domingo, 2 de dezembro de 2012

Para-Raios



A angústia persistente, irremissível da solidão. A melancolia que faz brotar a observação sobre as relações humanas.
Ou simplesmente a própria dor da incompreensão da vida cotidiana em massa.  

“Eu tive um péssimo sonho/que durou vinte anos, sete meses e vinte e sete dias/nunca jamais tive outro”.

Sorria! Afinal você acaba de descobrir que hoje será mais um domingo de lasanha em seu cardápio. Anime-se, pois sua vizinha ao banho solta a voz e cantarola um lamento pop descartável qualquer, poderia ser bem pior caso fosse uma toada ‘sertaneja’ de oitava categoria.

Agradeça aos céus por amanhã já ser segunda e, então todos os zumbis estarão novamente desfilando seus desejos natalinos pela avenida dos desgarrados.

Alguém na TV deseja paz e luz no ano novo... A paz eu não sei, mas se ela pretende luz que fique agarrada a um para-raios desses que avisto daqui da janela na hora do temporal do fim de tarde. É batata!
Corrigindo: é luz em correntes elétricas...

Agora eu compreendo você Moz nesta linda canção.

Vitrola: The Smiths – Never Had No One Ever

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