Hoje
amanheci Dylan, de corpo e alma, Bob Dylan. Provavelmente o músico mais
importante do século 20 por sua influência ainda hoje no cenário do que
chamamos música pop. Mas o que seria da tal música popular contemporânea sem a existência de Bob Dylan?
Bem...
difícil imaginar, mas com certeza os Beatles não teriam uma segunda metade do
seu trabalho tão relevante quanto tiveram depois de compreenderem a essência
visceral da obra de Dylan, isso é o mínimo que posso dizer.
Like
a Rolling Stone foi lançada em 1965 no álbum “Highway 61 Revisited”, é a canção
onde Dylan consegue traduzir muito de sua inquietação artística, deixa fluir toda sua
inadequação ao mundo.
Dylan
nasceu em Duluth e cresceu em
Hibbing, ambos no estado de Minnesota, e desde cedo percebeu que ali nada,
absolutamente nada o agradava. Foi assim que intuitivamente começou a buscar
seu lugar neste mundo de deus, e um dia depois de muitas idas e vindas chegou à
Nova Iorque. Seus passos foram constantes na busca por espaço para expressar
sua visão sobre o que via cotidianamente nos Estados Unidos e no mundo.
Woody Guthrie, um artista esquecido que usava
um violão com a inscrição “Esta máquina mata fascistas” foi a maior inspiração
de Dylan em sua carreira e vida. O fato de encontrar Woody internado em um manicômio
acentuou ainda mais seus questionamentos sobre o que era normal, certo ou
errado na sociedade consumista, elitista e preconceituosa da América branca do
século 20.
Há
um ponto que me agrada muito neste artista: sua indagação sobre qual o
beneficio que um artista “alegre” traz para a vida real?
Entenda-se aqui que o
alegre sem critérios, sem questionamentos, onde tudo parece maravilhoso sempre –
beira a idiotização, a alienação completa do real, logo, esse artista sem
critérios não pode ir além da falta de compromisso e, por isso mesmo que
Ivetes, Claudinhas, Luans e etc fazem tanto sucesso neste estágio da sociedade da informação e da falta de conhecimento. Pensar é tudo que a
maioria das pessoas não quer fazer hoje em dia quando estão fora de suas jornadas trabalhistas, então “ocupam” suas mentes com
o nada, aliás ninguém pode no mundo atual ficar sem fazer nada, o ócio virou
crime, e pensar na própria vida idem... Você precisa de entretenimento... é a mensagem constante nos meios de comunicação, redes socias e o escambau a quatro.
Por
essas e outras hoje e sempre eu sou Bob Dylan, sem me esconder, deixando mesmo que muitas pessoas me achem chato, emburrado, sei lá o quê! ah! não sou nada disso, apenas não estou aqui a passeio...
Jonathas Dylan prazer... ao seu dispor!
Vitrola:
Boby Dylan – Like Rolling Stone
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