Confesso que não gostei muito do primeiro disco solo do Marcelo, mas amei este segundo “Toque Dela”. Harmonias bacanas, vocais bem talhados, canções melodiosas, simples e ao mesmo tempo com certo toque de sofisticação. É um álbum mais solar, menos nublado, com se pode ouvir nos metais de “Ôô” uma das faixas do novo disco do carioca, que cada vez mais vai fincando os pés na Paulicéia desvairada.
Deboche refinado não é pra qualquer um, é preciso talento, e isso nunca faltou a você meu caro.
Talvez você nunca tenha tido um daqueles padrinhos de bastidores que transformam sapo em príncipe, mas você meu amigo Eduardo Dusek nunca foi sapo, então a tal mágica também não funcionaria.
No segundo semestre deste ano Dusek presenteará a quem ainda arrisca comover-se com suas rimas e estórias impagáveis lançando um DVD e, essa é a boa noticia que escolhi pra hoje segunda-feira. Nada de falar de politica, tragédias, o escambau a quatro, eu quero é homenagear um artista que sempre admirei e que quando morrer será mais falado do que foi em vida, coisas que acontecem na vida, mas e daí perguntaria ele com aquele sorriso irônico?
Essa é do arco da velha! Spandau Ballet “She loved like Diamond” um hit esquecido dos 'garotos' ingleses que recentemente retornaram para um tour pela Europa, entenda-se ganhar uns trocados, e isso não é ilegal e tampouco imoral.
De todos do grupo o que mais parece ter envelhecido fisicamente foi o vocalista Tony Hadley, mas sua voz permanece sendo um dos pontos favoráveis da banda.
De fato, Duran Duran, Spandau Ballet faziam parte de algo similar, mas o Duran Duran é de longe bem mais relevante musicalmente. Aqui pelo Brasil a turma de Tony Hadley parece ter influenciado o Zero de Guilherme Isnard. Alguém lembra do Zero? Ah, era bacana!
Trilha Sonora Artista: Spandau Ballet Música: She Loved Like Diamond
Houve um dia em que eu amei esta canção. Talvez amasse alguém que estava escondida nela, em seus versos, na sua melodia.
Vendo agora percebo que procurava a mim mesmo e, ainda gosto da música de Bono e cia, aqui em sua melhor versão ao vivo, na inesquecível e insuperável Tour da Zoo TV.
"Li uma vez que você vive não sei quantas mil horas e pode resumir tudo de bom em apenas cinco minutos. O resto é apenas o dia-a-dia. Um olhar, uma lágrima que cai, um abraço... Isso é muito pouco na vida. Então, isso vale mais que tudo para mim. Prefiro não acreditar no Day After, no fim do mundo, no apocalipse.”
Cazuza
Então seguirei ouvindo Blondie com uma vontade danada de dançar abraçado com os meus sonhos pela noite adentro...
O long play Selvagem (1986) foi um daqueles discos que marcaram uma geração. Nele o trio brasiliense Paralamas do Sucesso compactuavam rock, mpb e ritmos afro-jamaicanos.
A faixa “Teerã” não fugia a regra em relação a temática das letras de Selvagem e ainda hoje permace atual. Teerã é lá e aqui, São Paulo, Rio de Janeiro, Iguape, em todas elas podemos questionar: “será que ainda existe razão pra viver em Teerã?”.
Para quem não conhece muito sobre a história do Irã eu recomendaria a autobiografia em quadrinhos da escritora iraniana Marjane Satrapi, Persépolis.
Imagine uma garota com apenas dez anos sendo obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 Marjane assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita, apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa.
A série de livros é espetacular uma autentica obra de arte, vale conferir.
“Pra você guardei um universo Quando falta espaço eu faço verso e durmo na canção...”
O gaúcho Nei Lisboa é daqueles poetas que sempre vale a pena revisitar. Seus versos batem forte e emocionam. Lembrei de Nei, da sua canção, do seu povo, do frio e do calor que o ser humano é capaz de gerar.
Uma canção bacana da década de 80, “Brother in Arms” fez sucesso com a banda do talentoso Mark Knopfler , e foi regravada inclusive pelo Metálica. Para ouvir guitarra com sentimento.
