E aquela guitarra continua distorcendo em Berlim...
Não importa se todos nós vamos morrer
De ambição, tédio, ou por falta de ternura
Também não interessa se será
na traseira de um carro preto
no poço fundo de nossas almas
ou caindo de um prédio alto
um precipício urbano...
já deu para notar
que não há muito o que fazer
Na hora de ir pra casa, ouço uma história no rádio
Algo pequeno cai de sua boca e nós rimos
Uma prece por algo melhor, uma prece por algo melhor
Por favor, me ame, conheça minha mãe, mas o medo domina
Arrastando as escadas no escuro
Esperando pelo golpe da morte
Acariciando seu cabelo enquanto os patriotas atiram
Lutando por liberdade na TV
dividindo o mundo com porcos chacinados
Nós temos tudo? Ela luta para libertar-se...
A dor e o sentimento arrepiante, a garotinha de cabelos negros
Esperando o sábado
a morte de seu pai empurrando-a
a morte de seu pai empurrando-a
Empurrando seu rosto branco dentro do espelho
Por dentro de mim e me faz girar e girar
Como nos velhos tempos
Acariciando um homem velho e pintando um rosto sem vida
Só um pedaço de um novo encontro em uma sala limpa
Os soldados atacam sob um luar amarelo
Todas as sombras e a libertação sob uma bandeira negra
Cem anos de sangue escalarte
A tira aperta-se em volta de meu pescoço
Eu abro a minha boca e a minha cabeça
O som é como o de um tigre debatendo-se na água
parece que cheguei ao fim
Muitas vezes nós morremos um após o outro
Muitas vezes nós morremos lentamente
de inanição, pela falta daquele amor
que por cem anos alguém um dia perseguiu
de inanição, pela falta daquele amor
que por cem anos alguém um dia perseguiu
Parece cem anos
Mas esta noite é apenas,
o fim.
*a adaptação da letra é de minha autoria
Trilha Sonora
Artista: The Cure
Música: One Hundred Years (Live in Berlin)
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