Essa postagem foi feita em 2011, e acho que vale a pena publica-la novamente.
Existem canções que são mesmo difíceis de serem esquecidas. Quando a música entrou em minha vida tudo era fascinante. É claro que muitas músicas que ouvi três décadas atrás já foram deletadas da minha memoria, melhor dizendo, algumas.
Existem canções que são mesmo difíceis de serem esquecidas. Quando a música entrou em minha vida tudo era fascinante. É claro que muitas músicas que ouvi três décadas atrás já foram deletadas da minha memoria, melhor dizendo, algumas.
Sou de uma geração imediatamente posterior ao punk rock, ou seja, peguei o rescaldo da música feita com emoção, não importava se o cara sabia tocar muito bem uma guitarra ou não. O punk trouxe uma contribuição bacana ao cenário musical, porque de certa maneira havia um foço bem grande entre os virtuosos e os não virtuosos.
O rock progressivo era cria de uma geração muito talentosa que estudara em boas e reconhecidas escolas de música da Europa e dos Estados Unidos. Bandas como Yes, Genesis, Emerson Laker & Palmer, Supertramp e tantas outras fizeram escola durante os anos 70.
Quando o punk aparece em meados dos 70’ este panorama é alterado, sobretudo na questão do consumo da música. Para a indústria fonográfica o movimento punk – que não se restringiu apenas ao meio musical é bom frisar bem isso – veio muito a calhar com sua ideologia do “do it yourself”. Entenda-se, as vendas que não iam lá muito bem voltaram a crescer.
Bem, na minha adolescência em tese você era punk, ou metaleiro, mas felizmente havia pequenas frestas que permitiam a você gostar tanto de um lado como do outro, e mesmo assim continuar aberto para novas tendências.
Todo esse blá-blá-blá serve apenas para dizer que continuo admirando esta balada épica do Supertramp. “Fool’s Overture” é de fato uma viagem musical inesquecível, pode ser longa, pretenciosa, mas é antes de tudo linda!
Mesmo após tantos anos ainda me sinto reconfortado ao ouvir seus acordes, a voz de Roger, os climas que perpassam pela canção.
Enfim, esta é uma daquelas músicas que não precisa de nenhum tipo de tradução, basta ouvi-la, porque o resto acontece sozinho.
Vitrola: Roger Hodgson (Supertramp) - Fool's Overture
4 comentários:
marca, realmente, toda uma geração.
vc descreveu bem: é desnessariamente longa e "pretenciosa".
sem dúvidas, "uma viagem musical". não diria inesquecível porque não concordo que seja "linda".
é bacana que faça lembrar a adolescência...isso deveria bastar. mas, nem toda adolescência "deseja" ser lembrada.
os dois minutos finais sempre me pareceram totalmente deslocados (principalmente o coro). parece retirado de uma outra canção.
a voz do cantor inglês hodgson continua aguda e firme. ano passado, fez sucesso sua apresentação no brasil. ele sempre faz apresentações na california.
obs: não comentei o poster sobre maria. mas, chorei ao ler. como chorei...busquei inspiração em um poster antigo seu sobre "o último tango". mas, não consegui me espressar. agora, de certa forma, faço.
Gabriel,
Nome de arcanjo... Adoro seus comentários... De fato nesta versõ o coro é de outra música e não me recordo qual, mas certamente não é da versão original.
Ah! Maria!!! Aqueles versos me inundaram instantaneamente quando soube de sua partida...
Abraços,
quando soube da morte de maria encontrei consolo aqui. mas, em uma postagem antiga vi que já havia feito um comentário. a expressão da minha tristeza estava postada antes mesmo da atriz partir(no comentário que fiz em sua postagem sobre "o último tango", de uma certa forma, eu já chorava antecipadamente. parece profético! mas, essa é uma das maiores magias do seu blog: a eternidade...).
se vc "adora" meus comentários o que me resta dizer sobre o que o seu blog inteiro me transmite e significa para mim?
abraços.
Gabriel,
Há situações nesta vida quase inexplicaveis. Você entenderá isso melhor antes do alvorecer da próxima manhã. Digo isso porque programei o post há três dias...
até breve!
Um abraço.
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