Trilha Sonora Artista: Mark Knopler Música: Brothers in Arms
O The Jam foi a primeira grande aventura musical de Mr. Paul Weller. O hit "Town Called Malice" é um clássico do dito movimento mood inglês e faz apenas confirmar que o rapaz já tinha talento desde cedo.
Embalando o meu domingo de trabalho e F1 no circuito de Barcelona.
Uma pequena fábula sobre a frieza da vida moderna e a tentativa de se manter a alegria. Essa é a definição do próprio autor para sua bela animação, pontuada por uma trilha sonora eficiente.
Chama a atenção a mistura de técnicas na animação: Fotografia, stop motion, desenho.
Dir. Marcos Buccini
Participações e prêmios:
Participante do Animamundi 2007. Já ganhou 8 Prêmios, os principais: Euroshorts 2006 - melhor animação; Festival de Vídeo de Pernambuco 2006 - Juri oficial melhor animação; Festival Guarnicê 2007 - melhor animação
Eu sou bem desengonçado, logo, dançar sempre foi divertido pra mim e hilário para quem está por perto. Acho que isso é o melhor que eu consigo para dizer que eu não sei dançar.
Um dia desses estava sentado ao lado de Marina Lima, mas não percebi. É bem a minha cara, tímido, distraído, meio aéreo.
Quando ela levantou da poltrona e pediu licença para sair foi que percebi. Fiquei com cara de bobo, babando, eu adoro a Marina e ela há uns dois anos está morando em sampa. Tomara que eu tenha uma segunda chance para quem sabe um dia puxar um papo com ela...
David Byrne em ação e não é o Hulk. Clássico dos 80’s “Burning down the house”, cabeças falantes, o visionário da “world music” amante da música popular brasileira e que misturava em seu liquidificador um pouco de punk, rock, pop, funk, e intelectualismo.
Pra dançar na chuva lá de fora, o rio aqui ao lado está por transbordar...
Dois mundos opostos: o erudito da violoncelista Fernanda Monteiro e, o punk rock do guitarrista Luisão Pereira, ex-Penélope. Nasceu então o Dois Em Um.
Melancolia delicada, arranjos bacanas, flerte com a bossa nova e, o indie rock. A animação é assinada por Michael Dudok de Wit. Combina com clima de meio-feriado dessa segundona.
O dólar não irá cair (ou será subir?) nenhum milagre acontecerá e, tampouco os garotos do The Pains Of Being Pure At Heart são os novos Smiths como insunuam alguns críticos deslumbrados.
Acontece que o som da banda nova-iorquina é bacana e vale o registro. A faixa "A teenager in love" é um neo-cover (existe isso?) de "Modern Love" de David Bowie.
Versos como "no escuro do meu quarto eu vejo você brilhar/ você não precisa pedir duas vezes, porque eu já concordei”, de uma canção do primeiro disco provam que a moçada é afiada.
O novo álbum da banda “Belong” conseguiu de algum modo fazer barulho, quem sabe eles não pintam em breve por aqui.
Eu não posso reclamar! Trabalhar com arte é por vezes saboroso.
De repente você conhece um figuraça como o Danilo 7 de Peruíbe, um artista talentoso que com o tempo desabrocha, sonha e faz sonhar.
Seu sonho imediato além de expor seus quadros de pintura primitivista, era aprender um pouco de animação Stop motion. Pois bem, ele é bem ligeiro. Trouxe sua ideia em um storyboard, os desenhos em E.V.A. e o resto era filmar.
O resultado acima é parte do sonho do Danillo, e a certeza de que sonhar é condição essencial pra seguir em frente.
Don't go changing, trying to please me You never let me down before I don't imagine you're too familiar And I don't see you anymore
I wouldn't leave you in times of trouble We never could have come this far I took the good times, I'll take the bad times I'll take you just the way you are
Eu não cairia no jogo fácil da adulação.
Mas vejo que muitas pessoas pensam que só assim preservam uma relação. De tantas versões para “Just the way you are” essa de Billy Joel é muito boa.
