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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Madrugada



Em clima sensual, a lounge multifacetada do Morcheeba abrindo mais uma madrugada a fora...

So give me a light
Or give me a drink
Just give me a reason
To feel what I think

Trilha Sonora
Artista: Morcheeba
Música: UNDRESS ME NOW

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Walk on By



Uma canção sobre perda, dor, angústia...

Imortalizada na voz de DIONNE WARWICK, aqui em versão da gata Dianna Krall, mas Mrs. Costello está longe de ser apenas um rosto e um corpo lindo, há conteúdo artístico por trás de tanta beleza...

Gosto da versão para o hit do imortal Burt Bacharach, o homem que sabe como poucos criar hits.

Trilha Sonora
Artista: Diana Krall
Música: Walk On By (From "Live In Rio")

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Introspecção



Não folgo se viver friamente uma emoção
São teus olhos escondidos que antevejo ao espelho
Ela vai, ela vem
Presa no escuro finito
Espanto a tristeza
Bem de mansinho, talvez.

Minha sanidade foi carcomida
Pelos desatinos
De caprichosa vida
Ainda assim não esquecerei
Do primeiro frio
Da traiçoeira madrugada
Até que por fim
Surjam na janela
Alentadoras luzes
Apresentando-me a aurora
Que insinua algum desafogo.

Mas já não basta
São ilusões perdidas,
Pois
Não folgo se vier a viver sem emoção
Porque então
A vida não será mais vida
E sim
Um retrato fiel
Daquilo que vem a ser:
A morte.

Trilha Sonora
Artista: Seals and Crofts
Música: Summer Breeze

sábado, 26 de junho de 2010

Carpenters



Ele descobriu algo de novo: o amor. Aos treze anos pela primeira vez sentia aquilo que faz a vida valer a pena.

Como num passe de mágica experimentou o aroma da fragrância do Jasmim e, percebeu que era o mesmo que exalava no caminho para a casa de sua Julieta. Mas Julieta na verdade chamava-se Sofia e, era uma jovem vinda de outra cidade para passar as férias daquele verão.

Era um verão escaldante, sol a pino, temperaturas causticantes. Tudo corria como outrora até que numa bela tarde seus olhos conheceram aquela garota loira, de olhos levemente esverdeados, esguia, com sardas, extremamente charmosa, corpo desenhado e de lábios bem carnudos. Seria a bela da tarde de Buñuel?

Essa foi a primeira imagem de Sofia que ele congelou em sua retina.

Ele não sabia muito bem como dizer – ou se – era realmente necessário converter aquela sensação trepidante em palavras. Seria possível traduzir um sentimento avassalador?

Passou os primeiros dias travando um embate surdo consigo mesmo. Seu maior adversário: a sua própria timidez.

No fundo sabia que era correspondido, pois o olhar perdido e, o sorriso radiante de Sofia não disfarçava que ali entre ambos havia um desejo mútuo.

Passaram três semanas em uma casa de veraneio junto a uma multidão de jovens e adultos. Naquela atmosfera às vezes febril era certo encontrá-los próximos fosse brincando, jogando conversa fora ou, até mesmo brigando por pequenas tolices da idade. A provocação e a sedução eram recíprocas.

Acordavam cedo e logo estavam seguindo o trajeto entre a casa e a praia. Os dois transformavam aquele trivial instante em uma espécie de jornada, uma autêntica exploração sensorial.

Durante as noites na hora de dormir a luz que irradiava da rua, iluminava os olhos dos dois apaixonados. Em seus sonhos aquele era o momento perfeito, quem sabe ali o primeiro e eterno beijo de amor.

As férias terminaram e Sofia retornou para sua cidade. A distância motivava aquele romance velado não consumado (será mesmo?).

Foram cartas e mais cartas meses a fio – enquanto “a realidade mais delicada e mais difícil, menos visível a olho nu” batia à porta dos dois jovens enamorados.

Assim como uma tela de Cézanne perdida em algum sótão empoeirado e ordinário, onde sua beleza não podia ser apreciada, o tempo tratou de estancar aquela irresistível aventura.

Após anos sem noticias ele a reencontrou em uma viagem a sua cidade. Sofia estava casada e era mãe de três filhos.

Observou que a sua juventude continuava quase intacta, e por alguns instantes não hesitou em colocar-se no lugar do seu marido, mas preferiu guardar as boas recordações de uma década e meia atrás.

Sofia era a lembrança mais gratificante de um verão em sua juventude, talvez o melhor verão da sua vida.

Trilha Sonora
Artista: The Carpenters
Música: We've Only Just Begun