando você estiver morrendo não irá
Sequer lembrar disso,
Lembrará de tudo o que realmente valeu a pena,
não do seu maldito trabalho..

Amor, gratidão, pessoas que lhe fizeram feliz, esse tipo de coisa
Que no trabalho todos finge não existir...


Vitrola: Kings of convenience - Winning a battle, losing the war

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