Uma
das minhas prediletas de Chico Buarque. Parceria com Roberto Menescal e
composta para o filme homônimo de Cacá Diegues de 1979, Bye, Bye, Brasil conta
a estória de um suposto diálogo em um telefone público a partir de indícios
(bastante explícitos) como observamos nos versos:
"Baby,
bye! Bye! / Abraços na mãe e no pai / Eu acho que vou desligar / As fichas já
vão terminar...”.
Podemos
ainda supor que exista uma estruturação típica de um diálogo em que só temos
acesso à fala de um dos interlocutores. E o que esse interlocutor diz são
coisas típicas de um viajante, relatos esparsos de suas aventuras ou do momento
específico em que ocorre a conversa.
"Pintou
uma chance legal / Um lance lá na capital / Nem tem que ter ginasial ou Tem um
japonês trás de mim / Eu vou dar um pulo em Manaus / Aqui tá quarenta e dois
graus...”.
E
assim brincando com as palavras, envolta por uma harmonia que nos remete a
estrada, Chico nos leva para a um passeio labiríntico.
Vitrola:
Chico Buarque – Bye, Bye, Brasil
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