quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Nalgum Lugar


Não sei dizer o que há em ti que fecha e abre
Só uma parte de mim compreende
Que a voz dos teus olhos
É mais profunda que todas as rosas
Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas

Nalgum lugar
ele perdido pára e olha para os lados
atrás e à frente
e como em desespero
percebe, induz, concluí:

-Não há nada neste lugar, nada além de mofo e cansativo aroma...

Suas mãos pequenas
acariciam o vácuo do tempo
apenas uma forma de dizer
que hoje está triste
cinza e mudo para o mundo
apesar do colorido arco-íris
da sensível Dorothy...


Vitrola: Zeca Baleiro – Nalgum lugar

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