sexta-feira, 24 de maio de 2013

Pensando...



Outono, recolhimento, introspecção. Andando na grande avenida às seis da tarde olhando as luzes vermelhas dos carros que insistem em entupir a cidade e a queimar combustível em vão.

No toca-arquivos musicais, é assim que chamam os ‘walkman’ do século 21, ouvi a voz doce e inspiradora de Fernanda Takai enredando as dores que nos cercam e por vezes delimitam nossa mobilidade neste mundo...

“Cansei de tanto procurar
Cansei de não achar
Cansei de tanto encontrar
Cansei de me perder”.

E assim segui andando contra o cortante vento gelado do outono paulistano na fria noite de quinta, e de repente lembrei deste post de três anos atrás.

Uma tal listinha básica da qual muito gente já se esqueceu que poderia melhorar o cotidiano de todos nós.

"Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância. A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia.

Estas são as coisas que aprendi:

1. Compartilhe tudo; 
2. Jogue dentro das regras;
3. Não bata nos outros;
4. Coloque as coisas de volta onde pegou;
5. Arrume sua bagunça; 
6. Não pegue as coisas dos outros; (leram políticos?)
7. Peça desculpas quando machucar alguém; mas peça mesmo !!!
8. Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar;
9. Dê descarga; (esse é importante)
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
11. Respeite o limite dos outros;
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... desenhe... pinte... cante... dance... brinque... trabalhe um pouco todos os dias;
13. Tire uma soneca a tarde; (isso é muito bom)
14. Quando sair, cuidado com os carros; (skates, bicicletas)
15. Dê a mão e fique junto;
16. Repare nas maravilhas da vida;
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.

Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo, ao seu mundo e vai ver como ele é verdadeiro, claro e firme.
Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca. Ou se todos os governos tivessem como regra básica, devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair. Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos.
É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão”.

ROBERT FULGHUM

Tão simples não? Às vezes nos perdemos em um emaranhado de teorias filosóficas (que são importantes claro) etc e tal... Mas de repente alguém nos lembra que já havíamos aprendido tudo isso bem antes.

Vitrola: Fernanda Takai – Descansa Coração

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