Gene Wilder
partiu hoje, deixando este plano ainda mais sem graça e com menos humor (se é que isso é possível). Gene foi um ator inesquecível para toda uma geração em papeis
como Willy Wonka da primeira versão de "A Fantástica Fábrica de Chocolates", ou mesmo o atrapalhado Theodore Pierce de “A Dama de Vermelho”,
apenas para citar duas de suas inúmeras personagens cômicas.
A cena abaixo é nostálgica e permanece lúdica e
bela, e a canção virou um hino cult.
Amigos e amigas arregalem os
olhos e sintam que o ar até parece mais leve na cidade poluída e suja...
Pelas calçadas jovens e anciões passeiam, enquanto a criança
corre solta pela avenida fechada para os automóveis. Acho que até consegui ver
alguém sorrindo, foi discreto mas existiu.
E logo mais à noite todos estarão felizes pelo breve
sentimento de liberdade.
Cante Moz para todos nós enquanto a chuva avizinha-se pela janela da sala de estar.
Há na vida momentos de revolta, incompreensão e dos
questionamentos sobre porque precisamos atravessar tantas dores neste mundo.
Porém e, contudo, existem certezas que ninguém consegue arrancar de dentro de
nossas almas, e isso de uma forma ou de outra nos movem a seguir adiante...
Assistindo ao vídeo acima sobre os 40 anos do terrível acidente
sofrido pelo piloto Niki Lauda no GP da Alemanha de 1976 me veio à mente um
certo conforto, pois eu também sou feito de carne e osso, assim como o Niki, o
cara que me fez gostar de automobilismo.
Vou morar em outra cidade, minha vida ficou de ponta cabeça
de uma hora para outra, é claro que a crise econômica é apontada como a
responsável, azar de quem acredita que isso seja motivo o suficiente para
ferrar com as pessoas e as tratarem como um objeto que você muda de lugar a
qualquer hora e a seu bel prazer. Não reclamo, ainda estou empregado e vou
sobreviver a tudo na maior alegria, mas fico mesmo é pensando nas pessoas que
estão com suas vidas meio que paradas pelos erros dos políticos e empresários
do país. Não é fácil para ninguém, mas vamos recomeçando a cada não que a vida
nos diz...
O Lauda se apegou ao fato de não ter morrido naquele carro
em chamas, está vivo até hoje, carrega consigo as marcas da sua tragédia
pessoal, eu carregarei as minhas sempre, mas o afeto e o amor ainda continuam a
ser mais importantes, eles sim nos fazem acreditar que podemos sempre oferecer
o melhor para o mundo, mesmo que ele (o mundo) não esteja nem aí pra gente.