sábado, 13 de abril de 2013

Match Point



Às vezes, quase sempre, diariamente eu tenho vontade de gritar game over! Mas daí eu lembro de que para vencer o jogo é preciso vencer mais sets do que o adversário, somar mais games, ter uma média infinitamente superior de bolas vencedoras, para daí administrar o emocional e enfim após intermináveis troca de bolas sentir que venci!

Mas como é difícil o tempo do começo até chegar o tempo da vitória! Este intervalo minucioso é o que chamo de inferno...

Vez por outra bate um desespero de olhar ao redor e não enxergar, ser incapaz em projetar a desejada vitória. Isso sem contar os zumbis que cruzam a quadra a toda hora, tentando tirar-me do foco, daquilo que no final das contas fará tudo valer a pena.

Eu bem que já desconfiava, mas agora tenho a certeza: A paternidade não tiraria de mim essa sensação impactante de deslocamento, da miserável e abençoada inadequação social.

Eu sinceramente pressinto uma benção, porque quando olho ao meu redor... Ah! Quanta gente fraca meu senhor!!
Pessoas que aceitam o inaceitável em troca de nada... Bem... esses zumbis jamais entenderão as minhas razões, o meu não contentar com o status quo seja lá do que for!

Ah! Você é do contra!!!! Não sou não pessoal, eu sou Oscar Wilde dizendo em letras garrafais e usando um alto falante bem potente em seus ouvidos:

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe", portanto o azar não é meu!

Puxa, que alivio!
Vou sacar para fechar o jogo em 6X0... Match Point! GAME OVER BABY! 

Ps: Robôs e zumbis enfiem suas opiniões goela abaixo, eu NÃO preciso delas!


Vitrola: The Style Council - Paris Match (versão rara com letra em francês ao final).

2 comentários:

APaulo disse...

Cara, veja: http://www.youtube.com/watch?v=EeEJsvqqcqA
Sei que não segue o “tom” do blog, mas achei interessante, de uma época que as placas dos carros - ainda - eram amarelas, os ônibus eram da CMTC, e as mexericas custavam "5 por 1 real"; vendo o vídeo e ouvindo a letra, mudou alguma coisa - Tirando o fato de que as placas - hoje - não são amarelas, os ônibus não são da CMTC e as mexericas não custam "5 por 1 real" -? Tá feia a coisa...

Anônimo disse...

Eram bons esses tempos meu caro A.Paulo!!!