terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Sou Poeta




 
Agora vamos alcançar
Tudo o que não
Podemos amar na vida
Com o estrelar
Das noites inumeráveis
 
Ressuscita-me
 Ainda
 Que mais não seja
 Porque sou poeta
 E ansiava o futuro
 
Ressuscita-me
Lutando
Contra as misérias
Do cotidiano
Ressuscita-me por isso
 
Ressuscita-me
Quero acabar de viver
 O que me cabe
 Minha vida…
 
Andando pelos tuneis subterrâneos do metro
nas alamedas dos Jardins
na grande avenida das ilusões
pelas estradas do sertão paulista
ou simplesmente
apenas percorrendo meus sonhos infinitos
essa poesia sempre faz brotar água em meus olhos
e recebo neste instante mágico
uma nítida sensação de que o hoje ainda pode ser melhor do que foi ontem
é um raro momento de otimismo...
Vitrola: Gal Costa - O Amor (Caetano Veloso)

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