Na
Tv os apresentadores sorridentes avisam:
-O
ser humano que viverá 150 anos já está entre nós!
Ok.
Um viva para a nanociência, outro para a nanotecnologia e um outro ainda para aquela
categoria de noticia que adora fazer as nossas mentes ‘nanarem’ literalmente: A
‘Nano falácia’!
Obviamente
eles não informaram as massas ligadas na telinha que isso não será disponível para
todo ‘bichinho de orelha’, pois faz parte do projeto dar esperança a todos, a
todos mesmos, para no frigir dos ovos apenas os poucos gatos pingados de sempre
usufruírem das benesses do sistema. Afinal de contas esse é o espirito deste
mundo, cada vez mais engraçado e divertido (só para não dizer o contrário).
No
decorrer da matéria, algum cientista guru da seita ‘otimistas sem fronteiras’
avisa que é provável que o ser humano possa viver eternamente.
Então
baseado nessas premissas ‘neoteconologicascientificas’ proponho um exercício de
imaginação em direção ao nosso próprio futuro de ‘velhinhos’ da idade imortal:
Teremos
monitores medicinais de última geração superpotentes ‘vigiando’ a nossa saúde
24 horas por dia, além de robozinhos que dentro de nós impedirão entre outras
coisas o surgimento do câncer.
Se
isso será possível contra doenças maiúsculas, imaginem então como será trivial
controlar e impedir coisas do tipo: Sabe aquela unha encravada? Já era! E aquela
dor nas costas? Humm... já era! Ou então aquela gota, aquela dorzinha de cabeça
do final da tarde de toda segunda-feira? Nunca mais é claro! Já pensou que
legal não ter mais que comprar remédio na farmácia ali da esquina e,
principalmente ir bem menos ao médico e ao hospital para aquela bateria de
exames intermináveis?
Até
os vasos sanitários serão equipados para dar uma mãozinha na nossa saúde, ou
seja, nem mesmo naquela hora sagrada do cotidiano teremos descanso do tal dedo
duro tecnológico! Que praga heim!
Pois
é, apenas fico pensando no que nós futuros aposentados do futuro iminente da
humanidade faremos para nos divertir sem doenças, sem visitas às farmácias, aos
hospitais e médicos de nossa estimação e, ainda considerando que essa noticia
seja mesmo verdadeira o que faremos na nossa velhice se nem mais os nossos
amigos irão morrer.
Já
pensou nisso: velhice sem direito a uma despedida daquele querido amigo que ‘infelizmente’
não teve a mesma sorte que você e partiu dessa pra melhor?
Xiii.....
é o fim da indústria da morte! Adeus caixões, coroas de flores, vagas em condomínios
de cemitérios, crematórios e todo e qualquer ritual ligado a morte. Seria a
morte da morte! Estranho né?
Ainda
bem que eu não estarei mais por aqui para viver neste mundinho sem graça, sem
riscos, sem doença, sem preocupações estressantes com o futuro, etc e tal.
Bem... neste caso e em outros da atual vida
coxinha terráquea, cada vez me convenço mais de que Albert Einstein foi mesmo
um gênio da raça:
-
"Temo
o dia em que a tecnologia se sobreponha à nossa humanidade. O mundo só terá uma
geração de idiotas".
Ou
ainda, “Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que
respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta”.
Depois
dessa nada mais me resta do que ouvir a baladinha funk que fala da tal Joanna! Fui!
Vitrola: Kool and the Gang - Joanna
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