https://pinecast.com/listen/c8cbea47-1e53-46c4-b332-b057f1a52e96.mp3
São gritos de terror?
Desespero?
Angustia?
Ódio?
Dor?
São gritos do ano de 2019
de um país à beiro do precipício
à margem da lucidez
a ignorância venceu a paz...
Desespero - 43 gritos (Mário Gomez)
Jonathas Nascimento
terça-feira, 30 de julho de 2019
Primeiros Anos Mick Hucknall
Registro de
Mick Hucknall em sua primeira banda initulada Frantic Elevators cantando sua
composição Holding Back The Years, que seis depois tornar-se-ia um hit do
primeiro álbum do Simply Red. Sua voz ainda de adolescente já trazia suas
marcas e acentos, que fazem do cantor até hoje um dos grandes representantes do
soul produzido no Reino Unido a partir da década de 80 do século 20.
Frantic
Elevators – Holding Back The Years
Abaixo
registro da apresentação do Frantic Elevators no projeto Futurama 80.
*Estou com uma série de
podcast em nome do acervo pop no Spotify, procure pelos arquivos de áudio,
nesse instante de pouco tempo é uma boa alternativa para brincar de poesia e
música.
quarta-feira, 26 de junho de 2019
City Song
Sons
Universais
Regionais
Mortais
Delicados
Cativantes
Exasperantes
Torturantes e sonoros
Ruídos do caos...
Amanheceu mais um dia na
cidade louca
Gabin - City Song
quinta-feira, 28 de março de 2019
Take Me Home
Há
uma janela entreaberta nessa tarde finita
Não
vejo nem saboreio o sol
Cego
estou, não enxergo mais nada ao meu redor
Apenas
vultos
Quase
fantasmas
Como
aqueles dos aparelhos de TV do século passado
Sinto
um fio de brisa soprando em minha direção
Encostando
um sereno soprar à minha face
Que
vai murchando
E perdendo
a cor...
Tom
Waits – Take Me Home
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
Modern Times
“Pensamos
em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de
humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem
essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. ”
Charles Spencer Chaplin
Na
cena final, eles caminham por uma estrada ao amanhecer, em direção a um futuro
incerto, mas esperançoso. Quantas vezes em minha vida já me senti andando por essa estrada, mas sempre tenho a nítida certeza, de que sou indigno para tal. Afinal de contas, não sou nem
Ellen e tampouco Carlitos...
Smile - Charles Chaplin
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019
Just a Normal Day
São
Paulo, mais de 11 milhões de pessoas
e eu
aqui sozinho neste quarto...
Vou
contar enfim neste cantinho da web qual é a minha melhor auto definição:
Eu sou
um best seller do fracasso!
Gostaram?
É mais
um dia normal lá fora e, se ligar a tv ouvirei apenas notícias de tragédias, da
violência das ruas, da corrupção, dos infortúnios alheios...
E daí?
Ninguém
afinal está mesmo importando-se com o meu retumbante e solitário, fracasso...
Cantem
“meninos”, suas vozes e sua melodia combinam tanto com a minha melancólica
tristeza da meia idade.
Boa
noite.
Supertramp
"Just a Normal Day"
terça-feira, 22 de janeiro de 2019
It's Changed
O que vou ser depois que eu morrer? Eu vou perder os meus
pensamentos? J.P. Cuenca
No meu singelo caso, a dúvida é:
-Será que poderei ter acesso a música?
Lonnie, Dr.Smith levarei comigo uma réplica de suas
pinturas em forma musical... paraíso que se preze precisa de música de qualidade.
Lonnie
Smith - It's Changed
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
Baby
London Grammar - Wasting My Young Years
Chiara,
Chiara,
Ouço
essa canção pensando em sua delicadeza
em sua
desesperada procura por um amor real
um
amor que faça sentido diria o antigo poeta
e você
corre fugindo do naufrágio dos seus pais e amigos
talvez
nem colegas sejam...
Ludovica,
Ouço
essa canção sofrendo com teus olhos verdes
vividos
de esperança e transbordando juventude
mas
que apenas encontraram desprezo e indiferença em sua jovem existência
você é
alguém que procura afeto e amor desinteressados
e isso
é imperdoável para quem te cerca...
Naquela
noite que conheci vocês
tive a
nítida impressão que ali à frente na tela da TV
haviam
tão somente
duas
jovens lindas querendo apenas uma vida plena
sendo
autênticas e correndo riscos
afinal
viver sempre será arriscado
sobretudo,
para quem ama a vida
Um
outro poeta sussurrou em meus ouvidos noutro dia...