Trilha Sonora Artista: Billy Joel Música: Just the way you are (Live 1977)
Robert Capa Endre Ernő Friedmann (Budapeste, 22 de Outubro de 1913 — Thai-Binh, Vietname, 25 de Maio de 1954), foi um renomado fotógrafo húngaro, um artista do olhar.
Suas fotos desnudavam o que havia por trás de um olhar, revelavam os traços de humanidade e dignidade em meio ao horror de uma guerra, as fugas de civis, ou simplesmente refletiam a alegria de das poucas horas de lazer durante o martirio da guerra.
São celebres suas fotos da segunda guerra mundial, da guerra civil espanhola, das manifestações civis mundo afora.
Curiosamente registrou fotos até mesmo no dia de sua morte, 25 de maio de 1954 quando acompanhava uma tropa em expedição pelo Vietnã, morreu ao pisar em uma mina.
O olhar sensível de Robert Capa marcou definitivamente o século 20.
Lembrei-me de alguns momentos já passados e, como a velocidade acelera:
e de repente senti aquele ar nostálgico,
O dia
A semana
O mês
Os anos
As décadas
A vida
tudo passa em um segundo na sua mente, saca?
Fiquei pensando naquela mulher que achava que a maternidade salvaria sua vida. Fiquei meditando sobre afazeres cotidianos, fiquei foi mesmo bem entediado/porque apenas fiquei...
Senhor recebe esta moça conhecida em toda a terra pelo nome de Marilyn Monroe ainda que este não seja o seu nome verdadeiro (mas Tu conheces o seu nome verdadeiro, o da pequena orfã). violentada aos 9 anos, a empregadinha de loja que quis se matar aos 16 e agora se apresenta diante de Ti sem nenhuma maquilagem Sem seu Agente de Imprensa Sem fotógrafos e sem assinar autógrafos sozinha como um astronauta diante da noite espacial.
Ela sonhou quando menina que estava nua em uma igreja (de acordo com a Time) diante de uma multidão prostrada, com as cabeças no chão e tinha que caminhar na ponta dos pés para não pisar nas cabeças. Tu conheces nossos sonhos melhor que os psiquiatras. Igreja, casa, cova, são a segurança do seio materno mas também é mais que isso. As cabeças são os admiradores, é claro (a massa de cabeças na escuridão debaixo de um jorro de luz).
Porém o templo não são os estúdios da 20th Century Fox que fizeram de Tua casa de oração um covil de ladrões. Senhor neste mundo contaminado de pecados e radioatividade Tu não culparás apenas uma empregadinha de loja. Que como toda empregadinha de loja sonhou ser estrela de cinema. E o sonho foi realidade (mas como a realidade do technicolor). Ela apenas representou de acordo com o script que lhe demos
–O de nossas próprias vidas– E era um script absurdo.
Perdoa-lhe Senhor e nos perdoa por nossa 20th Century por esta Colossal Super Produção em que todos trabalhamos Ela tinha fome de amor e oferecemos tranqüilizantes. Pela tristeza de não sermos santos recomendamos a Psicanálise.
Lembra-Te Senhor do seu crescente pavor da câmara
E seu ódio à maquilagem – insistindo em maquilar-se a cada cena – e como se foi fazendo maior o horror e maior a impontualidade nos estúdios. Como toda empregadinha de loja sonhou ser estrela de cinema.
E sua vida foi irreal quanto um sonho que um psiquiatra interpreta e arquiva. Seus romances foram um beijo com os olhos fechados que quando se abrem os olhos descobrem-se embaixo de refletores e os refletores se apagam.
E as duas paredes do quarto se desmontam (eram um set de cinema) enquanto o Diretor se afasta com suas anotações porque a cena já foi rodada. Ou como uma viagem de iate, um beijo em Singapura, um baile no Rio a recepção na mansão do Duque e da Duquesa de Windsor vistas da sala do apartamento miserável.
O filme acabou sem o beijo final. Acharam-na morta em sua cama com a mão ao telefone E os detetives não souberam a quem ia chamar.
