terça-feira, 30 de novembro de 2010

Quando Eu Era Um Cantor



Gérard Depardieu é Alain Moreau, um cantor que faz sua vida em boates locais, chás dançantes e convenções de empresas. Ele sabe que nunca será um grande artista, mas ama cantar e esta é a sua vida até encontrar Marion (Cécile De France), uma mãe solteira com um triste passado.

A partir de então assistimos Alain Moreau atingido em cheio pelo entusiasmo típico que o amor é capaz de  causar em alguém, assim mesmo, de repente. Esta é uma possível sinopse para o filme "Quand J'étais Chanteur", mas não é tudo.

A canção de Michel Delpech aparece na cena final interpretada por Gérard Depardieu. Um desfecho sensível para uma estória interesante.

Trilha Sonora
Artista: Michel Delpech
Música: Quand J'étais Chanteur

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Lua Serena



Foo Fighters e Norah Jones embalam a minha segunda-feira em uma bela cidadezinha no interior paulista. É como se eu estivesse em uma sala de espera ouvindo o meu musak “Virginia Moon”.

Serena é a vida quando permitimos que assim ela seja, apesar dos problemas...

Trilha Sonora
Artista: Foo Fighters e Norah Jones
Música: Virginia Moon

domingo, 28 de novembro de 2010

Peeping Tom



“Só os que um dia perderam a cabeça sabem raciocinar "
(Oscar Wilde)

Talvez essa seja uma das variáveis que fazem hoje do belga, Brian Molko, um artista despido, que se entrega e, se revela como poucos sobre o palco e, em suas letras.
À frente dos vocais da banda britânica
Placebo, o dândi Molko construiu uma reputação respeitável no cenário do indie rock.

Esta canção, “Peeping Tom”, carrega em si um turbilhão de sentimentos, em uma terna e comovente interpretação de Molko.

Me faz lembrar um amigo poeta, Nivandro Vale, que curiosamente também canta, compõe e sabe muito bem traduzir as emoções que carregamos na alma. Ele adora o Placebo.

I'm weightless
I'm bare
I'm faithless
I'm scared

Eu estou vazio,
Eu estou nu,
Eu estou sem fé,
Eu estou com medo.
Quem nunca sentiu isso na vida?

Trilha Sonora
Artista: Placebo
Música: Peeping Tom

sábado, 27 de novembro de 2010

Norwegian Wood



E quem nunca viveu uma história semelhante a do romance “Norwegian Wood” do japones Haruki Murakami? Quem nunca se apaixonou pela namorada do melhor amigo? Assunto um tanto espinhoso, mas ao mesmo tempo instigante.

Trilha Sonora
Artista: Beatles
Música: Norwegian Wood

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Do Outro Lado do Oceano...



Formado por Luiz Bueno e Fernando Melo, o Duofel, é mais que meramente um dueto instrumental: é um estado de espírito. A dupla mistura Beatles com viola caipira e, elementos distintos de diversos universos musicais. Ouvir "Do Outro Lado do Oceano" sossega e renova a alma.
Uma ótima pedida para uma sexta-feira tranquila...tranquila...

Trilha Sonora
Artista: Duofel
Música: Do Outro Lado do Oceano

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Todo Sentimento



Não te amo mais
Estarei mentindo se disser que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza de que
Nada foi em vão.
Sei dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer nunca que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade:
É tarde demais…

*Autor Desconhecido

PS. Agora leia o poema de baixo para cima!!!

Todo Sentimento é um primor de composição de Chico Buarque e Cristóvão Bastos, talvez combine com o texto acima.

Nem tudo é o que parece ser...

"Depois de te perder,
Te encontro, com certeza,
Talvez num tempo da delicadeza,
Onde não diremos nada;
Nada aconteceu.
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu".

Trilha Sonora
Artista: Verônica Sabino
Música: Todo Sentimento

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Uma Palavra: Solidão



Essa foi a minha primeira postagem neste blog. Adoro a canção, gosto do texto, por isso o repeteco.

Existem músicas que devoram a sua alma, corrompem os seus sentidos, e te fazem perder o rumo. A canção “This Time” da banda inglesa Suede, é um bom exemplo destes casos.

O Suede foi uma das mais bem articuladas bandas dos anos 90, revivendo os melhores dias do glam rock inglês da década de 70 e, de quebra, dando o pontapé incial ao Britpop.

Antes mesmo de Blur e Oasis atingirem o topo das paradas, a gênese criativa de Brett Andreson e Bernard Butler invadiu o cenário pop da juventude cosmopolita londrina durante os últimos anos do século XX. Fortemente influenciados pelo camaleão David Bowie, o Suede deixou para posteridade pelo menos dois grandes álbuns: Suede (Março de 1993, Nude Records) e, Dog Man Star (Outubro de 1994, Nude Records).

A sonoridade de “This Time”, gravada no álbum duplo Sci-Fi Lullabies (Nude 1997) - uma compilação de lados B registrada já sem o vigor dos riffs da guitarra de Bernard Butler - é cortante, uma balada movida por uma emoção delicada. O piano de Neil Codling é simplesmente comovente, se você estiver então em um dia ruim, nem ouça! As lágrimas certamente cairão como a chuva no meio de uma tempestade.

A doçura na voz límpida e sedutora de Brett Anderson é também responsável por esta menção honrosa a esta linda balada:

"Oh, Day after day, every morning/The city sighs and cars collide"

Canta Brett respaldado pelas singelas palavras que abrem uma constatação premente a nós jovens urbanos: o tempo se esvai quando não estamos com quem amamos.