“A minha alucinação
É suportar o dia-a-dia
E meu delírio
É a experiência
Com coisas reais
Um preto, um pobre
Uma estudante
Uma mulher sozinha
Blue jeans e motocicletas
Pessoas cinzas normais
Garotas dentro da noite
Revólver, cheira cachorro
Os humilhados do parque
Com os seus jornais
Carneiros, mesa, trabalho
Meu corpo que cai do oitavo andar
E a solidão das pessoas
Dessas capitais
A violência da noite
O movimento do tráfego
Um rapaz delicado e alegre
Que canta e requebra
É demais!
Cravos, espinhas no rosto
Rock,
hot dog
Play
it cool, baby
Doze jovens coloridos
Dois policiais
Cumprindo o seu duro dever
E defendendo o seu amor
E nossa vida
Cumprindo o seu duro dever
E defendendo o seu amor
E nossa vida
Mas eu não estou interessado
Em nenhuma teoria
Em nenhuma fantasia
Nem no algo mais
Longe o profeta do terror
Que a laranja mecânica anuncia
Amar e mudar as coisas
Me interessa mais
Amar e mudar as coisas
Amar e mudar as coisas
Me interessa mais”...
Essa é
a minha profissão de fé,
Amar e
mudar as coisas sempre!
Belchior – Alucinação
quinta-feira, 29 de novembro de 2018
Madame Callas
Por que pareces desanimado?
por que, ou, por quem choras?
sua vida é mesmo um martírio sem fim?
queres uma novidade?
tudo um dia acaba,
a vida é mesmo finita!
mas entendo suas dores
esse sufoco inaudito
a insuportável pontada em alma já surrada
pelos sentimentos verdadeiramente crus, mal acabados
não digeridos a tempo de poder voltar a sorrir
mas ainda genuinamente sinceros e belos...
Vomite Maria em música essa desesperada sensação de incompletude,
do vazio inconteste na falta de sentido para quase tudo
Devolva ao mundo as incompreensões
a tristeza
a melancolia
apatia
que finda
com nossa vida...
Maria Callas – Madame Butterfly
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Feito Um Picolé No Sol
E nesses dias de angustias e opressão,
a canção parece expressar o que vai aqui dentro, triturado pela tristeza de não
conseguir enxergar um sol, uma paisagem mais livre e alegre...
Mas andar com fé eu vou
Porque a fé n’ao costuma
falhar...
Quero um barco meio mar
Um meio, não achei, não
veio
Pra sair do charco feio
Quero um barco meio mar
Um porto meio lar
Um corpo feito pra se
amar e sem receio
Meio assim doente, de
repente
Cheio desse olhar
ausente
Meio louco
Meio um sufoco
Meio coca-cola
Meio mal dá bola
Meio inconsequente
Como se no meio da
cidade
Na velocidade
Na saudade
Na maldade à toa
Nessa claridade, tanta
coisa boa se desmancha feito um picolé no sol
E feito um picolé no
sol eu quero estar agora
Pra esquecer do mal que
tá lá fora
Me esperando pra cobrar
a taxa
Tá com a mão toda suja
de graxa
Tô ficando meio assim
xarope
Dessa lenga lenga, já
amarrei o bode
Pode crer que tudo tem
a ver com tudo
Tem a ver com o mundo
Tem a ver com ser
perfeito
Tá na rua, tá na banca
de revista
Tô na pista e não te
desconcerta
Sempre alerta
Na notícia esperta
Nesse compromisso
Numa dose certa
Veio como onda, bomba
Longa história nua e
sem certeza, sobre a mesa tua
Crua e sem semente,
mente me confunde
Funde a minha e a tua
neste instante, ante
Vejo um pôr do sol
brilhante
Como nunca dantes me
arriscara e fui tomar a cara
Um primeiro passo
Dum segundo passo
Dum terceiro passo, eu
acho
No caminho dessa
descoberta, não tem compromisso
Com trilhar o que já
foi trilhado
Deixo tudo ali do lado
e parto cego e sempre em frente
Um tanto quanto
alucinado
E nado para estar
presente
Nada como estar assim
ciente
Sem estar cansado
Sem estar à margem
Sem estar doente
Sem faltar coragem
Sem querer fazer
charminho
Sem querer carinho
Sem querer carona
Quero um barco meio mar
Um porto meio lar
Um corpo feito pra se
amar
Crua e sem semente
Mente me confunde
Funde a minha e a tua
neste instante
Um primeiro passo
Dum segundo passo
Dum terceiro passo...
E depois
Só nós dois
Tudo mais
Tanto faz
Quero amor
Quero luz
Nico Nicolaiewsky – Feito Um Picolé No Sol
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