Foi como alguém que discou o número da única voz amiga e ouve apenas a voz de uma gravação dizendo: WRONG NUMBER Ou como alguém que ferido pelos gangsters estende a mão para um telefone desligado. Senhor quem quer que tenha sido a quem ela chamava e não chamou (talvez ninguém ou era Alguém cujo número não se encontra na Lista de Los Angeles) atende Tu ao telefone.
Ernesto Cardenal
Tradução de Roberto Schmitt-Prym *Ernesto Cardenal nasceu em Granada em 1925. É o mais celebrado poeta vivo da Nicarágua.
Trilha Sonora Artista: Elton John Música: Candle In The Wind
A poesia nasce do assombro! Diz o poeta Ferreira Gullar, 80. Poesia é tudo aquilo que não sabemos, então escrevemos.
O Poema Sujo de Gullar traduz um pouco desse universo paralelo, e de fato ele tem razão: Não dá pra querer que a poesia concorra com a TV, com um Best-Sellers, ou mesmo com um livro de autoajuda.
Apreciador inconteste das artes, Gullar sempre leu muito mais sobre arte do que poesia. Não sei se o poeta aprovaria este cara aí em cima cantando. O nome artístico da figura é Criolo – que lançou recentemente seu primeiro disco “Se não der um nó na sua orelha”.
"São Paulo é um buquê, porque são flores mortas num lindo arranjo feito pra você/os bares estão cheios de almas tão vazias, a ganância vibra, a vaidade excita..."
Mataram o cara mais procurado do mundo, entenda-se pelos Estados Unidos da América. Engraçado que ele não estava nas cavernas como os americanos diziam anteriormente. E de repente os americanos começaram a comemorar nas ruas, nos estádios durante partidas de basebol, nos ginásios durante a rodada do basquete.
Eu me recordo de que a mesma coisa aconteceu em alguns países Árabes após os ataques de 11 de setembro. Pergunto então: qual é a diferença?
Achei corajosa e consciente a posição do ala do Milwaukee Bucks, Chris Douglas-Roberts, ele simplesmente remou contra a maré e criticou os americanos que comemoravam a morte do terrorista:
"Isto é uma celebração?", comentou o atleta em seu Twitter, depois de todas as televisões mostrarem a multidão que estava na frente da Casa Branca, comemorando a morte. "Seria isto o início de uma grande guerra religiosa? Espero que não (balançando minha cabeça", continuou.
Em seguida, sendo vítima de muitas críticas e atacado por muitos seguidores, o jogador desabafou. "Eu sou o idiota? Você é cristão. Deus ficaria feliz com você comemorando a morte?", questionou, ao ser insultado. "Foram necessárias 919.967 mortes para matar este cara. Foram necessários dez anos e duas guerras para matar este cara. Nos custou aproximadamente US$ 1.188.263.000.000 [R$ 1,9 trilhões, aproximadamente] para matar este cara. Mas estamos vencendo (sarcasmo)", continuou.
Muito criticado, o jogador continuou dando sua opinião pelo microblog, afirmando ser contra "uma guerra de dez anos" e, principalmente, a "morte de inocentes diariamente". Após algum tempo, ele se mostrou firme com sua opinião. "Só estou dizendo o que eu sinto. Para todos me apoiando, estou bem. O que eu sinto não mudou nem um pouco. De qualquer maneira, que Deus abençoe a América", finalizou o atleta.
Não conheço Chris Douglas-Roberts porque há anos não acompanho a NBA, mas desde já sou fã deste cara. Como se vê nem todo americano famoso é obtuso. Enfim, por trás da morte de Bin Laden existe toda uma estratégia de marketing do outro Osama, o Barack, que precisa se reeleger no ano que vem para mais um mandato na Casa Branca.
Como trilha sonora o Green Day, banda que não se calou diante da "guerra ao terror" norte-americana.
Imortalizada na voz de DIONNE WARWICK, aqui em versão da gata Dianna Krall, mas Mrs. Costello está longe de ser apenas um rosto e um corpo lindo, há conteúdo artístico por trás de tanta beleza...
Gosto da versão para o hit do imortal Burt Bacharach, o homem que sabe como poucos criar hits.