Mais um trecho de “Yellow Submarine”. Aqui a sequencia da belíssima Nowhere Man, (o homem de lugar nenhum), enfim a canção fala lá no fundo de todos nós, seria uma profecia dos fab four para os tempos atuais?
E lá vai o homem de lugar nenhum, como na celebre cena inicial de “Tempos Modernos” de Chaplin quando o rebanho corre na mesma direção, na metáfora para o Taylorismo, ou se quiser para os tempos tecnológicos em que vivemos. Nossas vidas parecem sempre sem sentido, corre aqui, corre acolá, estudo, trabalho, comprar, comprar, gastar, gastar e continuamos sem respostas para quem somos, para onde vamos e, o que estamos fazendo aqui?
Talvez sejam as cores, talvez seja a música, ou quem sabe o próprio conto em si. Yellow Submarine (1968) é um primor aos olhos, aos ouvidos e a mente. Resquício de um tempo de transformações, de sentimentos mais livres, de sonhos e esperanças.
Os Beatles não se envolveram muito neste projeto, e devem ter se surpreendido com o resultado. Psicodélico, arejado, um marco para a história da animação, Yellow Submarine sobrevive pois é uma produção atemporal.
A história do filme se passa na cidade de Pepperland, quando os "Maldosos Azuis" (Blue Meanies) atacam a cidade para acabar com o amor, a música e as cores. É quando os Beatles entram em ação a bordo do submarino amarelo para acabar com eles.