"Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é este" . (Renato Russo)
O poeta lamentaria saber que seu hit "Que país é este" - um bate-estaca elementar, priimitivo, composto de três acordes e um ritmo tribal punk dançante - não caiu em desuso no Brasil do século 21.
Que país é este que ainda tolera um político como José Sarney? Um coronel high tech que controla com mãos de ferro o Maranhão há mais de cinquenta anos.
Que país é este que assiste conformadamente a um Lula - o Michael Jackson da Política tupiniquim que empalideceu frente ao canto da sereia, e se viciou nos analgésicos do poder?
Que país é este que trata seus filhos como lixo, e que já não faz distinção entre público e privado, entre interesse da maioria e privilégio de uma minoria protegida pela justiça e por todos poderes constituídos?
Que país é este inerte - o eterno país do futuro - um esboço de nação que nunca se consolidou?
Seria a Terra do Nunca?
Um outro poeta resumiria tudo isso em breves palavras:
"Não me ofereceram nenhum cigarro
Fiquei na porta estacionando os carros.
Não me elegeram chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha...
Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim... (Cazuza)
Um comentário:
O Maranhão se parece mesmo com a terra do nunca e, José Sarney é o nunca - nunca sai de cena.
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