Tinha
uma coisa muito bacana que este carinha fazia. Em 1991 a banda lança o disco V
(O disco branco da Legião), que inclui o Teatro dos Vampiros e outras canções,
todas muito fortes em suas letras. O lado A (ainda existia essa coisa linda de
dois lados, os colecionadores de arquivos digitais jamais saberão o quanto isso
era bacana) era muito pesado, músicas longas e carregadas de peso sonoro e
sensorial. Não à toa, pois é a época do famigerado governo Collor, faltava
inclusive material para prensar discos no país... Mas o que é legal é que
Renato aborda e explora isso tudo sem citar o nome de Collor, ou de alguém do seu
governo.
É
preciso concisão para realizar isso com sucesso.
Teatro
dos Vampiros não é diferente, trata do desemprego, do custo de vida alto, da
falta de perspectiva da juventude recém-formada, além de abordar a solidão de
uma metrópole, tema clássico e caro aos jovens do final do século 20.
“E
mesmo assim
Não
tenho pena de ninguém...”
Vitrola:
Legião Urbana – Teatro dos Vampiros
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