Já pensou o que faz um jovem inglês aos domingos? Pois bem, por lá o sol não costuma dar as caras, e mesmo em um dia nublado um passeio por um dos belos parques da cidade de Londres certamente fica mais interessante e gostoso ao lado da pessoa amada. Mas e quando não se tem alguém para dividir esse passeio?

A canção destroça o que restou dos nossos corações no solo final da guitarra de Richard Oakes, machucando por entre a melodia tristonha, e pintando em nosso imaginário um dia nublado, chuvoso e marcado pela solidão e indiferença das grandes cidades urbanas.

Por fim, a canção descreve bem em verso, prosa e, melodia o que a ação do tempo produz sobre nós seres humanos.

Bem, o tempo...

Trilha Sonora
Artista: Suede
Música: This Time

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Um Certo Brilho No Olhar



Queres o brilho do meu olhar?

Não depende de mim
Esta missão
É mais contigo...
Falo da confiança
Que tens
Em si mesmo
Pois
Isso reflete
Um certo brilho
Que poderei ter
Quem sabe
Um dia
Em meu olhar

Trilha Sonora
Artista: Duff
Música: Rockferry

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Apenas o Fim?



Pois é...

Falar de amor pode até ser clichê, mas em “Apenas o Fim” (2009) o amor é quase um atestado de idoneidade entre dois jovens universitários da classe média carioca.

Em plena faculdade Antônio (Gregório Duvivier) é procurado por sua namorada (Erika Mader), que lhe avisa que pretende fugir de casa e recomeçar a vida em outro local. Ele tenta convencê-la do contrário, sem sucesso. Os dois concordam em passar a próxima hora juntos, relembrando momentos do passado e imaginando o futuro.

Primeiro filme dirigido por Matheus Souza, “Apenas o Fim” é composto pela simplicidade. Uma única locação, o campus da PUC no Rio de Janeiro, pouco dinheiro investido para um longa, boas idéias e longos e divertidos diálogos que podem esconder aspirações maiores que apenas entreter o público em uma sala de projeção de cinema.

Cheio de referências ao universo pop de uma geração, como "Cavaleiros do Zodíaco", "Power Rangers" e Backstreet Boys, o cineasta e roteirista afirma que o filme é para ser visto por todos.

E lá pelas tantas quando parece que o filme vai murchar, surgem frases que comprovam a estirpe de um bom roteiro:

- Você é uma fraude, sabia? Uma fraude!
Bem bonitinha, mas uma fraude.

- Você foi feliz comigo de verdade?
- Não. Mas a culpa é minha!

- O que você mais gosta de mim?
- Eu gosto do jeito que você toca flauta com o nariz.

- Você não é tão diferente assim, preciso te informar isso.
- Boa parte desse monstro que sou hoje é culpa sua.

- Eu sou aquela vontade que dá, de repente, de tomar Fanta Uva.
- Você é o Menthos.

- Qual o homem mais bonito do mundo pra você?
- Chico e o Johnny Depp.
- Não pode ser outro?

- Você vê filmes demais. Vai acabar me amando pra sempre.

- A gente se perdeu no momento em que a gente se encontrou.

- Vocês mulheres tem uma visão completamente equivocada do que nós pensamos sobre as mulheres. Qual a mulher que a gente mais respeita? Não é a nossa mãe que mostra o peito pra gente logo no primeiro encontro?

- Descobrir que a vovó Mafalda era homem
foi traumático para toda uma geração.

- Eu vou sentir falta das suas mãos quentinhas.
- E eu do seus pés, sempre gelados.

- Você acha que iria gostar de mim se eu não fosse tão complicada?
- Acho. Gostaria sim.

- A única diferença entre a arte e a terapia
é que se eu deixar de escrever um dia, não pago a sessão.

- Você é meu chicletinho mastigado.

- O único lado bom de morrer de amor
é que você continua vivo.

- Você acredita em Deus?
- O problema não é saber se ele existe ou não.
É saber quando ele tá blefando.

- Desculpe. Eu não sei o que é ficar cansado de você.

- O que você acha mais importante: amor ou sexo?
- A primeira opção. Mas qual foi mesmo a primeira coisa que você falou?

- Se você ficasse eu faria de tudo para eliminar todos os meus defeitos,
mesmo não sabendo direito quais são.

E já no final do filme uma revelação devastadora:

- Isso é só o fim. O que importa já foi feito.
- E agora? Agora é o resto das nossas vidas.

Daí sobe a música dos Los Hermanos, Antônio então senta-se e assisti a namorada partir enquanto a melancolia vira arte.

Pois é...

-Você me ama?
- Falar sobre amor é clichê.
- Falar que falar sobre amor é clichê é que é clichê.

Na dúvida é melhor assistir de novo, porque em "Apenas o Fim" Matheus Souza conseguiu ir além do mero entretenimento.


Trilha Sonora
Artista: Los Hermanos
Música: Pois é

domingo, 21 de novembro de 2010

Clássicos do Pop - Suzanne Vega



My name is Luka
I live on the second floor
I live upstairs from you
Yes I think you've seen me before

Eu fecho os meus olhos e vejo Suzanne Vega cantando Luka. Uma história de surras, torturas, violência em pleno seio familiar. Suzanne Vega alcançou o estrelato com esta canção de melodia doce e, letra melancólica e ácida sobre espaçamento infantil. Muita gente nem percebeu e achava que se tratava de uma canção romântica. Isso é bem genial nela, bingo!

Corria o ano de 1987, já faz um certo tempo é verdade, mas a canção sobreviveu ao tempo, e Suzanne continua sendo uma grande artista.

Trilha Sonora
Artista: Suzanne Vega
Música: Luka