-Eu
daria tudo para ter sido um pianista de jazz...
-Você
era bom?
-Não
o bastante.
-Estou
aliviado por encontrar alguém que não se intimida de falar o que sente...pensa.
Você é bem direta e, eu gosto disso.
-Vou
encarar isso como um elogio.
-É
apenas a verdade!
Um
diálogo que vi dias desses em um filme ‘Tinha que ser você’ (Last Chance Harvey,
EUA, 2008).
Sinopse:
Harvey Shine (Dustin Hoffman) é um compositor de jingles que está com o emprego
em risco. Marvin (Richard Schiff), seu chefe, o alertou de que terá apenas mais
uma chance. Em um fim de semana ele viaja a Londres para acompanhar o casamento
de Susan (Liane Balaban), sua filha, mas precisa estar de volta a Nova York na
segunda, devido a uma reunião importante. Ao chegar Harvey descobre que Susan
escolheu Brian (James Brolin), seu padrasto, para levá-la ao altar. Aborrecido,
Harvey decide deixar o casamento antes da recepção e parte para o aeroporto,
mas perde o voo. Com isso ele é demitido por Marvin, o que o leva até um bar
para afogar as mágoas. É lá que conhece Kate (Emma Thompson), uma funcionária
do Departamento de Estatísticas Nacionais que se sensibiliza por ele.
Eu
não sou Harvey Shine, mas adoraria saber tocar piano o suficiente para compor
canções, escrever melodias e harmonias que traduzissem um pouco do que sinto,
temo, admiro, amo e odeio neste mundo.
Então
eu lembro que tenho apenas o meu emprego e este blog para despejar um pouco da
fantasia que habita meu mundinho particular, que obviamente não possuí nenhuma
obrigação de traduzir a realidade para além dos muros do meu quarto. Nessas
horas sempre me veem a mente a figura do palhaço, do contraditório: dor e riso,
alegria e tristeza.
Acho
que eu sou uma espécie de palhaço...
Egberto
Gismonti - Palhaço
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