sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Bye, Bye, Brasil



Uma das minhas prediletas de Chico Buarque. Parceria com Roberto Menescal e composta para o filme homônimo de Cacá Diegues de 1979, Bye, Bye, Brasil conta a estória de um suposto diálogo em um telefone público a partir de indícios (bastante explícitos) como observamos nos versos:

"Baby, bye! Bye! / Abraços na mãe e no pai / Eu acho que vou desligar / As fichas já vão terminar...”.

Podemos ainda supor que exista uma estruturação típica de um diálogo em que só temos acesso à fala de um dos interlocutores. E o que esse interlocutor diz são coisas típicas de um viajante, relatos esparsos de suas aventuras ou do momento específico em que ocorre a conversa.

"Pintou uma chance legal / Um lance lá na capital / Nem tem que ter ginasial ou Tem um japonês trás de mim / Eu vou dar um pulo em Manaus / Aqui tá quarenta e dois graus...”.

E assim brincando com as palavras, envolta por uma harmonia que nos remete a estrada, Chico nos leva para a um passeio labiríntico.   

Vitrola: Chico Buarque – Bye, Bye, Brasil

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